Dark

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Quando caio de pé vejo Brenda abaixada olhando para dentro de um túnel todo rabiscado nas paredes e me dá calafrios, penso em Taylor, ele estaria tentando me acalmar mas por culpa minha ele morreu então afasto o pensando pois fico com raiva.

Brenda começa a andar e Thomaz faz um sinal com a cabeça para que eu ande na sua frente. Posso estar paranóica mas escuto sussurros a cada passo que dou. Branda bula e olha para o lado direito com sua lanterna e faço o mesmo, mas logo um barulho nos faz olhar para a esquerda rapidamente.
Acho que e por aqui — Ela diz indo para a direita e a sigo.
Acha — Então sorrio e ele caminha ao meu lado.
Duas coisas — Digo baixo para ele e o mesmo me olha — Está com medo, o que é normal pois também estou, e segunda — Olho para a Brenda a nossa frente — Gostou dela — Ele tira os olhos de mim — Tá vendo, está até evitando o assunto, finalmente você tirou o foco da doida da Teresa — Ele começa a ficar meio impaciente.
Não fala dela assim, ela é uma boa pessoa — Dou se ombros.
Se você acha — Digo e continuamos a caminhar.
Mora gente aqui? — Thomaz pergunta para Brenda.
As tempestades solares forçaram as pessoas para o subsolo, o George diz que há acampamentos por todos esses túneis — Olho para as paredes e penso em crianças vivendo ali.
Mas me fala do George, ele e seu pai — Presto uma certa atenção na conversa pois aquele velho e interessante.
Quase isso — Ela diz pausadamente — A verdade é que eu não sei bem o que ele é, ele sempre esteve ao meu lado e eu sempre fiz o que ele me pediu até as maiores burrices — Olho para ela e outra vez penso em Taylor, ele uma vez me disse as mesmas coisas sobre ser um dos mais velhos da clareira e quase morreu uma vez quando o labirinto mudou e ele estava lá dentro sem querer ninguém soubesse.
Acha que o braço direito não é real? — Thomaz pergunta. Ela tem razão, ele pergunta demais. Um barulho nos chama atenção e viramos rápido para trás.
Tá o papo está interessante — Digo e ando até o meio deles — Mas podemos ir mais rápido? — Brenda me olha e sorri.
A valentona tá com medo ? — A olho intrigada.
Todos temos medos e eu o meu e reentrar meu irmão — Ela me olha pensativa.
Isso não seria bom? — Suspiro.
Séria,mas precisaria morrer — Ela se surpreende — Por isso o medo de reencontrar ele, e já vimos como é doloroso se transformar como eles — Me viro para frente.
Acho que — Ela começa a andar — Esperança e uma coisa perigosa — Ela fica pensativa outra vez — Esperança já matou mais amigos meus que o fugoriu e o deserto juntos — Ela responde a pergunta do Thomaz — Só achei que o George fosse mais inteligente — Ela caminha devagar e nos o acompanha ao seu lado.

Damos de frente com uma parede e temos que decidir entre direita e esquerda mais uma vez, o que faz os dois olharem para os lado.
Droga — Brenda diz e Thomaz anda para frente para olhar melhor e acaba indo para a direita explorando o lugar escuro. Nossa sapatos fazem barulho, confirme andamos enchendo o lugar com o som de água pingando.
Aí eu acho que deve ser por aqui — Ele diz e eu olho para trás, mas Brenda não está junto com a gente.
Brenda? — A chamo.
Brenda ! — Thomaz a chama ficando preocupado e nervoso. Começo a ficar também com a possibilidade dela ter ido longe demais.
To aqui — Suspiro de alívio e andamos até o som da sua voz — Olha pra isso — Ela diz apontando para a parede
O que é? — Pergunto. E ela não responde, só se aproxima mais da parede para olhar o que está grudada nela que revira meu estômago só de olhar. E ela olha dentro de um túnel e Thomaz faz o mesmo.
— O que é isso ? — Seguro o braço do Thomaz.
Eu não sei — Brenda repense incerta e com a voz falha. Tem pessoas envolvidas naquelas coisas que estavam na parede. Um grito nos chama atenção e faz eu apertar o braço do Thomaz e olhar atrás e eles também e olhamos para dentro do túnel mas apenas um rato sai dali e eu solto o braço de Thomaz e suspiro.
Que susto — Coloco a mão no coração e passo a mão no cabelo.

After The Maze | Maze Runner Where stories live. Discover now