Assim que Pedrux se acomodou em sua mesa para trabalhar no relatório, uma presença imponente se aproximou. Era Luiz, o chefe de Ameizim e um dos mais respeitados membros da federação.
“Pedrux!” chamou Luiz com uma voz firme. O coração de Pedrux disparou. Ele sabia que Luiz era conhecido por ser exigente e direto, especialmente com os novatos. “Claro, senhor,” respondeu ele, tentando manter a voz firme, mas sentindo as mãos suarem.
Luiz gesticulou para que Pedrux o seguisse até uma sala de reuniões próxima. Enquanto caminhava, a ansiedade começou a tomar conta dele novamente. Ele se lembrava das instruções que Ameizim havia dado: “Seja honesto e confie em suas capacidades.” Mas como confiar em si mesmo quando seu coração batia tão rápido?
A sala de reuniões era iluminada por uma luz suave, mas a atmosfera parecia pesada e opressora. Luiz se sentou à cabeceira da mesa e indicou para Pedrux tomar lugar à sua frente.
“Então, Pedrux,” começou Luiz, cruzando os braços sobre o peito com um olhar severo. “Como foi seu primeiro mês aqui na federação?”
Pedrux engoliu em seco, sentindo um nó no estômago. “Bem… eu… estou aprendendo bastante,” gaguejou. Ele estava ciente de que cada palavra contava e queria causar uma boa impressão, mas sua mente estava em branco e o nervosismo só aumentava.
“Aprendendo bastante?” Luiz repetiu com um olhar avaliador que parecia penetrar em sua alma. “Você conseguiu se adaptar à cultura da equipe? Tem algo que você gostaria de compartilhar sobre suas experiências até agora?”
Pedrux sentiu seu estômago revirar ainda mais. A pressão nas perguntas o deixava nervoso e inquieto. Ele pensou nas interações com os colegas, no apoio de Ameizim e nas dificuldades que enfrentara ao entender as diretrizes. Mas ao invés de falar sobre isso, tudo que saiu foi: “É… eu… estou me esforçando…”
Luiz inclinou-se para frente, sua expressão séria intensificando a tensão no ar. “Esforçando-se é bom, mas precisamos de resultados concretos. Alguma vez você se sentiu perdido ou teve dificuldades com suas tarefas?”
A pergunta atingiu Pedrux como um soco no estômago. Ele não queria admitir suas inseguranças ou mostrar fraqueza diante de Luiz. “Eu… tive algumas dificuldades com as diretrizes,” disse ele finalmente, a voz quase falhando.
“Algumas dificuldades?” Luiz replicou, levantando uma sobrancelha e pressionando ainda mais. “Isso é preocupante. O que você fez para superar essas dificuldades? Você buscou ajuda?”
A pressão aumentava e Pedrux sentia cada músculo do corpo tenso como um arco prestes a se romper. Lembrando da conversa com Ameizim, ele forçou-se a manter contato visual com Luiz enquanto respondia: “Sim… eu pedi ajuda ao Ameizim.”
Luiz fez uma pausa prolongada, observando-o cuidadosamente antes de continuar: “E como foi essa experiência? Você se sente à vontade para pedir ajuda quando necessário?”
A tensão no peito de Pedrux parecia quase insuportável agora. Ele sabia que precisava ser honesto; esse era um ponto crucial na federação — a colaboração e o apoio mútuo entre os membros da equipe.
“Eu… estou aprendendo a pedir ajuda,” disse ele com dificuldade. “No começo foi difícil para mim, mas percebi que todos estão aqui para apoiar uns aos outros.”
Luiz acenou lentamente com a cabeça, mas seu olhar não suavizou; ao contrário, parecia apenas aguçar sua crítica: “Isso é bom ouvir, Pedrux. A colaboração é essencial para o nosso sucesso coletivo.”
Porém, antes que Pedrux pudesse relaxar completamente, Luiz lançou outra pergunta direta: “Qual é a sua idade?”
“Dezoito anos,” respondeu Pedrux rapidamente, sentindo o calor subir ao rosto.
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^~Shards of Memory~^
Fanfiction^-Sinopse-^ Pedrux, um jovem frio e misterioso, se muda para uma nova cidade em busca de um emprego que o mantenha longe de seu passado conturbado. Ele encontra trabalho em uma federação dedicada a aniquilar monstros, assassinos e ladrões, mas essa...
