After The Maze | Maze Runner

To remember

Labirinto C

— Andi a nova corredora — Taylor diz em um tom de piada e gargalha em seguida — Precisava ver sua cara quando caiu no chão — Ele gargalha outra vez e se senta ao meu lado que por minha vez lhe dou um tapa.
— Não tem graça, vocês querem que eu fique aqui por ser mulher, mas eu posso ser muito útil lá — Aponto para o labirinto — Sei que posso ser útil para sair daqui, ou só ter uma esperança — Fui uma das primeiras a entrar nesse labirinto, Taylor já estava aqui e agora me trata como da família, afinal eles são minha família já que não lembro de onde vim, com quem vivi ou quem e meus familiares de sangue. Taylor é como um irmão para mim, e eu sempre preciso dele, mesmo que nunca adianta isso para ele.

— Corredora, sério? — Ele pergunta me olhando atencioso, sem piadas ou humor sarcástico.
— Sério, preciso sentir que estou sendo útil — Ele suspira pesado.
— Você já é muito útil — Ele segura minhas mão e fico atenta em cada movimento pequeno que seus dedos fazem — Me prometa que toda vez que for fazer ronda e não for minha vez de ir você vai voltar? — Balanço a cabeça afirmando — Eu acho bom, porque preciso da minha irmãzinha pra encher o saco todos os dias — O abraço — Mais ainda vou tentar trocar com o Andrew, vai que ele te sequestra e te obriga a fazer qualquer loucura de ficar lá por mais tempo — Gargalhou e acabamos nos levantando para ir fazer nossas tarefas.

Estamos caminhando pela areia depois que deixamos Winston sozinho onde estávamos, quando pensei em Taylor ouvi um disparo e acabei deixando uma lágrima cair, agora eles sabiam como eu me sentia e visse versa, perder alguém que se ama não e algo que eu saiba lidar bem.

Já escureceu e estamos sentados com uma fogueira acesa um pouco protegidos por uma estrutura meio quebrada mas bem grande.
— Eu pensei que a gente fosse imune — Ainda com os olhos fixados no fogo a minha frente escuto Minho falar e os demais.
— Nem todos, eu acho — Teresa diz. Newt respira pesado e se ajeita em seu lugar.
— Se rolou com o Winston, pode rolar com a gente né ? — Suspiro e fico com medo de acontecer com mais alguém e eu ter que assistir de novo.
— Provavelmente, não sabemos se somos imunes como pensávamos — Casarola está chorando e acabo colocando a mão em seu ombro para o confortar.
— Nunca pensei que diria isso mas, que saudade da clareira — Ele diz e isso me traz nostalgia. Cai uma lágrima do meu olho e eu me levanto.
— Desculpa — Passo por ele e me sento no lado um pouco mais escuro do outro lado para ninguém me ver chorar.

Ter visto Winston morrer daquele jeito me fez pensar, será que Taylor sofreu muito? será que doeu muito? se eles o testaram pode ser que tenham usado aquilo nele, se usou,eu não me perdoaria, deveríamos ter ficado no jardim do labirinto ou nosso pequeno canto como ele chamava, ou clareira como Casarola falou, acho que por isso mexeu tanto comigo.

Ouço passos e limpo meu rosto rápido e olho para o horizonte, mas as lágrimas ainda ameaçavam descer.
— Posso sentar aqui? — Newt perguntou.
— Senta aí — Ele se abaixa e se senta ao meu lado.
— Não gostou quando o Casarola falou clareira, não foi fácil pra você no seu labirinto né? — Não sei se estou pronta para mostrar esse lado meu que guardei desde que Taylor passou por aquela porta.
— Me sinto como ele, se eu não tivesse encorajado os meninos a procurar pelo labirinto uma saída mais vezes que eles estavam acostumados, aqueles monstros não teriam entrado no acampamento, e eu não teria perdido tanto, não sabia que sentida falta daquele beco sem saída — Quando dei por mim já estava chorando de novo, mas tentei a todo custo parar mas Newt pegou minhas mão e acabei olhando para ele.
— Tudo bem chorar, todos nós perdemos muito, outros mais, mas todos fomos vítimas do Cruel, não é culpa sua ter sido determinada a querer que eles tivessem algo melhor — Balancei a cabeça.
— Talvez o melhor para eles tenha sido o labirinto, claro, sem precisar ter entrado ou terem me colocado lá — Ele se aproxima e eu recuo.
— Relaxa, tudo que mais precisamos de vez enquanto é um abraço, não vou fazer nada — Ergo a sombrancelha, e mais uma vez penso em Taylor, ele quem fazia isso quando eu estava mal, mas ele se foi. Newt se aproxima e desta vez não recuou, ele me abraça e acabo me afundando em seu pescoço e choro.

Estamos caminhando outra vez e está tão sol, parece que não tem fim, só areia mais areia. A água já acabou e eu estou morrendo de sede, vejo Minho tentar sua garrafa mas sem água também e ele se frustra. Depois de ontem a noite comecei a evitar o Newt, estamos de luto e por causa dele estava sentindo sentimentos desconhecidos por mim, o que eu não posso e ter eles pois não ajudaria em nada.
Acabamos adormecendo quando escureceu, estávamos desta vez sem cobertura alguma, só nos deitamos no chão pois em volta não tinha nada só areia. Acabou sendo acordada pelo Minho e me assusto.
— Precisamos ir agora! — Me levanto depressa. Olho para trás, é uma tempestade, o que eu não sei se foi bom no momento que nós encontramos. Estamos andando de pressa, agora começa raios e trovões, péssima hora !
— Ali — Thomas fala apontando para uma silhueta quadrada, está escuro então não temos opção para nos abrigar — Vamos para lá — Um trovão — Agora!

Quando estávamos quase chegando, Minho é atingido por um raio e fico assustada quando olho para trás e vejo os menos carregando ele. Por favor, sem mais mortes por hoje, entramos no lugar escuro.
— Minho acorda. Minho — Ele acorda assustado.
— Você é resistente — Newt dá tapinhas em seu ombro e ele sorriem. Fico inquieta pelo escuro, Taylor preciso de você, penso mas sei que ele não vai poder estar comigo. Sinto uma não no meu pulso e respiro forte e fecho as mãos e os olhos — Calma sou eu, pelo jeito a princesa valente tem uma desvantagem — Abro as mãos e ele ainda permanece com a sua em meu pulso.
— Pode parar de zombar? — Ele chega mais perto e escuto sua risada baixa.
— Tudo bem princesa valente — Me viro, mas me arrependo pois fiquei perto demais — Você é rápida, tudo bem eu aceito a troca de carinho — Quando iria responder sua fala abusada sinto uma ponta de algo no meu cabelo e me aproximo mais dele por impulso de medo por não estar enxergando e ele me segura pela cintura e ouvimos aqueles gritos dos infectados e todos se aproximam e mais gritos vinham.

Do nada, uma luz única aparece e vai chegando mais perto e vejo uma garota de cabelo curto e ela sorri para nós, ou melhor de nós!

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oiii em agradecimento ao desempenho dos vídeos sobre a fic trouxe um capítulo mais cedo como combinei de só postar nas quartas, pensei porque não soltar agora? desculpa qualquer erro estou tentando revisar mais vezes para ver eles. Xoxo , florzinha 💕