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Vargas.

Aquela garota era o fim do meu juízo. Desde que conheci ela, eu tava pirando pra caralho.

Depois que eu consegui o que queria, achei que ia meter o pé, mas nem no outro dia da transa, eu larguei o osso.

Eu: quando eu vou te ver? - encarei ela, que se preparava pra descer.

Ágata: não sei. - deu de ombros e eu encarei ela serinho.

Eu: vai só me usar é? Pô, sacanagem. - ela me olhou incrédula.

Ágata: não começa com o drama, gato. - riu, se aproximando.

Começamos um beijo calmo, enquanto eu puxava seus cabelos devagar.

Nossas línguas brincavam, e parecia até que se conheciam a bastante tempo.

Ela finalizou o beijo com selinho, e me olhou sorrindo. Filha da puta linda.

Ágata: a gente se ver por aí, bofe. - neguei.

Eu: ideia torta isso aí de bofe. - falei sério e ela riu.

Ágata: tchau, lindo. Foi ótimo transar contigo. - deu tchau e eu ri, mina louca.

Esperei ela entrar em casa e sai dali igual doido.

Agora ia começar a vida do crime com estilo.

[..]

Freitas: achei que tinha esquecido que essa porra é sua. - me olhou, dando um gole na cerveja.

Eu: tava tirando os atrasados pô, da um tempo. - falei sério e ele riu, concordando. - descobriu alguma coisa?

Freitas: o zé ruela que a gente tava na cola, né ele não. - resmungou. - é outro cara, mas tu não sabe da maior... - encarei ele. - o coroa é o pai da Ingrid.

Eu: tá de sacanagem? - estreitei o olhar pro mesmo. Que negou. - então essa filha da puta tava aqui pra vazar informação?

Freitas: ela nem sabe com o que o pai mexe. - passou a mão na cabeça. - acho que nem o pai sabe que ela senta pra bandido. - riu fraco.

Eu: papo torto da porra. - acendi meu baseado, viajando naquela branquinha gostosa.

Freitas: tá escutando, porra? - riu e eu encarei ele. Concordei. - escutou nada, Vargas. Tá viajando aí.

Eu: tô mermo. - assenti com a cabeça.

Freitas: será que vou ver o mano apaixonado? - falou pensativo, e eu ri negando.

Eu: tá maluco é, porra. - falei sério.

Freitas: vamo atrás do vagabundo, ou deixa ele achar que tá uma uva? - encarei ele, pensando na possibilidade.

Eu: deixa ele na pista. Na melhor a gente cata ele. - Freitas concordou.

Ficamos lá trocando uns papo maneiro, mas minha mente ainda sim, insistia em pensar na Ágata.

Aquela buceta deve que tinha algum feitiço, tô nem botando fé.

Ágata.

Pedro: pelo menos quando fala um horário, aparece. - riu, me abraçando.

Eu: pai, eu tenho uma vida, o senhor sabia? - eu ri fraco.

Pedro: tô sabendo, Ágata. - me soltou e deu um beijo na minha testa. - a gente precisa conversar. - passou a mão no queixo. Franzi o cenho pro mesmo, concordando.

Eu: aí pai, tá me deixando curiosa. - falei rindo.

Pedro: senta aí. - me sentei no sofá e ele sentou do meu lado, me olhando. - eu preciso que você não comente com ninguém. - concordei. - você tem andado com a Ingrid? - olhei pro mesmo.

Eu: o que aconteceu? Já é a segunda pessoa que me pergunta isso. - ele me olhou desconfiado. - não pai, não tô andando com ela, do nada ela sumiu, se afastou de todo mundo. - ele concordou.

Pedro: os pais da Ingrid tá passando uns apertados. - suspirou. - eles se envolveram com uns traficantes, só que não deu certo, perdeu tudo e ainda saiu devendo eles. Parece que estão atrás deles. - arregalei os olhos.

Eu: meu Deus. - coloquei a mão na boca, chocada.

Pedro: estou com medo do que eles possam ser capazes de fazer pra pagar essa dívida. - suspirei, sentindo meu coração acelerar. - eles pediram minha ajuda, mas é uma quantia fora do comum. - concordei. - quero que tenha cuidado, filha. Ingrid pode estar sabendo de alguma coisa, e pode usar você contra o pai.

Eu: ela seria capaz? - meu pai ficou pensativo. - o senhor toma cuidado também pai, não sai por aí sem segurança.

Pedro: ela seria capaz de tudo para salvar os pais da mira dos bandidos. - concordei.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.حيث تعيش القصص. اكتشف الآن