CURSE - Tom Riddle

~ Where is she? ~

Tom se enganou redondamente em suas expectativas. A primeira falta de Katherina nas aulas foi na quarta-feira, e ela não compareceu nem mesmo à aula de Astronomia, uma de suas favoritas. Na quinta-feira, ele não a viu em lugar nenhum, nem nas aulas, nem no Salão Principal, nem em qualquer canto da escola. Na sexta-feira, Tom estava perigosamente curioso e preocupado. Ninguém mais via Katherina, e nem mesmo os professores sabiam onde ela estava. No domingo, enquanto observava Alvo Dumbledore, Tom notou algo que o fez sentir uma pontada de interesse. Dumbledore parecia procurar alguém na mesa das cobras, e Tom sabia que era Katherina.

A expressão de Dumbledore era de preocupação e remorso, e Tom percebeu que nem mesmo o professor sabia o paradeiro de Katherina. Isso fez Tom se sentir ainda mais intrigado e possessivo. Ele começou a se perguntar o que poderia ter acontecido e por que ela havia desaparecido tão repentinamente.
Dez dias se passaram, e nada. Tom invadiu a mente de quem pôde para tentar descobrir algo e, mais uma vez, se decepcionou. Na cabeça do Professor de Poções, descobriu que, como pó, ela havia desaparecido na noite de terça. Nenhum professor ou o próprio Diretor sabia como ela havia saído do castelo, e a resposta da carta enviada aos pais dela foi: nada. Tom estava certo de que algo estava errado. Uma aluna desaparece do nada e nada é feito.

- Eles nem ao menos comunicaram o Ministério. Eu sempre falei que ela era estranha - Walburga disse, e a irmã mais nova de Rosier concordou brevemente.

- Não seja tola, Walburga - Nott falou, irritado com a interrupção.

- Mas estou certa. Não há absolutamente nada! Ela sumiu e ninguém se importa!

- Ninguém se importaria se fosse você - Riddle disse, sem tirar os olhos do último livro deixado pela garota Yaxley. - Você é mais que tola se pensa que o Ministério, onde todos os Yaxley trabalham, não sabe sobre o desaparecimento dela.

- E por que não fizeram nada? - Ela ignorou a primeira frase de Riddle.

- Suma daqui, Black - Avery disse, já no limite. - Antes que sua burrice passe para nós.

Black olhou para eles furiosa, agarrando a mão de Druella, e saiu dali. Mas, deixou uma dúvida em Tom: por que o Ministério não estava agindo? Uma aluna da escola literalmente evaporou, e todos seguiram suas vidas normalmente, exceto o grupo de garotos e Dumbledore.

- Por que ninguém faz nada? - Tom perguntou assim que entrou na sala de Dumbledore.

- Nada? - Dumbledore expressou sua confusão, embora já soubesse que Tom falava de Yaxley. Mas a forma como ele ousou se aproximar, já que em todos os anos em Hogwarts o garoto mantivera uma distância meticulosa do professor, era reveladora.

- Katherina Yaxley. Uma de suas alunas sumiu estranhamente dias depois que o pai dela apontou uma varinha para o seu pescoço - Tom parou na frente da mesa do professor. - São quase duas semanas, e tudo está normal. O Ministério, a Diretoria, ninguém faz nada para tentar encontrá-la.

Alvo largou a pena sobre a mesa e fechou os olhos por alguns segundos.
- Tenho certeza de que a Senhorita Yaxley está bem.

- Nem mesmo o senhor acredita nisso - Tom retrucou, sem se preocupar em manter a boa aparência na frente de Alvo. - Se não, estaria vivendo sua vida como os outros. Mas não, está sempre procurando por ela.

- E você também, Tom. Não é tão diferente - Alvo disse, fazendo Tom arquear uma sobrancelha. Dumbledore passou a mão pelo rosto, percebendo que Tom não desistiria facilmente. - Não se preocupe com ela, Tom. Katherina é forte, ela sabe se cuidar.

- É isso que estão levando em consideração? Ela ser forte? - Ele riu, sarcástico. - Sabe-se lá onde ela está, e acha que ela está bem?

Alvo permaneceu em silêncio, como se refletisse.- Ela provavelmente está com quem deveria estar...

- Não me venha com seus enigmas, professor - Tom o interrompeu, sua voz cortante. - Eles não resolvem a questão dela simplesmente ter sumido e de absolutamente ninguém se importar.

- Se acha o "ninguém", Tom? - Dumbledore perguntou. Tom apertou os lábios ao perceber que estava entrando em uma discussão por não saber de nada sobre Katherina. O que ele estava fazendo? - Eu realmente não sei o que posso fazer, Tom. O Ministério sabe, mas a própria interferência da... família dela deixa claro que a Diretoria não pode fazer nada. Isso me leva a crer que ela está com eles.

- E se não estiver? - Riddle perguntou em uma voz assustadoramente baixa.

- Então, teremos que esperar e observar.

Tom estava confuso sobre seus próprios sentimentos. Fazia três semanas que ele não via Katherina, e ele não entendia por que estava tão obcecado com ela, estava ficando louco consigo mesmo. Ele a observava desde o primeiro ano escolar e, embora sempre tenha sentido uma forte atração por ela, foi apenas recentemente que começaram a falar.
Agora, a ausência dela o estava afetando de forma profunda. Ele não conseguia parar de pensar no que poderia estar acontecendo e se ela estava viva e bem. A ideia de que alguém mais pudesse estar cuidando dela era quase insuportável para Tom. Ele queria saber o que havia acontecido e garantir que ela estivesse segura.

Dumbledore havia sugerido que precisavam esperar e observar, mas Tom não sabia se conseguiria fazer isso. Ele estava ansioso para saber o que havia acontecido com ela. A falta de informações sobre o paradeiro de Katherina estava deixando Tom cada vez mais impaciente.

Seus amigos e conhecidos notaram uma mudança drástica em seu comportamento. Tom sempre foi frio e distante, mas agora parecia mais sombrio e obcecado. Suas mudanças de humor eram perceptíveis, e ele parecia estar à beira de perder o controle. A ausência de Katherina estava afetando-o de maneira profunda, e a presença dela, que o deixava extremamente confuso, agora era uma necessidade urgente.