Lizzie; uma jovem loira que, desde que se lembra, teve sua vida cercada por gelo dentro de um labirinto para garotas; se encontra de cabeça virada para baixo quando, misteriosamente, é removida do seu mundo e levada para um que havia apenas garotos...
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" INVISIBLE STRING " ┃03. Primeira noite.
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A fogueira crepitava no centro da Clareira, as chamas dançavam e lançavam sombras nas paredes de pedra. Garotos se aglomeravam ao redor, alguns rindo, outros apenas sentados, mastigando o que pareciam ser pedaços de carne dura e pães improvisados.
Em sua primeira noite lá, Thomas estava encostado numa pedra maior, longe o suficiente para observar sem chamar atenção. Seus olhos ainda estavam arregalados de incredulidade, e o corpo parecia tensionado a cada som que ouvia.
— E então, novato, já tá pensando que isso aqui é um acampamento? — Newt se aproximou com um leve sorriso, segurando uma caneca com algo fumegante que parecia mais água suja do que outra coisa.
Thomas deu um meio sorriso, sem humor. — É difícil acreditar que é só isso.
Newt sentou-se ao lado dele, os olhos observando os outros garotos com familiaridade. — É o que temos. O Labirinto fecha à noite, os Verdugos ficam quietos... e a fogueira é o único momento em que fingimos que está tudo bem.
Thomas mordeu o lábio inferior, desviando o olhar para a roda. Foi aí que ele a viu.
Ela estava do outro lado da fogueira, rindo com um garoto alto, de olhos puxados — Minho, se lembrava de ter ouvido o nome. A risada dela era leve, mas havia algo quase desafiante na forma como se apoiava no ombro dele. A garota. A única garota ali.
— Quem é ela? — Thomas perguntou, sua voz mais baixa.
Newt acompanhou seu olhar, rindo baixo. — Ah, você já reparou nela.
Thomas corou um pouco. — Não é isso... Só que... É estranho. Uma garota aqui?
Newt assentiu, encarando a fogueira com uma expressão mais séria. — Elizabeth, mas nós chamamos ela de Lizzie. Ela apareceu há algumas semanas, do nada. Saiu do Labirinto, diferente de todos nós. Ninguém sabe como.
Thomas sentiu um arrepio percorrer sua espinha. — E o que ela sabe?
— Nada. Pelo menos, é o que ela diz. Mas a verdade é que ninguém aqui sabe muito. Só acordamos, com o nome na cabeça, e uma sensação de que precisamos sobreviver.