Aquilo parecia se aproximar de seu rosto. Podia quase sentir sua pele tocar a dela. Um toque suave e macio brincou com os lábios de Emy, um beijo, diria. Tão rápido que mal pôde entender o que era.

A mão rígida desceu arranhando as pontas das unhas até o largo quadril e deslizou para debaixo dela, agarrando sua bunda e puxando-a para fazer pressão contra o corpo.

Emy podia sentir uma excitação por baixo do tecido áspero, tocando sua intimidade desnuda e se aprofundando ali, com força.
Gemendo baixo, molhada e desejosa.

Respirando fundo, sentindo o ar se encurtar em seus pulmões quando, beijos molhados tocaram o pescoço dela, sugando sua pele.
Aquela língua brincava de escorregar em seu pescoço, subindo e descendo. Chupando e ansiando
ter mais.

O desejo daquilo parecia falar alto o suficiente para lhe cobiçar com todas as suas forças. "Ele" estava ofegante e excitado. Estava se segurando, podia pressupor isso. Sua intimidade latejava, pois, por alguma razão, Emy vivenciava daquele mesmo desejo sujo.

Emy conseguia quase adivinhar o que aquilo sentia, parecia tão forte, e a queria da maneira mais possessiva. Sua extrema necessidade dela fazia com que aquilo revelasse seu mais profundo desejo em lhe tomar. Mas parecia cauteloso ao se relacionar com a própria daquele jeito.

"você fica tão bela assim.. completamente vulnerável a mim"

-Bons sonhos, Emy - sussurrou, e então, o peso sobre ela desapareceu, deixando marcas de medo e espanto em sua mente após uma pontada de dor percorrer todo seu corpo junto de um choque.

Instantaneamente Emy levantou assustada, ofegante e chorosa. Seu corpo doía em todos os cantos naquele momento. Olhou cuidadosamente ao redor de seu apartamento, não havendo ninguém além dela mesma e sua respiração.

Então sentou-se tentando se recuperar daquela dor abraçada ao próprio corpo, quando olhou para o relógio e lembrou do jantar com Francis. Emy inspirou e expirou, voltando em direção das bolsas escolhendo o vestido preto, jogando-o no sofá e indo até o banheiro se lavar daquela sensação horrorosa que estava a corroer sua mente e seu corpo.

Voltando ao quarto, vestindo uma simples lingerie detalhada branca. Logo espalhando por seu corpo um hidratante, lhe trazendo uma boa sensação refrescante. Já amenizando sua tensão. A do corpo pelo menos.

Já pronta, com um vestido preto que destacava todas as curvas existentes naquele corpo junto de uma fenda que exibia a coxa direita, Emy telefonou para Francis que lhe atendeu com a voz mais graciosa que ela poderia ouvir.
Céus.. isso é música para meus ouvidos ...

Em dez minutos ele estaria na frente de seu prédio para levá-la ao restaurante. Emy sorriu ao celular e se sentou novamente no sofá, esperando pelo mesmo. Sua mente se afundou naquela sensação horrorosa que seu corpo havia acordado e na parte em que estava inconsciente mas ainda assim.. consciente para lembrar do que sentiu.

Sonofilia?

A morena então se afundou nos pensamentos ruins e naqueles toques. Por que?
Como aquilo funcionava? Quem estaria lhe tocando tão intimamente? Apreciando sua vulnerabilidade. Estava tão distante em seus pensamentos que só saiu daquele transe após ouvir as buzinas de Francis do lado de fora, fazendo-a correr para a janela e sorrir sem jeito.

  — Já estou descendo!

  — Sem pressa, amor - respondeu Mosses, encostado sob a porta do carro com um sorriso gracioso nos lábios.

Ele estava ótimo, camisa social branca destacando os braços fortes e uma calça social caqui. Seu rosto estava mais gentil e apesar do olhar cansado, continuava com aquele ar sensual e belo.

  — Você está tão linda.. nunca vi uma mulher tão espetacular como você em toda minha vida.. - murmurou ele admirando cada detalhe dela.

Emy sorriu tímida abraçando-o como se não o visse à anos e expirou baixinho.

  — Você está bem? - ele perguntou afagando as costas dela de maneira gentil.

  — Tive um sonho ruim.. mas não vem ao caso - ela respondeu ainda encostada no pescoço dele. - Você tá incrível

Emy sorriu para ele, agora unindo seus lábios aos dele de forma carinhosa se arrepiando com os dedos dele acariciando suas costas.

  — Mais tarde conversaremos sobre esse sonho, tudo bem?

Ela então, apenas concordou com a cabeça acompanhando ele até o outro lado do carro, abrindo a porta para ela. Em seguida vendo Francis retornar ao banco do motorista, dando-lhe um beijo e partida.

  — Você vai gostar do restaurante, tenho uma surpresa.. - ele sorriu.

─────────────────────

Oi mores! Tudo bem? Me desculpem a demora novamente .. obrigada pelas leituras e por aqueles que adicionaram a biblioteca, amo vocês ;)




𝑀𝑖𝑙𝑘𝑚𝑎𝑛, 𝑚𝑦 ℎ𝑜𝑛𝑒𝑦.Onde histórias criam vida. Descubra agora