Até que a dor nos una .

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O grupo inteiro recebeu a mensagem em poucos minutos. Nyx estava sentada no sofá, ainda tentando digerir os eventos da noite anterior. Viktor recebeu a notificação e não comentou nada, apenas observou-a em silêncio, seus olhos seguindo cada movimento dela.

Astoria, Theron, Klest, Morgana, Kael, Celeste e Katherine se reuniram rapidamente na sala comum. O clima era tenso; ninguém sabia ainda exatamente do que se tratava, mas todos podiam sentir a expectativa sombria no ar.

— Um baile misterioso? — Astoria perguntou, a voz neutra, mas os olhos atentos.
— Parece que alguém quer nos testar. — Theron respondeu, o tom firme, calculado, sem revelar detalhes.

Viktor permaneceu ao lado de Nyx, sem dizer nada, observando cada reação dela. Ele não precisaria falar; apenas olhar já transmitia a mensagem. Nyx sentiu o peso daquela presença silenciosa e desviou o olhar, desconfortável.

— Então é amanhã... — Morgana murmurou, acariciando o gato, como se aquilo pudesse protegê-la.
— Exato. E todos nós vamos. Sem exceções. — disse Katherine, sua voz gélida, como se já estivesse planejando algo que ninguém mais compreendia.

O grupo inteiro ficou em silêncio, cada um processando a ideia do baile, sem saber que aquilo não seria apenas mais uma festa. O ar carregado de tensão, desconfiança e algo sombrio prometia que nada naquela noite seria comum.

Dia do Baile — Theron e Astoria

O dia do baile chegou com um céu pesado, carregado de nuvens cinzentas que pareciam antecipar a atmosfera sombria da noite. No dormitório, Astoria estava pronta, o vestido preto ajustado ao corpo, cabelo solto com ondas suaves. Ela observava Theron, que parecia distante, com o terno impecável, mas os olhos frios e calculistas.

— Theron... — ela começou, com cuidado. — Está tudo bem?

Ele não respondeu imediatamente. Virou-se para ela, os ombros tensos.
— Astoria... hoje não posso ter você no meu caminho. — a voz firme, cortante. — Preciso que fique atrás, entendeu? Não é hora de distrações.

Astoria não recuou. Aproximou-se, um passo de cada vez, sem medo.
— Eu estou sempre atrás de você, Theron. Sempre. — disse, fria, mas determinada.

Ele a olhou, como se pesasse cada palavra dela. O silêncio se prolongou, quase sufocante.
— Não é sobre querer ou não querer. — murmurou, a voz baixa, carregada de intensidade. — É sobre sobrevivência. Eu não posso me dar ao luxo de fraqueza.

Astoria assentiu, aceitando a ordem, mas não a submissão. Ela sabia que seguir atrás não significava desaparecer; significava estar presente, observando, pronta para qualquer movimento dele, pronta para lidar com a escuridão que sempre o acompanhava.

Theron respirou fundo, o olhar ainda distante.
— Então fique atrás. Mas saiba... — fez uma pausa, quase ameaçadora — qualquer passo fora do lugar e você não terá chances de voltar.

Astoria sorriu levemente, sem humor:
— Entendido. Mas não pense que me intimidou. Estou aqui. Sempre.

O dia avançou, o grupo se reunindo e preparando-se para o baile. Mas entre Theron e Astoria, a tensão era palpável: não havia amor, não havia afeição — apenas controle, obsessão e o constante teste de limites. Ela estava sempre atrás dele, observando, enquanto ele mantinha o foco, frio e implacável, pronto para o que quer que a noite sombria reservasse.

No Baile — Theron e Astoria

Theron entrou no carro, terno impecável, expressão impassível. Astoria estava ao lado, o vestido escuro ajustado, maquiagem perfeita, mas seu coração batia mais rápido que o normal. Ele não a olhou uma vez sequer, nem ofereceu um sorriso ou qualquer gesto de gentileza. Apenas deu partida no carro e dirigiu em silêncio.