— Por que tá tentando me convencer a ficar com ele?

— Porque ser mãe e ser pai é um amor tão puro e que merece ser sentido tanto por você quanto pelo o bebê. Ele merece ser amado mesmo que ele tenha sido fruto de uma covardia.

Mordo o lábio nervosa e desvio o olhar para o biscoitos na bandeja, pego alguns colocando na boca ficando pensativa.

Olho para minha barriga sentido uma sensação estranha por ter uma vida dentro de mim.

— Eu não sei como é ser mãe, meus pais morreram quando eu ainda era pequena e a minha tia cuidou de mim, sempre cuidou muito bem mas amor de mãe, eu nunca sentir. — digo encarando os olhos de Gabriel.

— Você quer que esse bebê também nunca sinta o amor de uma mãe? — engulo em seco e o jogador tocou na minha mão acariciando — Eu tô aqui para vocês, sei que não sou o pai de sangue mas eu vou cuidar e amá-la ou amá-lo como se fosse meu. Se pra você for tão difícil assim aceitar esse bebê como seu, me dá ele. Eu vou cuidar muito bem, eu prometo. Só não tira a vida desse serzinho que tá aí dentro.

— Eu preciso pensar — ele assentiu e engulo em cheio sentindo um nó na garganta — Deve ter sido tão difícil para você perder a sua filha.

— Sim, foi muito difícil. Todo dia eu me perguntava e se eu tivesse aparecido na casa da Júlia mais cedo? Ou se ela tivesse mais apoio meu? Eu sempre quis ser pai e quando eu soube eu fiquei fascinado mesmo que não fosse com a pessoa certa eu tava imensamente feliz. Porque filho antes de ser dos outros, é nosso também. Você pode tá pensando agora que tem o filho do seu estrupador aí dentro de você mas devia pensar que antes de ter o filho do nojento do Lucas, ele é o seu filho. Não é só dele.

— Mas é que..

— Eu sei que você não queria nada disso o que tá acontecendo, não queria ter sido estrupada, não queria ter sido violentada e se fosse para ter um filho que fosse com o cara que te ama e te respeita. Mas o seu bebê não sabe de nada disso, o seu bebê não sabe se o pai dele é alguém bom ou não. Sei que tá com medo, muito confusa e que precisa pensar mas saiba que se você decidir ter esse filho ou me entregar ele, eu vou ta do seu lado independente do que aconteça.

— E se eu decidi abortar, não vai tá do meu lado? — questionei com os lábios tremendo.

— Eu não apoio essa ideia e vou fazer você mudar de opinião.

— Como você mesmo disse, eu preciso pensar no que fazer. — encosto minha cabeça no seu ombro suspirando

— Tô com vocês. Agora, se alimenta direitinho porque tanto você como o bebê precisam ficar saudáveis.

— Tá certo — dou risada do seu jeito mandão e pego mais biscoitos

— Vou marcar para você uma consulta com um obstetra, o melhor que tiver no rio. — ele disse animado

— Não precisa gastar comigo, eu posso marcar uma para mim.

— Eu vou marcar, vou pagar e vou junto com você. — ele disse acariciado o meu rosto — e não aceito ouvir um não como resposta.

— Mas Gabriel...

— Mas nada, docinho.

— Você é teimoso, meu Deus. — resmungo e ele cruzou os braços me olhando com deboche

— Vou cuidar de vocês. — ele disse colocando a mão na minha barriga.

— Não é a sua obrigação.

— Eu sei mas eu quero cuidar.

— o que os seus fãs vão achar de mim? Com certeza vão me chamar de aproveitadora pensando que o filho é seu.

— Pouco me importa o que vão pensar. Não liga para os comentários que você vê na internet.

— É tão difícil fingir que não me importo.

— Eu imagino até porque você nunca lidou com a fama mas a melhor forma de não se machucar com isso é não ler os contrários, ignorar e seguir em frente. — ele disse passando a mão na nuca e concordo minuciosamente — Porque jogou o meu buquê fora?

— Eu não queria jogar, foi o Lucas, ele ficou revoltado aí pegou o buquê e o jogou no meio do asfalto. Perdão, eu amei as flores.

— Fico até aliviado, tava achando que você tinha jogado — nego abrindo um sorriso fraco

— Eu amo quando você me manda flores — mordo o lábio

— Sério? Posso te mandar mais vezes então?

— Se quiser, sim. — sorriu boba

— Então iriei te mandar todos os dias

Solto um suspiro fundo igual uma bobinha encarando a cômoda preta no quarto para tentar disfarçar e me lembro de perguntar algo

— Por que o seu Instagram só tem fotos preto e branco?

— Por estética, que pergunta é essa do nada — ele riu e o acompanho

— lembrei de perguntar agora, já tava com essa pergunta em mente a um tempo. Como assim por estética? Você acha mais bonito preto e branco?

— Sim, é mais fácil de editar e fica organizado.

— Vou começar a postar foto assim também. — brinco e ele negou

— Não, já é a minha marca. — deu risada passando a mão na barba — gosto das suas fotinhas coloridinhas, pô. — disse passando o braço pelo o meu pescoço

— Gosta? — arqueio a sobrancelha divertida e ele assentiu com um sorriso no rosto e os olhos brilhando

— Fui chamado para ir no podpah domingo da próxima semana, quer ir comigo?

— Ir com você? — arqueio a sobrancelha mais uma vez — É melhor não, vão especular alguma coisa.

— cês sabe que eles vão perguntar da gente não sabe?

— Sei e você vai responder que somos amigos, porque é isso que a gente é agora, amigos.

— de boa, pô. — fechou a cara tirando o braço ao redor do meu pescoço e se levantou da cama. — vou te deixar aí sozinha agora porque vou fazer outras coisas. Já é. — fez sinal indo até a porta

— Gab..— antes mesmo que eu continuasse ele saiu e reviro os olhos me jogando na cama.

Acho que ele ficou chateado. Puta merda, eu não quero que ele fique chateado comigo.

 Puta merda, eu não quero que ele fique chateado comigo

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DOCE AMOR - GABIGOLKde žijí příběhy. Začni objevovat