Capítulo 7

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Outro dia normal na escola, e ao se encaminhar para ir embora junto com Kat, alguém a chamou. Ela virou-se para ver quem era, e se assustou por ser um funcionário.

- Srt. S/N , estão te chamando na direção - ele disse.

Ela olhou para Kat, que fez um sinal com a cabeça, a mandando ir.

S/N então acompanhou o funcionário pelas dependências da escola, e ao chegar na antessala da direção, viu que alguns rapazes do time de futebol estavam lá, procurou rapidamente Nate, com os olhos, mas não o encontrou. Reconheceu Mckey, e outro rapaaz loiro.

Ela esperou um pouco e depois entrou.
O diretor a observou sentar-se na cadeira a sua frente.

- Bom dia - ela cumprimentou, e percebeu o clima pesado dentro da sala.

- Bom dia - ele respondeu.

S/N percebeu que o diretor a olhava da cabeça aos pés, com curiosidade e uma certa indignação.

- Bem, gostaria de fazer algumas perguntas - ele começou - Porque chegaram algumas informações na diretoria e eu preciso averiguar. Seja o mais honesta possível, por favor.

Ela estava ficando nervosa, mas não tentou transparecer.

- Qual a sua relação com o nosso ex-aluno chamado Fezco? - ele perguntou.

- Eu trabalhei para ele durante alguns meses, na conveniência da família dele - respondeu.

- Não trabalha mais? - perguntou novamente.

- Às vezes ele me chama quando precisa de ajuda - respondeu.

O diretor a olhava por debaixo dos óculos, deu um suspiro longo e continuou.

- Como a Srt. sabe, por ser intercambista as leis são mais duras, e nós aqui não toleramos comportamentos inadequados - ele prosseguiu - Recebi uma informação, ou denúncia como preferir, de que estaria envolvida em um possível situação com tráfico de drogas, enquanto o ex-aluno Fezco estava detido.

O diretor fez uma pausa e continuou.

- Dessa forma, fui obrigado a notificar as autoridades - ele terminou.

Ela por um momento sentiu o chão desabar sob seus pés e o encarou com raiva.

- Entendo - disse - Mas qual seria a prova desse meu possível envolvimento? Só o fato de eu trabalhar lá? Tenho toda a documentação do trabalho que eu fazia e os recibos referentes a minha remuneração.

O diretor a olhou com mais seriedade ainda.

- A pessoa a qual fez a denúncia terá um prazo para apresentar essas provas - ele concluiu - Que serão encaminhadas a polícia.

Ela suspirou.

- Essas provas não existem, então eu vou ficar com a minha ficha criminal suja até lá? E vou ser sujeita a deportação também? - ela retrucou.

- Vou ser sincero com a Srt., o caso agora está nas mãos das autoridades, e a chamei aqui para lhe conscientizar da situação - ele a encarou - O processo só será aberto oficialmente quando essas provas forem entregues, até lá você pode continuar frequentando normalmente a escola.

O diretor falou baixinho dessa vez.

- Não me entenda mal, acredito em você - suspirou - Por isso estou te avisando, por favor, não fuja, vamos aguardar se essas provas aparecerão mesmo.

- Eu agradeço - respondeu no mesmo tom de voz - Mas, quem não deve, não teme.

Ela então saiu da sala, enquanto os jogadores de futebol conversam entre si, e tentou caminhar sem demonstrar alguma emoção.

S/N encontrou Kat perto da saída que levava ao estacionamento.

- Como foi? - perguntou.

- Terrível - ela cuspiu - Te conto no caminho.

Ao estacionar o carro na garagem, S/N já tinha contado sua conversa com o diretor, e Kat estava perplexa.

- Mas como assim? Quem... - ela parou - Não consigo acreditar.

- Não diga a seus pais ainda - S/N disse - Ninguém sabe que eu sei, e também não sei como vou contar para os meus pais.

Elas saíram do carro e entraram na casa, Kat fechou a porta com a chave ao passar.

S/N foi até seu quarto, deixando sua mochila no lugar de costume. Ela então tirou as roupas e foi em direção ao chuveiro, tomando um banho de cabeça. Ao terminar, saiu enrolada na toalha, trocou de roupa, e esperou os cabelos secarem naturalmente.

Então sentou-se na cama e pegou o celular para procurar o contato de Fezco.

Digitou " Hey, voc..."

Alguém estava ligando para ela, e era Nate, ela recusou a chamada, e antes que retomasse o que estava digitando ele ligou novamente. Mais 3 vezes, todo esse processo se repetiu, até ela atender.

- Alô? - respondeu.

- Preciso falar com você pessoalmente - ele falou firme.

- Nate, eu... - S/N tornou a falar, porém foi interrompida.

- Sei que está em casa, me deixa entrar e conversamos melhor - ele falou.

- E onde você está ? - ela perguntou.

- Tocando a campainha - e ele desligou.

No mesmo instante ela ouviu a campainha soar, se levantou pesadamente e seguiu até a porta.

Hesitação - Nate Jacobs/EuphoriaWhere stories live. Discover now