Capítulo 13

Mulai dari awal
                                    

— A tua sorte é que você é muito gata.

[...]

Ele me deu carona e não tentou mais nada comigo, mas mesmo assim, fiquei com receio de que ele pudesse fazer algo pior mais tarde, especialmente depois de perceber que não conseguiria me colocar contra o seu irmão. A sensação de vulnerabilidade persistia, deixando-me alerta e cautelosa em relação às suas próximas ações.

Durante o banho, lembrei-me do momento em que Rato mencionou que Chorão havia espalhado boatos sobre minha habilidade na cama. No entanto, ele pareceu esquecer sua própria mentira ao revelar que sabia que seria minha primeira vez com seu irmão. Essa contradição me fez perceber a necessidade de ficar alerta em relação a Rato, para não cair em sua armadilha.

[...]

Ao anoitecer, tomei a decisão de ligar para Arthur, meu chefe, para informar que não poderia comparecer ao trabalho, pois não estava me sentindo bem. Passando então o resto do tempo deitada na cama, distraída com vídeos no celular. No entanto, as lembranças do Chorão continuavam a invadir minha mente de tempos em tempos, tornando impossível esquecer o que tínhamos feito naquele quarto.

Após os três dias em que ele me manteve refém dentro da minha própria casa, tentei convencer-me de que o que aconteceu entre nós foi algo doentio, uma criação da minha mente para lidar com o trauma. No entanto, diante das circunstâncias atuais, não estou sendo forçada a nada e ainda assim sinto o desejo de estar perto daquele homem. É uma situação confusa, onde os sentimentos conflitantes me deixam perplexa e insegura sobre minhas próprias escolhas.

Meu celular travou abruptamente quando uma chamada surgiu na tela, e senti o desespero tomando conta de mim enquanto tentava fazer o aparelho voltar a funcionar. Depois de alguns instantes de tensão, finalmente consegui reiniciá-lo. Com o coração acelerado, aguardei ansiosamente que o celular vibrasse novamente, ansiosa para ouvir a voz do Chorão do outro lado da linha, quase desesperada por qualquer sinal dele.

Finalmente, voltou a tocar e eu atendi.

— Se você não vier me ver, não vou te dar nenhum dinheiro — Chorão me ameaçou, fazendo eu soltar uma risada baixa. — Tá me achando com cara de palhaço pra tá rindo, Emília?

— Você pagou todas as minhas contas e comprou comida o suficiente pra mais de um mês.

— E tu só pensa no agora, porra? — Sua voz soou indignada. — Não pensa em dar conforto pra sua mãe ou pra Isadora?

— Sim, mas vai ser com o meu trabalho.

— E se eu comprar uma casa pra você? Deixar de pagar o aluguel vai aliviar as suas despesas.

— Eu não quero seu dinheiro, Chorão. — Sentei na cama, abraçando minhas pernas e fiquei brincando com os dedos dos meus pés. — Só eu sei o que senti quando você me tratou daquele jeito horrível por ter ficado com ciúmes do seu irmão.

— Emília, por favor... — Chorão fungou e eu franzi o cenho. — Não faz assim comigo.

— Você tá chorando?

— Não, eu não sou de chorar por qualquer pessoa.

Ao ouvir alguns soluços do outro lado da linha, meu coração se apertou com a preocupação de que ele pudesse estar tendo uma crise por minha causa. Decidi então ser mais delicada com ele.

— Por que o seu vulgo é Chorão, então? — Tentei brincar para distraí-lo.

— Não começa com gracinha, Emília.

— Eu posso continuar indo fazer as visitas pra você, mas não quero o seu dinheiro.

— Por quê?

— Porque eu não preciso, Chorão.

— Tu vai vim me ver de graça?

Ouvi uns vaias em comemoração e meu rosto esquentou ao lembrar que ele não estava sozinho enquanto conversávamos.

— Tá no viva voz? — perguntei por precaução.

— Não, coração. Pode falar.

— De graça, não. — Fechei meus olhos envergonhada pelo que estava prestes a falar. — O pagamento vai ser o seu pau me dando carinho na minha buceta, porque tudo o que eu mais quero é sentir ele entrando e saindo...

— Você não acha que é velha demais pra começar a web namorar, não? — Escutei a minha irmã zombando e me assustei.

— O que você quer aqui, menina? — Abri meus olhos, encontrando a Isadora segurando uma gargalhada próximo à porta do nosso quarto.

— Só vou pegar a minha toalha pra tomar banho e não vou mais te atrapalhar com seu boy virtual.

Isadora desatou a rir, enquanto se dirigia até o guarda-roupa em busca da maldita toalha.

— Ela tá bem, coração? — Ele indagou, segurando o riso.

— A Isa tá ótima, Chorão. Tá aqui tirando onda com a minha cara.

— É o Chorão? — Isadora perguntou muito empolgada e eu levantei a sobrancelha, estranhando. — Agradece ele pelo iPhone.

Sem dar mais explicações, a Isadora saiu do quarto com uma toalha e uma muda de roupa nas mãos.

— Você deu um iPhone pra minha irmã?!

— Ela disse que precisava melhorar a qualidade dos vídeos pra ganhar seguidores por causa dos testes que faz pra novelas e tal.

— Quando ela te disse isso?

— Ela postou no Instagram.

— E você tem tempo pra ficar bisbilhotando a vida da minha irmã?

— Eu tô preso, Emília. Não tenho muito o que fazer.

— É , eu sei, mas eu te chupo e ela que ganha um celular novo?

— O teu presente vai ser outro, coração.

— Não preciso de nada, Chorão. E muito obrigada pelo que você fez pela Isa.

— Tudo o que é importante pra você, automaticamente é importante pra mim também.

— Tudo o que é importante pra você, automaticamente é importante pra mim também

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ATRAÍDA PELO TRÁFICOTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang