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Ágata.

Depois que o bofe saiu, eu fui direto deitar. Caraca, tava cansadona mesmo.

Eric: aonde você tava? - perguntou curioso.

Eu: dando. - a bicha colocou a mão na boca e negou. - tô mentindo não.

Eric: pro Vargas né, cachorra. - riu, e eu concordei. - esse priquito já tem dono.

Eu: tem mesmo, e a dona é eu. - Eric gargalhou. - para viado, só fala abobrinha.

Eric: por isso que aquele droguinha tava com sorriso ponta orelha. - falou pensativo.

Eu: eiiii, não fala assim dele. - Eric me olhou divertido.

Eric: pelo jeito o chá foi grande, tá até defendendo. - revirei os olhos, e joguei um travesseiro nele.

Eu: bicha ridícula. - Eric riu e me entregou uma sacola. - que isso?

Eric: lanche uai, ou você acha que a vida é só dá? - mandei dedo.

Eu: tô perdendo a moral mesmo, tô vendo isso. - reclamei e Eric se sentou na cama.

Comi tudo que ele tinha trago, tava com fome mesmo.

Ficamos jogando conversa fora.

Pude perceber que ele tava meio nervoso, já fiquei analisando ele.

Eu: o que você quer me contar? - ele me olhou assustado, negou e riu.

Eric: tô namorando, amiga. - falou baixo, e eu ergui a sobrancelha.

Eu: é isso que eu ouvi? - encarei ele, que passou a mão nos cabelos e riu, concordando. - NÃO ACREDITO!!!

Eric: xiu, não quero que saia no jornal nacional. - gargalhei.

Eu: vai me contando tudo. - me ajeitei na cama.

Eric: ele é cabeleireiro. - bati palmas. - a gente se conheceu numa boate, tem um tempinho já. - olhei pro mesmo ansiosa. - estive conversando com ele, pra marcar de vocês se conhecer.

Eu: a Ingrid já sabia? - ele negou e eu ri. - pelo menos alguma coisa eu sou a primeira a saber. Parabéns, bicha. Você merece toda felicidade. - abracei ele, que tava todo feliz.

Eric: e você, me fala... - olhei pra ele. - não vai desculpar Vargas? - resmunguei.

Eu: falei que vou pro Canadá. - Eric me olhou animado. - tá todo surtado.

Eric: e você vai? - fiquei calada. - a não, Queen.

Eu: ninguém precisa saber. - Eric me olhou confuso. - eu ainda não tenho certeza se vou.

Eric riu, concordando.

[..]

Eu: bora tomar uma lá no barzinho. - me joguei no Eric, que me olhou com nojo. - não me olha assim, sua ordinária.

Eric: sou alérgica a mulher. - me empurrou e eu ri.

Eu: sou sua mana, ridículo. - mandei língua.

Eric: aí, vou poder pedir uns espetinhos e aquele pão de alho maravilhoso? - fez cara de coitado e eu bufei.

Eu: desde quando você passa fome, Eric? - fiz careta.

Eric: por isso te amo. - se levantou pulando do sofá. - vamo logo.

Ele calçou a havaiana branca e me puxou.

Fomos andando mesmo, era umas duas ruas acima de casa.

Assim que chegamos lá, estava lotado.

Tinha mesas até pro lado de fora.

Olhei todo o território, e tinha vários vapores tomando uma na tranquilidade.

Ergui a sobrancelha e rodei o olhar mais um pouco e vi ele ali, com as costas nuas.

Cheia de marca de unha. A tatuagem estampada, e seus músculos incríveis.

Valha minha nossa.

Eric: tá babando. - deu um tapinha no meu ombro.

Ri fraco e neguei, respirei fundo e me aproximei do bar.

Adentramos, fizemos o pedido pro tio Neco e fomos procurar uma mesa pra poder aproveitar o resto da tarde.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Where stories live. Discover now