Capítulo 4

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Capítulo 4

-Então, que tal correu o "estudo"? - perguntou o Luke, num tom de voz trocista quando o vi pela primeira vez naquele dia. - Arrancaram as gargantas um ao outro?

-A única pessoa a quem eu irei arrancar a garganta é a ti.

-Hm, - ele passou os dedos pelo queixo como se estivesse a pensar. - Por outras palavras, correu bem mas tu não queres admiti-lo porque tens uma imagem a manter.

Revirei os olhos.

-Acredita, Luke, a minha imagem foi-se no momento em que eu beijei a miúda pela primeira vez à frente de toda a gente.

-Porquê? Houve uma primeira vez escondida de toda a gente?

Dei-lhe um murro no braço, e, apesar de ele ter resmungado, riu-se na mesma.

-Sabes, tenho quase a certeza de que vou ganhar a aposta, - disse-me, enquanto íamos em direção à cafetaria para ir ter com o Aaron e o Calum, uma vez que a Ayame e o Michael tinham ido tomar o pequeno-almoço ao Tenessee, o café que havia do outro lado da rua do colégio. Qualquer coisa sobre passarem tempo só eles os dois, coisa que já não faziam muito desde que a Ayame e o Luke haviam começado a namorar.

-Que aposta? - levantei as sobrancelhas.

-Eu e os rapazes fizemos uma aposta. Quer dizer, menos o Aaron. Mas ele também não é muito de apostas, - o Luke encolheu os ombros.

Parei de andar e obriguei-o a fazer o mesmo.

-Que aposta? - tornei a perguntar, daquela vez num tom mais determinado e ameaçador.

-Nada de mais. Decidimos ver quanto tempo é que esta tua fachada ia demorar a tornar-se real. O Michael disse que nunca iria acontecer porque és um filho da mãe sem coração incapaz de sentir seja o que for. O Calum disse antes destas próximas duas semanas em que simplesmente tens que fingir por causa do exame. Eu dei-te um mês e meio.

Rangi os dentes.

-E quanto apostaram nisso, exatamente?

-Vinte dólares. Por isso vê se demoras um mês e meio.

Dei-lhe uma cacetada na nuca e continuei a andar em direção à cafetaria. O Luke lançou uma gargalhada alta.

-Que foi!? - perguntou-me, acelerando o passo para me conseguir acompanhar. - Quarenta dólares vinham mesmo a calhar!

-Sim, usa-os para comprar comida que de minha casa já não levas nada.

-O que é que aconteceu ao "Lashton forever"? - o Luke colocou a mão sobre o coração e fingiu chorar.

-A culpa foi tua. Tu é que achaste que o nosso amor não era suficiente então foste apostar no meu suposto amor sobre outra.

O Luke lançou um braço à volta do meu pescoço e puxou-me para si num movimento desconfortável e quase doloroso.

-Da mesma maneira que eu te amo a ti e à Ayame, também me podes amar a mim e à Sofía.

-Ao contrário de ti, que és tão oferecido que dói, eu só me dedico a uma pessoa.

-Então é mesmo melhor acabarmos antes que isto de magoe ainda mais.

-Tenho que te lembrar que nós estávamos juntos antes de a Ayame sequer olhar para ti?

-Sim, eu sei, mas és demasiado musculado para eu aguentar.

Lancei uma risada e empurrei-o para longe com uma mão, antes de entrar na cafetaria com ele ao meu lado. Sentámo-nos na mesma mesa onde já estavam o Aaron e o Calum.

Voodoo Doll • Ashton Irwin {AU}Where stories live. Discover now