Assim que chegam à enfermaria, eles encontram Caroline e Alaric.

— Lizzie nos chamou. — diz Caroline como explicação.

— Me dá ela. — exige Alaric.

Hope aperta ainda mais sua alma gêmea. — Não.

— Hope, me dê minha filha. — insiste o homem.

— Eu disse: não. — rosna Hope. — Você me disse para ficar longe dela, e agora ela está machucada. Nunca mais vou te ouvir.

A tríbrida entra na sala, sem sequer lançar um último olhar para o diretor. Ela se senta perto da morena enquanto a enfermeira a examina. A mulher passa delicadamente um creme sobre o corte na bochecha de Josie e verifica se ela sofreu uma concussão. Hope segura a mão de Josie o tempo todo e é recompensada com um sorriso agradecido de sua alma gêmea.

— Você não parece ter sofrido uma concussão, Josie, mas não deveria ficar sozinha por enquanto. — diz a enfermeira com um sorriso gentil. — Alguém quer dar uma olhada nisso? — pergunta a mulher aos outros três no quarto.

— Eu vou. — diz Hope imediatamente.

— Não, vocês duas precisam de um tempo separadas. — diz Alaric severamente.

— De jeito nenhum. Você acha que vou deixá-la sair da minha vista depois do que aconteceu?

— Você não é quem toma as decisões aqui, Hope.

Hope se levanta e encara o homem. — Então, tente me manter longe.

— Pare! — Josie grita. — Vou ficar com a Hope. — Alaric abre a boca. — Não me importa o que você pensa, pai. Eu fiz a minha escolha. — A morena olha para a tríbrida. — Você pode me carregar de volta para o seu quarto? Estou me sentindo um pouco fraca.

— Você nem precisava perguntar. — diz Hope.

Com um último olhar furioso para o pai de Josie, Hope se vira e a pega delicadamente no colo. Sua atenção permanece na morena durante todo o caminho até o quarto. Ela vê como Josie está perdida em seus pensamentos. Ela se preocupa com o golpe que sua alma gêmea levou, com o pequeno corte em sua bochecha.

A jovem Mikaelson deita Josie delicadamente na cama, e a morena imediatamente se esconde debaixo das cobertas. Hope a observa com um sorriso carinhoso.

— Você deve estar com fome. — diz Hope.

Josie dá de ombros. — Não muito. Estou com o estômago embrulhado.

— É, dá para perceber. — diz Hope, com um murmúrio. — Mesmo assim, você não jantou. Tenho umas barrinhas de proteína, por favor, coma uma, ok?

Josie assente lentamente. — Certo.

Hope abre rapidamente uma gaveta da escrivaninha e pega uma barra para Josie. Ela se senta na cama, ao lado da morena. Josie timidamente pega a barra e a desembrulha.

— Hope, eu... — Josie começa.

A tríbrida a interrompe rapidamente. — Eu não quero saber. — Hope levanta a mão e, com o polegar, traça cuidadosamente o corte de Josie. — Você se machucou e eu não consegui evitar. Eu deveria ter estado lá desde o início. Nada disso deveria ter acontecido.

— Não é sua culpa. Lobisomens são imprevisíveis, eu não deveria ter tentado impedi-los.

As palavras de Josie têm um efeito estranho em Hope. No fundo, ela sabe que Josie não estava pensando nela quando falou sobre lobisomens, mas Hope ainda sente que isso a inclui. A tríbrida pensa no fato de ter perdido o controle novamente, ela nem consegue dizer quanto tempo ficou ausente.

Can You Blame Me For Wanting A Little Bit More? - HosieWhere stories live. Discover now