"Preciso de você.."

533 38 12
                                    

    Era uma manhã chuvosa naquele dia, o frio rodeava violentamente aquele prédio velho.

    Emy estava parada dentro da cabine apenas buscando esquentar suas mãos dentro do longo casaco que lhe envolvia.

    Tudo era monótono. Sempre igual, moradores indo e voltando assim como as anomalias que ela tratava de exterminar com a ajuda do esquadrão de limpeza.

    Era entediante aquele tempo parada, nada mais lhe chamava a atenção, aquela cidade estava ficando chata como seu emprego.

    — Por favor me deixe entrar – uma voz rouca adentrou a cabine.

   Emy levantou os olhos vendo Francis ali. A chuva pingando lá fora trouxe um vento frio até eles fazendo a mulher se arrepiar.

    — Por que eu deixaria? – ela sorriu.

  — Porque eu.. preciso de você – ele também sorriu fazendo o coração dela palpitar.
   
      Emy encarou Francis e inspirou prestes a dizer algo que rapidamente se dissipou de sua mente. Ela apenas se levantou da cadeira e destrancou sua porta.

   — Do que precisa?

    A mulher mal havia perguntado e ele já a envolveu, apertando-a contra si, as mãos percorrendo-a como se marcasse aquela sensação nas palmas. O beijo foi selvagem, gelo e fogo se entremeando.  Até mesmo a chuva pareceu parar quando eles, por fim se afastaram, ofegantes.

   Mãos e apertos fortes deslizaram para a cintura dela, puxando para seu calor conforme os lábios de Francis roçaram o pescoço de Emy, logo abaixo da orelha. Ela arqueou o corpo na direção dele enquanto a boca de Francis passeava por seu pescoço, aquecendo a pele resfriada.

    — Oque aconteceu para você estar tão necessitado assim? logo pela manhã? – ela perguntou baixinho apertando os ombros dele.

    — Pensei em você... no seu corpo, tudo em você — murmurou Francis contra o pescoço de Emy —, Está frio... achei melhor me aquecer com você

    Ela passou as unhas pelo dorso das mãos dele, pelos antebraços. Emy riu baixinho e os caninos de Francis roçaram o ponto sensível do pescoço da mulher. Ela então enterrou os dedos nos músculos dos antebraços dele, apreciando aquela rigidez.

   — Não lembro de você ser assim.. – as palavras de Emy saíram sem fôlego algum, mal passavam de um sussurro.

   — Com você...eu sou tudo oque imaginar.. — disse ele, mordiscando a orelha dela de uma forma que tornava difícil pensar enquanto uma das mãos dele abaixava a cortina da cabine, dando-lhes privacidade. — Irei em uma hora... preciso retornar, você sabe

    Francis estava diferente, seus toques pareciam mais rudes. Não que não fosse quando excitado, mas Emy sentiu que estava diferente, talvez fosse somente por ser a primeira vez dele invadindo o trabalho dela assim? Independente, foi difícil não pegar uma das mãos dele e levá-la até os seios e implorar para que ele a tomasse. — Seja rápido... estou em horário de trabalhos – ela sorriu.

   Então Francis pressionou Emy com mais força contra si, deixando que ela sentisse a prova de sua afirmação moldada com impressionante atrevimento no meio de suas calças. Ela quase gritou ao sentir aquilo, a forma de como ele pulsava por ela, tudo aquilo acarretava num caos enorme dentro dela. Emy estava quase implorando para que ele a invadisse.

   Os dedos dele se detiveram embaixo da saia social dela.

   — Você ficará calada, entendeu? – sorriu ele.

    Emy ficou nas pontas dos pés. Sentiu as mãos, os dedos, o corpo dele sobre si o tempo todo, sentiu-lhe ficar imóvel com uma concentração predatória conforme beijava o canto da boca dele, o arco dos lábios, o outro canto.

