Hesitação - Nate Jacobs/Euphoria

Capítulo 2

S/N não sabia o quê pensar ou o quê fazer, e ao fechar a porta da sala permitiu-se ficar com as mãos trêmulas, do mesmo jeito que ele tinha ficado.

Kat a abservava, curiosa.

- Você está bem?

Ela confirmou com a cabeça.

- Vamos conversar lá em cima.

As duas seguiram até o quarto dela. Kat sentou-se na cama e a chamou também.

- Ele disse que gosta de mim - S/N falou.

Kat arregalou os olhos.

- Ele disse que gosta de mim, e que se eu  fugisse voltaria para me ver denovo - ela suspirou - Mas isso foi antes, antes de eu perguntar se ele só me deixaria ir se...

Ela colocou a mão no rosto.

- Eu não sei, de verdade, eu não sei - falou - E isso me preocupa mais, porque era para eu saber se...

- Ei, você vai me contar detalhadamente - Kat sentenciou.

Após alguns minutos de conversa, ela voltou a perguntar.

- E você vai ficar com ele?

- Eu não sei - S/N respondeu - Ele é... você sabe, mas quando eu estou perto, fico com aquela sensação gostosa, e quando eu beijei, parecia...Nunca senti isso.

Kat a encarou.

- Eu não sei - ela continuou - Maddy me mataria, mas eu não devo nada a ela, então não importa.

- Você acha que vai valer a pena? - escutou a amiga perguntar.

- Eu não sei - ficou uns instantes calada - É muita loucura, e logo com Nate Jacobs.

- Eu não devia falar isso - Kat continuou - Mas se você não tentar, nunca saberá, e você não é nada parecida com Maddy e nem com Cassie. O pior de tudo é que dessa vez acho que ele quer fazer diferente.

S/N novamente colocou as mãos no
rosto.

Nate não voltou para casa, dirigiu até um posto, comprou cerveja e foi para o carro beber enquanto a chuva castigava o vidro.
Não parava de pensar nela, e em como o que sentia era forte demais, mais do que todas as outras vezes.
Ele passava a mão no rosto enquanto encarava o celular.
Deu uma gargalhada sarcástica e pensou em como era idiota ao esperar que ela falasse com ele.
S/N não o suportava e tinha motivos.
Nate começou a pensar em como tudo tinha começado. Ela não era o tipo dele, longe disso.
Era alta, e cheia. Alguns meses atrás acharia ela gorda e desleixada, mas tudo que queria agora era tocá-la, pedaço por pedaço.
Suspirou com o pensamento, e mesmo tomando cerveja, sentiu o gosto da boca dela novamente.
Olhou novamente no celular e não tinha nada que o interessasse.
Resolveu voltar para casa, e retornou para o seu caminho habitual.
Quando se jogou na cama ainda molhado do banho, aninhou-se  nos lençóis, pensando se um dia ela ainda se deitaria com ele.