Alexandre morava na periferia de Vale do Norte, nada muito distante de seu emprego na região central, entretanto, era necessário locomover-se de carro. Seu porte físico, assim como seu olhar um tanto ameaçador e rápido, praticamente entregavam a sua profissão: policial.
Era pardo, de altura mediana, com a barba feita e o cabelo bem cortado. Vestia uma camisa branca, um jeans azul e um tênis preto, nada de incomum. Sua arma estava em sua cintura.
O trajeto para a região central era tranquilo, mas algo parecia diferente naquele dia. Os carros começaram a diminuir a velocidade. Alguns se arriscavam a sair da avenida principal e a pegar as ruas paralelas. Alexandre nunca fez isso então preferiu continuar na avenida. Repentinamente, todos pararam. Um congestionamento?
"Será que aconteceu algum acidente?" - pensou Alexandre. E antes que pensasse em conferir e ver se poderia ajudar, viu uma pessoa correndo, seguida por uma segunda, e depois por uma terceira. Quando se deu conta, dezenas de pessoas estavam correndo na direção contrária.
Desceu do carro para conferir do que se tratava. Viu uma das pessoas correndo e a parou para perguntar do que se tratava, e a única resposta foi: "Fuja! Corra! Monstros!"
Resolveu andar com a arma em punhos e ir em direção ao inicio do tumulto. Não muito distante vê uma pessoa correndo que tropeça. Logo em seguida, vê outra, e imagina que o ajudaria, mas o que faz, é completamente o oposto. Joga-se por cima do homem caído e lhe morde o pescoço com tamanha brutalidade que parecia que a cabeça do indivíduo seria arrancada. Segundos depois chegam outros e começam a, literalmente, devorar, aquele sujeito.
- O que diabos vocês estão fazendo? Aqui é a polícia e estão todos presos! - Gritou Alexandre, ao ver a cena aterrorizante.
Com os gritos, consegue chamar a atenção de todos, que começam a caminhar em direção a Alexandre. Seus passos são lentos, disformes, e parece que cairão a qualquer momento. Mas não caem e continuam andando.
- Parados! Terei que atirar! - Ordenou Alexandre.
Eram em torno de dez, todos com suas roupas rasgadas, e ferimentos graves. Nenhum cedeu aos mandos de Alexandre que ordenou pela última vez:
- Parados ou eu atiro!
E então começou a atirar. E as criaturas... continuaram andando!? "Como isso é possível?", pensava Alexandre.
Gastou um pente inteiro de sua pistola, e só conseguiu derrubar um deles, que já parecia querer levantar-se!
A vítima, que teve parte de seu corpo devorada, agora estava se levantando e, ao ficar em pé, também foi em direção ao policial.
- O que diabos são vocês!? - Gritou Alexandre, enquanto atirava e as criaturas se aproximavam.
Não encontrando outra solução, Alexandre parou de atirar e fez o que todos já haviam feito antes: correu. E muito!
DU LIEST GERADE
Vale do Norte - Os sobreviventes
HorrorEnquanto a população se revolta contra seus governantes e diversos grupos anarquistas surgem por todo o país, tomando conta do cenário político, na cidade de Vale do Norte algo muito estranho acontece. O pânico e o caos estão por toda parte. Monstro...