Capítulo 2; Abismo ao horizonte.

8 2 1
                                    

"Na sequência dos sussurros e toques fantasmas, vieram-me as ilusões – nelas eu não acreditava, quem sabe já acostumado, mas me era comum as presenciar.

Entretanto, dessa vez foi diferente. Ao toque, as miragens eram sólidas em minhas palmas; elas quem sussurravam pelos meus ouvidos e, como um convite sedutor e aterrorizante, tocavam-me em conforto; o sufoco reconfortante de seus braços calorosos eram tudo o que eu buscava."

     Abrindo os olhos com um toque molhado e insistente na cabeça, Suna tinha a visão levemente embaçada, igualmente a suas memórias

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

     Abrindo os olhos com um toque molhado e insistente na cabeça, Suna tinha a visão levemente embaçada, igualmente a suas memórias. Seu corpo continuava mole, junto de sua consciência temporariamente perdida.

     Quando os toques molhados em sua têmpora se tornaram irritantes o suficiente para levantar, o moreno se sentou com um resmungo e percebeu que não havia ninguém lhe cutucando; senão uma goteira que o beijava no rosto com frieza.

     Passeando os dedos pelo cabelo espetado e um pouco úmido, Rintarou sentiu a cabeça latejar, massageando como podia para aliviar o incômodo repentino.

     Olhando ao redor, o acastanhado percebeu onde estava e, posteriormente, lembrando o que havia lhe acontecido para ter desmaiado no chão.

     Seus olhos rapidamente fizeram uma limpa no quarto, e um pouco do que conseguia enxergar para fora da porta. Não havia nada. Os pregos e o cadeado ainda estavam ali, entretanto, a paisagem, que antes era branca da neve, se encontrava cinza e escura. O clima chuvoso, por mais uma vez, permaneceria por um longo tempo. Só que, agora, como uma tempestade impetuosa.

     Antes que pudesse formular um pensamento coerente, Suna sentiu um arrepio vindo direto de sua nuca; sentia um olhar penetrando sua alma, assim como o frio cortante que jazia no lado de fora.

     A tontura e a visão turva foi inevitável quando virou o rosto, rápido demais, em direção a porta. Nada, somente o sentimento de ser observado que ainda prevalecia. Talvez estivesse imaginando coisas, talvez estivesse louco. Não saberia dizer ao certo.

     Tentando ignorar o sentimento incômodo, Suna se levantava devagar, tropeçando algumas vezes nos próprios pés até finalmente se estabilizar. Com uma mão apoiada na parede mais próxima, o moreno dava passos lentos e desengonçados até a cama de casal levemente empoeirada. Sua alergia que o perdoe, mas Rin precisava deitar em algo confortável. Sendo assim, o acastanhado apenas balançou como podia um fino cobertor, que estava em cima da cama, para espantar a poeira afora.

     Assim que não havia mais nenhum rastro de poeira na cama, Rintarou se deitou no travesseiro e descansou. A forma em que havia sido deixado após desmaiar o deixou com dores, então assim que se acomodou no colchão, o moreno soltou um suspiro minimamente satisfeito.

     "Talvez não haja problema se eu ficar aqui por alguns minutos" pensou Suna enquanto se enrolava na coberta de tecido leve, mas que aquecia minimamente o corpo frio do moreno.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: May 01 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

𝐎𝐔𝐈𝐉𝐀; ᴏsᴀsᴜɴᴀ (Hiatos)Where stories live. Discover now