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02

“Yeong Sieun, 21 anos. Júnior. Recém-chegado do serviço militar. Nenhuma atividade de clube.”
“Precisamos conversar pessoalmente, ou você terá grandes problemas. Não
dianta mais bloquear.”

— Ele fez uma verificação de antecedentes sobre mim? — murmurou Sieun, surpreso e irritado, encarando o celular. Sem hesitar, bloqueou Ahn Suho.

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Fora do campus, Suho e Humin caminhavam, discutindo sobre o projeto que precisavam apresentar. Humin insistia para trabalharem no pequeno estúdio que havia alugado, mas Suho recusava com veemência.

— Vamos, Suho — dizia Humin, tentando convencê-lo.

— Minha formatura foi cancelada — falou Suho alto, após receber a notificação no celular. Ele parou de andar e encarou o amigo.

Soltou um sorriso sarcástico e olhou para Humin, que riu nervoso, sem saber o que dizer.

— Tenho mais tempo pra encontrar ele. Que legal — ironizou Suho.

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Mais tarde, Suho, Humin e Hyun-tak estavam em um bar. Bebiam cerveja enquanto escutavam Suho reclamar pela milésima vez sobre sua formatura cancelada.

Hyun-tak, tentando animar o amigo, comentou com Humin:

— Ele devia tentar estudar no exterior. Lá poderia recomeçar.

Suho, no entanto, evitava escutar qualquer coisa que tivesse a ver com sua “derrota”.

— Cheguei atrasado, pessoal — disse Jun-tae, se juntando ao grupo com um sorriso no rosto.

Todos o parabenizaram pelo novo emprego.

— Tive que desmarcar com um amigo hoje... Suho, poderia fazer um favor pra mim? Poderia ir no meu lugar ajudá-lo. Ele é meio arrogante e difícil, mas é o melhor do campus — explicou Jun-tae.

— Qual o nome dele? — perguntou Suho, já entediado.

— Yeong Sieun — respondeu Jun-tae, direto.

Suho imediatamente parou. O nome soou como um alarme.

— Onde eu o encontro? — perguntou, sério. Seu olhar já dizia tudo. Ele já estava atrás de Sieun. Aquilo era pessoal. E Suho não ia parar até acertar as contas.

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Suho se aproximou, parando atrás de Sieun, que revisava silenciosamente algumas folhas sobre o projeto. O mais alto permaneceu ali por alguns segundos, observando, até que o silêncio foi interrompido:

— Você é o designer? — perguntou Sieun, sem sequer desviar o olhar do que estava fazendo.

— Sim, sou. Você deve ser o Yeong Sieun — o mais alto respondeu, o encarando com um sorriso leve nos lábios.

— Você está atrasado — disse Sieun sem qualquer paciência, virando-se para encará-lo pela primeira vez.

Suho, então, se aproximou ainda mais, invadindo o espaço pessoal do garoto e encarando-o diretamente.

— Não achei que você seria bonito — falou Suho, com um sorriso provocativo, parando próximo ao rosto de Sieun. Após tal atitude, sentou-se calmamente na frente dele.

— Você sabe meu nome? — perguntou Suho com um olhar curioso.

— Sim — respondeu Sieun com indiferença.

— Não toca o sino? — provocou Suho com um tom de deboche.

— E isso importa? Estamos aqui pelo jogo, certo? — respondeu Sieun, mantendo o rosto inexpressivo.

— Eu estou. Para falar sobre o jogo... deixe-me ver — respondeu Suho, pensativo, puxando de repente a folha da mesa de Sieun.

Sem cerimônia, Suho começou a folhear as anotações do projeto. A cada observação, ele soltava comentários diretos — e nada delicados — sobre os designs propostos por Sieun.

— Não há nada de especial nisso. Tem certeza que isso vai funcionar? — falou Suho, encarando Sieun sem qualquer filtro.

— Você tem alguma experiência com jogos de celular? — retrucou Sieun, mantendo os olhos firmes nele.

— Nenhuma — admitiu Suho com naturalidade.

— Vou encontrar outro designer — disse Sieun de forma direta, já voltando o olhar para suas anotações.

Mas Suho, sem dar ouvidos, puxou novamente a folha de Sieun, pegou uma caneta e começou a rabiscar ali mesmo, reformulando algumas ideias. Em poucos minutos, virou o desenho na direção de Sieun.

— E esse? Gostou?

Sieun analisou por alguns segundos, em silêncio. Em seguida, pegou o próprio celular e o estendeu na direção do outro.

— Me passe seu número.

Suho pegou o celular, digitou o número e devolveu. Sieun observou a tela.

— Você já tem meu número — comentou Suho, com um sorriso sugestivo.

— Ah? — Sieun franziu a testa, confuso.

Suho virou a tela do próprio celular em sua direção, revelando o contato salvo como “líder do grupo”.

Sieun o encarou, e então tudo fez sentido.

— Finalmente nos encontramos, Yeong Sieun — disse Suho, com sarcasmo na voz, enquanto mantinha o olhar firme na expressão neutra de Sieun.

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