HALLOWEEN | TERROR | SMUT | 2SHOT 🔞
Nas madrugadas frias do IML, Jungkook, um médico-legista calado e observador, acreditava já ter visto de tudo. Porém, nada o prepara para o corpo que chega numa noite de halloween: pele de mármore, beleza sobrena...
⚠️🔞 | Esse capítulo contém gatilhos para: descrição de sangue, violência gráfica e sexo explícito.Se você tiver MENOS de 18 anos, ou se sentir afetado, por favor, pare a leitura!
#HalloweenTKFest #TaekookFest #MordidasTK
Boa leitura!
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"Quero te dar o seu mérito, então rezo de joelhos para ser devorado por horas e horas."
[🎵: Hrs&Hrs – Muni Long]
⊱ · 🦇 · ⊰
Jungkook já acordara de diversas maneiras diferentes.
Em sua cama quente e macia, esparramado pelo grande colchão de casal. Com dor nas costas após passar uma noite terrível no sofá da casa de sua mãe. Em esquinas de bares, no chão da casa de amigos. No banco de trás de um carro, ou dividindo um colchonete de solteiro para três.
Naquele dia, porém, Jungkook acordou como se estivesse flutuando, seu corpo fatigado sobre um colchão desconhecido. Ele despertou lentamente, indo e voltando de um de sono pesado. Não havia nada, sonhos, sons, cheiros. Apenas silêncio e vazio o preenchendo. Não conseguia se prender à realidade, aos estímulos que existiam ao seu redor. Sentia-se letárgico, ainda preso aos resquícios do sono.
Perdido, entre um adormecer distante e um despertar confuso.
Sua cabeça tamborilava, como se estivesse de ressaca, mas não se lembrava de ter ido beber na noite anterior. Na verdade, não se lembrava de nada... exceto pelos dentes afiados. Pela pressão incessante no pescoço. Pelos barulhos úmidos entrelaçados a grunhidos animalescos. Eram imagens sem rosto, sons sem origem, mas que pulsavam dentro dele como recortes de lembranças.
Ou de algum pesadelo real demais para ser ignorado.
Jungkook deslizou a mão pela superfície na qual repousava. Alcançou lençóis, travesseiros, uma coberta fina e felpuda. Como eu vim parar aqui?, pensou, tentando puxar fragmentos de memória que fizessem sentido: necrotério, estaca no coração, pele gelada, olhos vermelhos lhe observando com atenção...
Ele balançou a cabeça, tentando dissipar aquela imagem aterradora.
O cheiro de canela e cigarro impregnado no ar chamou sua atenção. A fragrância forte irradiava por toda a parte, deixando-o enjoado. Todavia, tinha algo além, um fundo ferroso que deixava um retrogosto em sua língua. Viscoso e áspero, como uma memória ruim. Cobrindo tudo, mascarado por camadas de camuflagem, mas sobressaindo-se a todos os outros. Presente, pulsando em uma mistura que não o agradava.
Raios do sol penetravam pela fresta das cortinas, tocando seu corpo como uma benção da manhã. Era tarde, ele sabia, pois o calor queimava em um dia impiedoso. No entanto, não era capaz de abrir os olhos para assistir de onde aquela luz surgia. Suas pálpebras pesavam toneladas, feito seus braços e pernas. Todos dormentes, como se não fossem seus. Largados em várias direções, inúteis.
