O relógio na sala da federação marcava 14:00, e a atmosfera estava tensa, cheia de atividades. Pedrux sabia que precisava avisar Ameizim sobre sua saída, mas não queria criar alarde. Com o coração acelerado, ele se levantou e caminhou até a sala onde Ameizim costumava ficar.
Ao abrir a porta, encontrou Ameizim sentado à mesa, concentrado em alguns documentos. Ele olhou para Pedrux e sorriu.
— E aí, Pedrux! Tudo certo?
Pedrux hesitou por um momento antes de falar. — Ameizim, preciso te avisar que vou sair mais cedo hoje... às 14:20.
A expressão de Ameizim mudou rapidamente de descontraída para um pouco mais séria. — Tudo bem, mas está tudo certo? Você vai voltar depois?
Pedrux balançou a cabeça. — Não, na verdade não vou voltar. É algo importante que eu preciso resolver e não posso ficar mais aqui.
Ameizim parecia preocupado, mas respeitou a decisão do amigo. — Entendi. Se precisar de alguma coisa ou se quiser conversar depois, sabe onde me encontrar.
Pedrux sorriu agradecido. — Obrigado, Ameizim. Eu realmente aprecio isso.
Ele olhou para o relógio novamente; faltavam apenas cinco minutos. Era hora de ir. Com um aceno rápido, Pedrux se despediu e saiu da sala da federação.
Enquanto caminhava pelos corredores em direção à saída, sentiu uma mistura de alívio e nervosismo. Ele estava decidido e sabia que essa era uma escolha importante para ele naquele momento.
Chegando à porta principal às 14:20 em ponto, ele respirou fundo e saiu para o ar fresco do lado de fora.
Pedrux caminhou apressado pelas ruas, o som do trânsito e das conversas ao seu redor quase se misturando em um ruído constante. Ele focou na sua respiração, tentando manter a calma enquanto se dirigia ao hospital. A cada passo, sentia a ansiedade aumentar, mas sabia que precisava encarar isso.
O caminho até o hospital era familiar; ele já havia estado lá algumas vezes antes. As paredes brancas e frias do edifício se aproximavam, e ele não pôde evitar uma leve insegurança. A consulta era para verificar algo que o preocupava há algum tempo, algo que ele não havia comentado com ninguém.
Ao entrar no hospital, foi recebido pelo cheiro característico de desinfetante e uma atmosfera de expectativa. As pessoas aguardavam ansiosamente nas cadeiras da sala de espera. Pedrux se dirigiu ao balcão de atendimento e informou seu nome.
— Olá, sou Pedrux. Tenho uma consulta marcada para hoje às 14:30.
A recepcionista sorriu e conferiu as informações no computador. — Claro! Você pode se sentar na sala de espera, e chamaremos você assim que o médico estiver pronto.
Pedrux agradeceu e tomou lugar em uma das cadeiras. Ele observou os rostos ao seu redor; alguns pareciam relaxados, enquanto outros demonstravam inquietação. Tentou distrair a mente pensando em outras coisas, olhando para os cartazes nas paredes sobre saúde e bem-estar.
Após alguns minutos que pareceram horas, seu nome foi chamado. O coração disparou um pouco mais, mas ele se levantou determinado e seguiu pela porta que levava ao consultório.
Dentro da sala, o médico o recebeu com um sorriso acolhedor. — Olá, Pedrux! Vamos conversar sobre o que está te incomodando?
Pedrux respirou fundo, tentando organizar os pensamentos. — Doutor, eu estou tendo dores de cabeça constantemente. Não consigo lembrar exatamente quando começaram, mas tem sido difícil lidar com isso.
O médico o observou atentamente, anotando as informações. — Entendo. E há mais alguma coisa que você gostaria de mencionar?
Pedrux hesitou por um momento antes de continuar. — Eu também... eu tive um acidente há algum tempo e isso afetou minha memória. Eu me lembro vagamente de algumas coisas, mas só consigo recordar meu nome e minha idade.
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^~Shards of Memory~^
Fanfiction^-Sinopse-^ Pedrux, um jovem frio e misterioso, se muda para uma nova cidade em busca de um emprego que o mantenha longe de seu passado conturbado. Ele encontra trabalho em uma federação dedicada a aniquilar monstros, assassinos e ladrões, mas essa...
