Apaixonada pela guerra

Vinte e sete

Joesefh Müller

Minha cabeça estava a mil, e a casa estava revirada de cabeça para a baixo , eram 5 horas da manhã e ainda estava escuro .

Mas parece que o meu filho não queria nascer .

- Isso é culpa sua !

E claro , eu seria muito imbecil se não avisasse os irmãos e o pai dela , mas eu avisei e agora eles estão me culpando pelos gritos de Helena que os mesmos ouviam lá do quarto .

- como sua irma ter que dar a luz é minha culpa ?

Falei com raiva , isso estava me irritando essa implicância deles , ainda mais João que achava que era dono da minha mulher ... da minha mulher .

- era cedo demais , mas esse seu rabo egoista não pensou duas vezes né ?

Revirei os olhos e me afastei dele ficando próximo do meu pai e de meu sogro , eles eram os melhores em termos de humor aqui .

- não pilha joe ! Eu vi 4 partos sabe o que é isso ? 3 foram em casa , o único que tivemos de ir no hospital foi o de Helena por conta dos riscos e da doença da mãe dela já sabíamos que teria de ser no hospital então nos prevenimos e Helena nasceu .

- desculpa a insensibilidade mas sua mulher morreu ao dar à luz a Helena, como é suposto isso me acalmar ?

Ele respirou fundo

- tem razão ! Mas minha mulher escolheu morrer , ela queria muito ter uma menina apesar da idade e da sua saúde frágil então ...já sabe .

Isso me lembrou de Helena , por mais que ela negasse eu via no fundo dos seus olhos que ela queria uma menina , e se não fosse agora ela morreria tentando ter e isso me assusta um pouco . Eu não aceitaria um mundo sem Helena .

- toma um vinho !

Meu pai me oferece uma taça , eles estavam jogando xadrez e tomando vinho , minha casa estava mesmo um caos .

- pai, minha mulher está dando a luz , não vou beber ,aproveitem vocês .

falei subindo novamente para a zona de guerra onde minha mãe estava lutando duramente ao lado de Helena bem ela era a única mulher da família aqui , e quando tentei toca-lá a mesma mordeu meu braço .

" é normal , ela só está com raiva e dor "

A enfermeira disse .

-sempre que sentir essa dor , faz força Helena !

E quando a dor vinha , Helena fazia força mas , nada acontecia.

- ela está perdendo a força e o fôlego , e o batimento cardíaco do bebê está fraco , melhor induzir !

- NÃO !

Helena gritou

- ELE VAI SAIR , meu menino vai sair !

Ela disse com se estivesse a certeza que era um menino !

- ok! Se na próxima contração não sair , vamos induzir Helena o sol já está nascendo e não temos muitos equipamentos aqui não deu tempo de trazer , o bebê pode estar em sofrimento.

Quando a contração veio , o grito de Helena irrompeu por toda a casa a mesma estava de joelhos na banheira inclinada para mim o rosto e condido no meu peito suas unhas fincadas nos meus ombros , mas isso não deveria nem estar perdi da dor dela .

Os gritos reverberavam por toda a casa , até que a mesma parou e respirou fundo .

- SAIU , O BEBÊ SAIU ! É um MENINOOOOOOO!

Minha mãe saiu do banheiro gritando pela casa. E ouvi eles comemorando.

A enfermeira se apoiou na banheira , com o suor escorrendo de sua testa .

E Helena chorava ainda no meu peito , mas algo estava errado percebi quando peguei meu filho de sua mão.

- porque ele não está chorando?

E como se fosse um gatilho  a enfermeira levantou temerosa tirando meu filho dos meus braços  que começava a ficar roxo .

Batendo em suas costas e o virando de cabeça para baixo .

- não , não ...! Não !

Helena chorava mais ainda , mas agora era de tristeza .

- MÃE ! MÃE ...

E eu gritava minha mãe , Minh mãe saberia o que fazer . ela sempre sabia .

Cobri Helena com com uma toalha .

Quando minha mãe entrou no banheiro novamente e olhou seu neto ela já soube , e atrás dela estavam meu pai, meu sogro e os irmãos .

Eu via João tremer .

- Dá aqui meu neto .

Minha mãe virou meu filho de cabeça para baixo como uma só mão, enquanto batia em suas costas e depois o deitou em seu colo e soprava em sua boquinha pressionando delicadamente seu peito .

E quando o choro alto e agudo surgiu , todo mundo respirou de alívio .

- meu neto ! Eu nunca iria deixar você partir meu neto!

Minha mãe dizia para o Bebê.

Minha mãe se aproximou de nós com ele no colo .

- enquanto a vovó helen estiver aqui , nada vai acontecer com ele meu amor , minha mãe falou para ela.

- obrigada!

e antes dela poder receber ele no colo a mesma apagou .

Minha mãe e a enfermeira tratarão do resto e organizaram tudo , enquanto o malucos dos irmãos de Helena rodavam o sobrinho de mão em mão .

Eu pegaria ele depois , eu agora precisava estabilizar Helena .

Depois dela ficar trancada 30 minutos com a enfermeira e a minha mãe no banheiro .

"Coisas de mulher , você não entenderia joe"

Minha mãe disse

Ajudei minha mãe e deitei a mesma na cama , que agora já estava com uma pijama mais confortável e uma expressão mais suave .

- Aqui seu filho ! Ele chora demais !

Foi Henrique que veio me entregar ele , ele estava com fome . Mas Helena tinha apagado . O que eu faria ?

Isso era ser pai ?
Tenho certeza que Helena Me culparia se o primeiro leite do bebê fosse de fórmula .

- eu já vou ! Eu não disse nada por estar também em choque , mas Helena é minha colega no hospital eu não sabia quem era ela de verdade é que era casa com o neto dos donos do hospital, e nos temos estágio juntas isso foi estranho .

Eu tinha esquecido de dizer a Helena que o hospital que ela estagia são dos meus falecidos avós , em minha defesa eu acabava sempre me esquecendo desse detalhe.

- e você pode colocar ele no peito da mesma  para mamar, o bebê vai sugar é só controlar para o mesmo não se engasgar !

Assenti para a mesma .

Quando todo mundo foi embora , me senti um pouco perdido confesso , meu filho mamou e coloquei para arrotar como minha mãe orientou antes de ir embora .

O mesmo adormeceu já de barriga cheia e deitei com ele no meu peito porque eu também estava exausto , o segurando como se minha. Vida dependesse disso, pois agora depende .

E Helena ainda estava apagada de cansaço , e bom dormimos os três o restante do dia.