Capítulo 4

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"- Que é isso? - perguntou Harry, trêmulo."

"- Isso? Chama-se Penseira. - respondeu Dumbledore. - Às vezes eu acho, e tenho certeza de que você também conhece a sensação, que simplesmente há pensamentos e lembranças demais enchendo minha cabeça."

- J. K. Rowling, Harry Potter e o cálice de fogo

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Levantei cedo hoje. Resolvi ficar mais um dia de folga, aproveitei e enviei minha documentação para admissão na universidade. Eu tenho créditos suficientes para me formar, então, eu mereço um dia de folga.

Aliás, Elisa que me acordou cedo, mas lhe falei que iria ficar em casa. Ela levantou de bom humor. Aliás, desde que cheguei aqui, só vejo-a sorrindo.

Quando chegamos ontem à noite, Tia Haile já estava dormindo. O que livrou Elisabeth e a mim de uma bronca. Pelo o que Elisa me contou no caminho. Sua mãe é um doce de pessoa. Mas quando está uma fera, sai de perto.

Elisa levou suas coisas para voltar para o campus da universidade. Ela me disse que divide um apartamento com um garoto que ela não suporta. Pelo o que ela me falou o garoto é muito bagunceiro. E leva sempre uma mulher diferente por lá.

Ela não se importa. Desde que ele mantenha o local arrumado.

Descobri que os banheiros da universidade são comunitários. Então obrigada. Prefiro ficar em um quarto só meu. Tendo um banheiro só para mim. Fora de cogitação dividir um apartamento com algum cara. E os banheiros. Só de imaginar a nojeira que é. Não quero nem pensar.

Elisabeth resolveu se mudar para o campus, pelo simples fato de quer sua independência. Sem sua mãe no pé.

Comigo é totalmente ao contrário. Não me incomodo nenhum pouco de ficar aqui.

Elisa antes de sair me desejou sorte. Só ela mesmo.

Depois de tomar um café da manhã bem reforçado pela tia Haile. Ela saiu cedo, pois ela ajuda uma ONG de crianças desamparadas, que sofreram algum tipo de abuso. Seja ele físico, sexual ou mental. Pois as palavra machucam muito mais do que uma surra...

E aqui estou eu, dentro da minha caminhonete. Polindo minha glock 48.

Foi um sacrifício para conseguir a licença dessa belezinha aqui. As aulas de tiro que eu fiz um curto espaço de tempo ajudaram.

Passo minha mão no metal gelado da glock. Ela é bem bonita. Seu material é todo prateado, brilhante.

Terminando de poli-la, guardei-a novamente de baixo do banco. Saí da caminhonete. E olhei curiosamente para o vizinho e fiquei um pouco decepcionada quando não vi o Mercedes.

No lugar estava um enorme labrador preto, brincando na grama. Ele estava com uma bolinha vermelha na boca. Uma graça.

Queria poder fazer carinho, mas não seu se ele é dócil. E se eu colocar minha mão nele, e ele arrancar meu braço. Eu sei. Não é pra tanto. Sei ser bem dramática, quando quero.

Vou arriscar. O cachorro tem uma pelagem bem bonita. Seu pelo negro reluz com sol.

— Ei, rapaz! — exclamei, inclinando meu corpo um pouco para alcançá-lo. — Vem cá. — Estirei meu braço, estalando os dedos.

Ele olhou em minha direção, e começou a correr.

Passei a mão bem de leve em sua cabeça. Ele ainda não estava muito confortável com meu carinho.

Coloquei minha mão para ele cheirar. O que ele faz de bom grado. E ainda lambeu a minha mão carinhosamente.

— Isso, rapaz. — sussurrei carinhosamente. — Eu não vou te fazer mal. — Fiz um cafuné nas suas duas orelhas. Ele é muito fofo. Seu pelo é bem macio.

Inevitável AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora