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Primeiro volume da série Amores obscuros!
Lua Prior é recém formada em administração e acaba rec...
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Brasil, 2015
Lua
Mesmo São Paulo estando com o clima fresco, Lua Prior se encontrava encharcada depois de uma corrida pelo parque na volta para o hotel onde estava hospedada, por enquanto.
Devido à música animada que tocava em seu iphode deixou o elevador cantarolando e arriscando pequenos passos junto ao balançar do quadril, com sede assim que entrou alcançou uma garrafinha de água no frigobar notando uma mensagem em sua secretária eletrônica e duas chamadas perdidas de Elizabeth, tudo graças à mania que tinha em deixar o celular durante as corridas. Rapidamente tentou retornar a ligação, mas só teve como resposta a caixa de mensagem de sua amiga, o que causou estranheza, pois Elizabeth estava sempre com o celular próximo a ela, dizia que poderia perder chamadas importantes longe do mesmo. Ignorando a voz irritante, Lua colocou fim a tentativa falha de ligação e buscou a mensagem em sua secretária eletrônica julgando que a outra havia deixado algum recado.
"— Lua, quando estiver ouvindo isso provavelmente não estarei mais entre os vivos. Vá para a empresa e cuide dela por mim, descubra quem está envolvido nisso e... Não se esqueça de pensar em mim."
A mensagem estava tumultuada, com barulho e vidros se espatifando pouco antes da ligação se encerrar com o tum tum tum. Elizabeth estava calma durante a gravação do recado, no entanto o mesmo não poderia ser dito de Lua após ouvir a mensagem, o desespero subiu à sua cabeça e a mulher correu porta a fora para ir à empresa já que era o único lugar que a amiga mencionou. Rezava para que tudo fosse esclarecido como um mal-entendido, uma brincadeira de mau gosto pela qual Elizabeth a pagaria caro.
Já na calçada do hotel a mulher adentrou o primeiro táxi que encontrou, pois não se considerava em condições para dirigir, passou o endereço ao motorista e logo encostou a cabeça na janela procurando entender tudo que estava acontecendo.
Na empresa Lua entrou o local apressada sendo barrada por um segurança, sua sorte é que ao dizer seu nome sua passagem foi liberada e com isso correu até o elevador contando os andares impaciente quando entrou no mesmo, havia estado no lugar com Elizabeth algumas vezes, então, conhecia quase todo o caminho que precisava percorrer.
As exceções quanto ao grande prédio se baseavam na sala de Dexter para onde foi arrastada ao descer do elevador e perguntar por Elizabeth a uma secretária ruiva muito bonita que a levou até o filho mais velho da amiga.
Dexter era um homem bonito, alto e loiro com olhos azuis, sempre metido em ternos feitos sob medida com um ar arrogante que dava nos nervos da morena, como se pudesse conseguir tudo que quisesse e estivesse acima de todos.
— Eu gostaria muito de saber o que houve com Elizabeth, na verdade, quero falar com ela agora. — Exigiu a mulher com a voz forte de comando impaciente por ter sido desviada do seu caminho.