   Beijos suaves, provocadores. Como se ela ousasse pedir misericórdia pela forma ignorante que ele enfiava seus dedos nela causando-lhe uma mistura de dor e prazer.

    — Mosses... por favor – ela pediu baixinho, sentindo ele diminuir por alguns segundos a intensidade de como enfiava seus dedos. Ele então admirou a forma de como as pernas dela tremiam, o jeito que ela o olhava e como o prazer dela molhava seus dedos.

    — Você só me faz ter mais vontade de te fuder... – Ele sussurrou segurando o pescoço dela beijando-a com intensidade e a língua de Francis entrou, total ousadia.

   Aí, pelos céus e anjos... aquilo. Era aquilo que a deixava louca — o fogo entre os dois.
 
    — Mesmo um pouco distantes da correria... Seu gosto continua na minha boca. — Ela soltou um gemido baixo, arqueando o corpo contra Francis conforme as mãos dele seguravam seu quadril intensificando suas entradas e saídas de dentro dela. Aquilo era loucura.

   — Você me disse uma vez que... não faria isso durante o trabalho — sussurrou Emy, deslizando as mãos para cima dos braços dele, então percorrendo a extensão do peitoral escultural naquela camisa social.

    Ele bufou outra gargalhada e mordiscou o lábio inferior de Emy.

    — Falei? – ele sussurrou pensando consigo mesmo. — Ah.. claro

     Ele inclinou a cabeça fechando os olhos enquanto se enterrava nela. Um meio sorriso curvou aquela boca pecaminosa. — Logo – prometeu ele, a voz áspera e grave. — Vamos nos ver novamente.. – ele falou, empurrando seu quadril com mais força suspirando alto. Ela estava o apertando lá em baixo e isso o fazia querer ficar ainda mais.

    Mas não podia, não quando tinha um plano, não quando tinha um serviço. Ele a levou até seu ápice, ambos ofegantes, suados compartilhando o belo resultado daquela foda.

  — Você diz como se não fosse me ver mais tarde, desistiu? – Ela perguntou, se limpando e limpando o sêmen dele que escorria por suas pernas.

— Quero ver isso mais vezes – ele sorriu, colocando o cinto. — Quero ver suas pernas escorrendo com parte de mim

    Emy estremeceu e sorriu revirando os olhos.

  — Quanta ousadia.. mas você virá essa noite? – ainda queria saber.

  — Bom... aparecerei repentinamente assim como a chuva  – ele sorriu, saindo lentamente da cabine dela.

  Com um sorriso de orelha a orelha, ele atravessou aquela rua chuvosa indo até um prédio longe dali. Encontrado numa rua que nenhum cidadão "de bem" ousaria entrar, roubos e violência, na presença de anomalias.

   — Louis? Como foi? Conseguiu falar com aquela porteira? A Emy? – perguntou um outro doppelganger.

   — Não falei.... apenas transei com ela, fiz oque queria faz tempo.. a conversa fica pra depois  – respondeu o doppelganger tirando o crachá "milkman" seguido com o nome de Francis Mosses.

  — Oque?!

   ─────────────────────

   Fala meus queridos leitores, como vocês estão? Dei uma sumida né? Espero que vocês não estejam afim de me apedrejar, eu andei muito ocupada.. mas saibam que eu estava muito ansiosa e ainda estou pois quero trazer muitas novidades pra vocês ao decorrer da história. Bom, a correria já diminuiu então voltarei a postar com frequência! Muito obrigada pela atenção de vocês e pelo número de leituras e por adicionarem à biblioteca de vocês.
  Tenham paciência comigo 😭❤️‍🩹
Provavelmente trarei um desenho da Emy no próximo capítulo

  muito obrigada!

 

 

 
   

𝑀𝑖𝑙𝑘𝑚𝑎𝑛, 𝑚𝑦 ℎ𝑜𝑛𝑒𝑦.Where stories live. Discover now