Sieun é um excêntrico do curso de Engenharia de Computação e proficiente em linguagem de programação como se fosse sua língua materna. Sua pacata vida binária de zeros e uns foi virada do avesso por um erro chamado Suho! Jaqueta vermelha, camisa ver...
— Yeong Sieun… no começo eu simplesmente deixaria você ir, mas mudei de ideia. É melhor você se cuidar. — murmurou Suho próximo ao ouvido dele, deixando o ar quente e provocador tocar sua pele.
Sieun manteve-se imóvel, encarando-o sem expressão. Suho, por outro lado, abriu um sorriso lento, como quem já estava satisfeito.
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Naquela manhã, Yeong Sieun passou horas colando cartazes pela faculdade, todos com o mesmo aviso: Procura-se designer. Espalhou pelos campos, pelos murais e até próximo ao estacionamento.
— Sieun, você também está à procura de um designer? — perguntou Yeong-i, surgindo ao seu lado e erguendo uma folha idêntica à dele. — Estou procurando um também.
— Oh… certo. Aqui, seu troco. — disse Sieun, entregando algumas notas e ignorando completamente a pergunta dela.
— Ah, não me diga que guardou isso todo esse tempo só pra me dar? — Yeong-i sorriu, surpresa.
— Eu não sabia quando te encontraria. — respondeu, simples.
— Bem… posso pegar seu número? — ela puxou o celular, estendendo para ele. — Assim você me liga quando estiver entediado. Podemos compartilhar contatos de bons designers.
— Ok. — disse apenas, pegando o aparelho.
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Enquanto isso, Ahn Suho estava ocupado organizando seu novo dormitório. Fez questão de colocar todos para ajudar, e agora seus amigos estavam largados nos cantos, reclamando do cansaço. Humin, ofegante, ainda conseguiu comentar que o espaço era “incrivelmente relaxante”.
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A rotina de Sieun, por outro lado, seguia um ritmo quase cronometrado.
Às 8h30, acordava. Às 8h45, fazia sua série de exercícios na sala. Às 8h58, escovava os dentes. Às 9h16, já estava pronto para sair.
Ao abrir a porta, encontrou diversas caixas empilhadas e espalhadas no corredor, bloqueando parcialmente a passagem. Olhou para aquilo por alguns segundos, pensativo, mas não se deu ao trabalho de mexer. Apenas deixou um bilhete: "Por favor, tire as caixas."
Às 9h20, saiu de casa em direção à faculdade — dois minutos atrasado. Às 9h25, parou na máquina para comprar sua bebida preferida, Black Holic.
— Não pode ser… — murmurou, percebendo que a opção de chá estava completamente vazia.
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Na sala de Ahn Suho, por outro lado, Black Holic era o que não faltava. Latas espalhadas por todo canto, como se alguém tivesse feito estoque para um ano inteiro.
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Às 9h30, Sieun já estava no campus. Escolheu o terceiro assento da fileira da janela.
— São trinta minutos mais cedo… — comentou para si mesmo, olhando o relógio.
— De quem é isso? — perguntou, encarando um casaco vermelho jogado sobre a carteira.
— É meu. — a voz veio logo atrás.
Sieun virou-se e deu de cara com Ahn Suho, completamente vestido de vermelho: tênis, calça, moletom e até uma touca que parecia ter saído de outra década. Na mão, a lata de Black Holic que ele tanto queria.
— Eu não sabia que você também fazia esse curso. — disse Suho, sorrindo, enquanto se aproximava. Sieun apenas o encarou, expressão neutra.
Durante toda a aula, Suho não lhe deu trégua. Mandava bilhetes dobrados, encarava-o com aquele sorriso irritante e soltava risadas baixas, como se aquilo fosse um jogo. Sieun, por outro lado, se esforçava para manter os olhos no professor, mas sabia que, a cada vez que desviava o olhar, o vermelho intenso de Suho o encontrava.
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