DOCE AMOR - GABIGOL

A 🍩 65

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Dona Lindalva me abraçou com força e beijou a minha testa, abro um sorriso me sentindo bem em tê-la ali. Pelo jeito da sua reação com os olhos lacrimejados, Gabriel havia contado sobre a minha gravidez.

— Minha querida, como você tá com tudo isso? O Gabi me contou.

— Muito confusa com tudo isso — digo a levando até o sofá onde nos sentamos — A senhora veio sozinha?

— Tá querendo saber se o Gabriel me trouxe? — questionou com olhar travesso e nego rindo — foi ele quem me trouxe sim mas não veio falar com você porque tava atrasado para o treino.

— Ah sim, entendi. — forço um sorriso — A senhora já tomou café? Podemos tomar juntas.

— Já sim mas eu aceito, meu bem.

Me levanto a chamando com a mão e indo até a cozinha, coloco várias frutas na mesa, pães, panquecas e vitamina.

— Eu não sei o que eu vou fazer da minha vida agora.

— Filhos são uma benção e é normal que esteja com medo e assustada, ainda mais depois de tudo o que você passou mas esse bebê é um serzinho de luz, tão inocente quanto você.

— Eu sei — abro um sorrisinho colocando a mão na barriga — mas eu sempre vou lembrar, sabe?

— meu bem, um estrupo não se esquece nunca, mesmo que você não tivesse esse bebê você ainda lembraria. O seu bebê não tem culpa de nada disso que tá acontecendo, você deveria tentar, quando você pegar o seu bebê no colo tudo vai mudar dentro de você.

— O Gabi me pediu três meses para pensar..

— Por favor pense, o Gabriel está tão feliz com isso. Disse que não vê a hora do neném nascer, tá querendo até comprar o berço ja — rirmos juntas e sinto os meus olhos lacrimejar

— O Gabriel não precisa fazer nada disso, acho que ele tá confundindo as coisas por conta da filha que ele perdeu.

— Ele sempre quis ser pai e perder a Maria foi difícil para ele e quando ele soube que você seria mãe ficou feliz já que vocês sempre estão juntos.

— Ele disse que se eu realmente não quisesse o bebê era para entregar pra ele que criava — solto um suspiro

— O sonho dele é ser pai, estamos com você minha querida independente de sua escolha, caso precise de ajuda estou do seu lado, vou cuidar e amar esse bebê como se fosse o meu neto. — acariciou a minha mão e abro um sorriso largo

Ouço a companhia tocar e bebo um pouco mais de suco antes de me levantar pedindo licença. Assim que abro a porta, vejo o entregar da floricultura de sempre e um sorriso grande brota em meus lábios só de imaginar quem mandou as flores.

— Obrigada — digo me despedindo do atendente e pegando o buquê de rosas vermelhas voltando para a cozinha — Adivinha de quem é? — brinco com a dona Lindalva pegando o bilhete

— Do meu filho — ela riu colocando mais um morango na boca — o que diz o bilhete?

— Aceita jantar comigo no domingo à noite? — tia Lindalva comemorou e dou risada

— Você vai né?

— Não sei. — dou de ombros

– Claro que vai! Meu bem, por favor vá. Você precisa sair.

— Vou pensar.

— Que pensar o que Ava, você vai!

— Existem mulheres tão melhores — digo pensativa

— Você é linda, minha querida. Vamos logo procurar a sua roupa para o encontro.

— Eu nem tenho roupa para isso — dou risada colocando o buquê em um vaso e a chamando para o meu quarto

— Claro que tem — disse abrindo o meu closet — Olha esse vestido aqui? — me amostrou um branco com um decote enorme

— Isso quase não tem pano, foi a Chloe que me deu. Não vou usar essa roupa.

— Quanto menos pano melhor, facilita na hora de tirar.

— Dona Lindalva! — a repreendo com os olhos arregalados

— Que foi? o meu filho não é inocente, ele não te chamou para sair como amigos, ele quer te conquistar.

— A gente nunca fez nada demais, sou insegura com o meu corpo e o Gabriel respeita o meu tempo. Só algumas mãos bobas.

— Não deveria se sentir assim, você é tão linda, meu bem.

— é complicado, Dona Lindalva — solto um suspiro

— Não me chame assim, me chama de sogra!

— Mas eu e seu filho somos só amigo até então.

— Ainda são só amigos, vocês vão ficar juntos já já. — ela disse pegando outro vestido — Olha esse verde que lindo.

— eu gosto desse

— Mas esse não é tão sexy.

— Não é para ser sexy — digo sentindo o meu rosto quente

— Posso te perguntar uma coisa?

— Sim — digo procurando outra roupa

— Você tá apaixonada pelo o Gabriel? — mordo o lábio nervosa

— N.. Não — gaguejo

— Aham — ela gargalhou jogando a cabeça para trás

Sinto o meu coração subir pela boca e abro um sorrisinho tímido sentindo o meu rosto queimar possivelmente ficando vermelho como pimentão. A verdade é que eu acho que estou. Droga!