[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de entreter]
Após passar 72 horas como refém do temido líder da facção, Chorão, Emília luta para superar os acontecimentos desse trágico evento...
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Tomei banho sozinha e comecei a sentir uma dor latejante na minha vagina, o que me fez ficar um pouco desesperada por não saber se era normal. Com a dor crescendo, soltei um grunhido e o Chorão entrou no banheiro, encontrando-me apoiada na parede.
— Tudo bem, coração? — perguntou com a voz carregada de preocupação.
— Tô sentindo uma dor lá — murmurei, tentando conter a ansiedade enquanto explicava o desconforto.
— Lá? — Sua voz soou irônica e ele riu. — Não faz meia hora que tava gritando pra eu te foder e agora, não consegue falar buceta?
— Não é hora pra brincadeira. — Rodei os olhos, minha preocupação ainda presente.
— É normal, coração. — Ele suavizou a tensão com um beijo reconfortante nas minhas costas. — Talvez, a dor aumente amanhã, mas não precisa se preocupar que não é nada grave.
— Menos mal. — Suspirei aliviada, finalmente sentindo um pouco de tranquilidade diante da sua calma e confiança.
[...]
Chorão me ajudou a me vestir com uma gentileza peculiar. Nem parecia que era bandido e o causador das minhas dores físicas. Ele cuidou do meu pulso machucado com atenção, como se desejasse garantir minha recuperação, mas, no fundo, sabia que o único motivo era ele querer me comer em outras oportunidades.
— Amanhã, o GV vai te levar ao médico.
— Eu sei ir ao postinho sozinha, Chorão. — Sorri envergonhada.
— Como se eu fosse burro de deixar a minha mulher andar sozinha por aí, né?
Ele me guiou até a cama e deitamo-nos novamente na cama, eu apoiei minha cabeça no seu peitoral, enquanto estendi minha perna sobre seu corpo.
— Você gostou do lugar que o GV te mostrou? — Chorão questionou, enquanto fazia um cafuné gostoso no meu cabelo. — Pelas fotos, eu achei um lugar legal pra você morar e trabalhar.
— Eu amei, é perfeito! — Mordi o lábio e sorri para ele. — Ainda nem acredito que vou poder realizar o maior sonho da minha vida.
— Dá pra cada uma das três ter seu lugar pra morar.
— Como assim? — Franzi o cenho, me virando para ele e o encarei confusa.
— O GV não te explicou que tem apartamentos nos andares de cima?
— Sim, a gente visitou o do primeiro andar...
— Os outros podem ser da sua mãe e da Isadora.
— Você quer comprar mais dois apartamentos? — Levantei-me e fiquei sentada ao seu lado. — Sei que a sua intenção é boa, mas isso seria exagerado demais.
— Então, não vou nem te explicar que tô negociando o prédio pra você.
Ele soltou uma gargalhada ao ver a minha cara de espanto.