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••.Expulso de casa aos 15 por ser um ômega.•• que preferia temperos a espadas, Félix aprendeu cedo que sobrevivência é uma arte feita de silêncio e mentiras.
Dois anos depois, ele finalmente atravessa os portões do território De Sangro - um cond...
— A gente vai devagar — ele disse, abrindo o pacote. — Você vai me guiar, tudo bem?
Felix olhou nos olhos dele, a respiração ofegante, e murmurou:
— Eu quero isso. Contigo. Só contigo.
O alfa se protegeu, ajeitou-se entre as pernas dele, e começou a prepará-lo com o maior cuidado. Os dedos lubrificados entravam devagar, e a cada avanço, Hyunjin observava cada microexpressão do rosto de Felix, atento, paciente.
— Tá doendo?
— Não... é só... estranho. Mas... bom estranho — Felix respondeu, corando ainda mais.
— Relaxa. Seu corpo vai entender que é pra sentir prazer.
E não demorou até que o corpo do ômega começasse a reagir. Ele gemia baixinho, os olhos fechados, o quadril buscando instintivamente o toque, se entregando.
Quando Hyunjin percebeu que ele estava pronto, se posicionou com calma, segurando a cintura de Felix com as duas mãos.
— Pode confiar em mim?
— Pode entrar... eu confio em você.
O alfa penetrou devagar. Muito devagar.
Felix mordeu os lábios, os olhos arregalados, sentindo o corpo se abrir pela primeira vez para alguém. Era muito. Era intenso. Mas com Hyunjin, tudo parecia mais suportável.
O movimento pausado, as palavras doces, os beijos suaves em seu rosto... tudo fazia o medo ir embora. E o prazer tomar o lugar.
Logo, Felix estava se movendo junto com ele. As pernas rodeavam o quadril do alfa, e a vergonha virou desejo real. Ele gemia com mais liberdade, os olhos entreabertos e o rosto molhado de suor.
— Eu também, meu moranguinho... você é tão apertado, tão quente... tá me deixando louco.
O ritmo aumentou aos poucos, e com ele, o som dos corpos se encontrando. As mãos de Felix exploravam o peito de Hyunjin, depois a nuca, os cabelos, e ele murmurava coisas sem sentido entre suspiros e gemidos.
E quando o clímax veio, foi como se o corpo de Felix explodisse em ondas. Ele arqueou as costas, gemeu alto, e gozou entre eles com intensidade, os músculos se contraindo, o peito arfando.
Hyunjin seguiu logo depois, o corpo tremendo, os gemidos abafados contra o pescoço do ômega enquanto o prazer o consumia inteiro.
Os corpos ainda estavam entrelaçados. Felix ofegava, o peito subindo e descendo em ritmo frenético, os olhos levemente marejados — não de dor, mas de tudo. De tudo o que aquilo significava. Do quanto ele tinha guardado, imaginado, sonhado... e do quanto doía, mesmo sendo bom.
Hyunjin ainda o envolvia com os braços, o corpo pesado sobre o dele, mas sustentado o suficiente pra não machucá-lo. Percebeu as lágrimas quando os olhos de Felix piscaram devagar e um filete quente deslizou pela lateral do rosto, molhando o travesseiro.
— Ei, amor... — sussurrou, com a voz embargada, logo se afastando um pouco para poder ver melhor. — Tá doendo?
Felix negou com a cabeça, mas a boca tremia.
— N-Não... quer dizer... um pouco. Mas é mais... emoção. Não sei explicar — fungou baixinho, tentando disfarçar, envergonhado.
Hyunjin se apoiou nos cotovelos e beijou com delicadeza a lágrima que escorria pelo rosto dele.
— É sua primeira vez. Você tem o direito de sentir tudo, até chorar. Isso não te faz fraco, Lix. Isso te faz humano. E corajoso pra caralho.
Felix soltou um riso nervoso, meio trêmulo. Mais uma lágrima desceu e Hyunjin foi lá, mais um beijinho, dessa vez na bochecha, depois nas pálpebras fechadas, depois na pontinha do nariz. Como se quisesse apagar qualquer traço de dor com o toque.
— Desculpa se doeu... eu tentei ser o mais cuidadoso possível.
— Você foi... foi perfeito. Eu só... meu corpo não tava acostumado. E... ainda não tô acreditando que isso aconteceu. — a voz dele era abafada, os olhos úmidos ainda tentando se manter abertos.
Hyunjin se deitou ao lado dele, puxando-o com carinho para que ficasse sobre seu peito. A mão acariciava as costas nuas de Felix devagar, o polegar fazendo movimentos circulares no centro da coluna.
— A gente pode descansar agora, meu amor. Tá tudo bem. Eu tô aqui. — sussurrou, como se embalar o Felix fosse sua única missão no mundo.
O ômega soltou um suspiro mais longo, de alívio. A dor física era leve, mas a intensidade emocional... essa deixava seu corpo inteiro formigando.
— Tô dolorido — murmurou baixinho, contra o peito de Hyunjin. — Mas é suportável. Prometo.
— Quer que eu pegue um gelinho, uma pomada... qualquer coisa?
— Não... só fica aqui. Você é melhor que qualquer remédio.
O alfa sorriu, emocionado, beijando o topo da cabeça dele.
— Você fala essas coisas e depois quer que eu não chore...
— Então chora comigo — Felix sussurrou, subindo devagar com o corpo até ficar cara a cara com ele.
E quando os olhos se encontraram de novo, Felix segurou o rosto do Hyunjin com as duas mãos, trêmulo, com o coração nas pontas dos dedos.
Ele sorriu. Aquele sorrisinho doído, terno, cheio de significados.
E então, com delicadeza, beijou a pontinha do nariz do alfa, como se fosse um selo sagrado.
— Eu te amo, Hwang Hyunjin.
O alfa respirou fundo, como se aquele momento fosse quebrar ele inteiro por dentro.
Os olhos se encheram. Transbordaram. Ele nem tentou segurar.
As lágrimas escorreram pesadas, silenciosas.
— Felix... meu Felix... eu também te amo. Eu amo tudo em você. Cada detalhe, cada sorriso, cada teimosia. Você é meu. Meu ômega. Meu parceiro. Meu amor. E a partir de hoje, isso tem nome. A gente tem um rótulo sim.
— E qual é?
Hyunjin sorriu entre as lágrimas.
— Namorados. Oficiais. Até alguém tentar tirar você de mim. Aí eu viro criminoso.
Felix riu, emocionado, e se jogou num beijo cheio de carinho, onde já não existia vergonha, nem dor — só amor, respiração entrecortada e promessas silenciosas trocadas entre as línguas entrelaçadas.
Ali, naquela cama, entre lençóis bagunçados e batimentos acelerados, eles não eram mais só Hyunjin e Felix.
Eram deles. Um do outro. Finalmente.
♡
Obrigada pelo apoio todos os dias, anjos :3
Beijinhos quentes, amores
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