N/A: Nem sei se existe mais alguém esperando isso aqui, mas... Oi! rsrsrs
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- Meritíssimo, antes de continuar, a promotoria deseja chamar uma nova testemunha. - disse Clint, com a voz carregada de pretensão. - Peggy Carter.
O nome ecoou pela sala como uma bomba. Natasha sentiu o ar desaparecer dos pulmões por um instante. Ela olhou para Steve no mesmo instante, e seu estômago se revirou ao ver a surpresa e mágoa estampadas em seu rosto. Os dois trocaram olhares confusos, mas logo se focaram na figura que invadia a sala.
Peggy entrou com passos decididos, impecável como sempre. O cabelo estava preso num coque elegante, sem um fio fora do lugar. O batom vermelho destacava-se em contraste com sua pele clara, e os saltos finos ecoaram com firmeza pelo chão de mármore do tribunal. Ela parecia preparada para um desfile, e não para um depoimento judicial.
A presença de Peggy Carter ali, naquele momento, foi como um soco inesperado. Natasha não sabia se era raiva, surpresa ou apenas o instinto de defesa que apertava seu peito - talvez um pouco de tudo. Automaticamente, ajeitou a postura, endireitando os ombros e passando a mão discretamente pelo cabelo, como se isso fosse suficiente para reafirmar sua posição como companheira de Steve.
Peggy era bonita, não podia negar. Tinha um tipo de elegância que parecia natural, quase inalcançável. E isso incomodava Natasha mais do que gostaria de admitir. Não sentia inveja, sabia que também era muito atraente, mas uma pontada desconfortável de insegurança a atravessou vendo-a ali. Ela queria se manter impassível, mas havia uma fagulha de rivalidade feminina queimando, silenciosa e teimosa, que a fazia apertar os dedos contra o banco com mais força do que o necessário.
Peggy se sentou, foi juramentada, e então olhou diretamente para Clint. Quando começou a falar, sua voz estava firme e clara.
- Fui namorada e noiva de Steve Rogers durante muitos anos. Estávamos juntos na época do crime, mas já não estávamos bem. O relacionamento estava desmoronando - ela disse com um suspiro discreto. - Ele andava nervoso, instável. Dizia coisas horríveis quando se irritava. Nunca foi agressivo fisicamente, mas as palavras dele podiam machucar como facas.
Steve não se moveu, mas Natasha conseguia ver a tensão em cada músculo dele, sabia que as palavras de Peggy não eram verdade.
- Ele e o irmão tinham dívidas - continuou Peggy. - Eu sei que ele dizia que não, mas sabia que sim. E não eram pequenas. Steve falava em vender a casa dos pais e até em pedir dinheiro emprestado a velhos amigos. Um dia, ouvi uma conversa. Ele e Liam discutiam sobre um sujeito que estava ameaçando os dois. Ele dizia que o homem era perigoso. E Steve... Steve estava desesperado.
Clint se aproximou mais, satisfeito.
- A senhorita Carter acredita que Steve poderia ter sido capaz de cometer um crime para se livrar dessa pressão?
Peggy hesitou. Um segundo só. Mas foi o suficiente para Natasha sentir o gosto amargo da mentira que ela estava prestes a contar.
- Eu acredito que ele estava no limite. E quando Steve chega ao limite, ele não pensa muito. Só reage.
Steve fechou os olhos devagar, como se cada palavra estivesse queimando sua pele. Ele entendia, até certo ponto, a decisão do término. Mas nunca imaginou que Peggy seria capaz de proferir aquelas inverdades sobre ele.
Clint sorriu, satisfeito, como se tivesse feito o perfeito xeque-mate e se sentou novamente, dando espaço para a defesa.
Matt se levantou com calma, ajeitando o paletó escuro. Andou lentamente até a frente da bancada, onde Peggy permanecia sentada com as pernas cruzadas e o rosto impecavelmente neutro.
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Fresh Out The Slammer
FanfictionROMANOGERS/STEVENAT - FANFIC Durante uma busca aleatória pela internet, Natasha Romanoff descobre um site onde pode se comunicar com presidiários dos EUA. Curiosa e em busca de algo novo, Natasha naturalmente vê uma conexão especial se formando com...
