Sensação de observação.

4 0 0
                                    

Nabi deixou a cafeteria tarde da noite, exausta após mais um dia de trabalho monótono e repleto de emoções sombrias. As ruas estavam quase desertas, iluminadas apenas pelo brilho fraco dos postes de luz que lançavam sombras dançantes ao seu redor. Ela enfiou as mãos nos bolsos do casaco, tentando se proteger do frio cortante que envolvia a cidade.

Enquanto caminhava pela calçada deserta, uma sensação incômoda começou a se formar em seu peito. Era como se alguém a estivesse observando, escondido nas sombras, esperando o momento certo para agir. Ela tentou afastar esses pensamentos, dizendo a si mesma que era apenas sua mente cansada brincando com ela.

Mas a sensação persistiu, crescendo mais forte a cada passo que ela dava. Nabi olhou ao redor nervosamente, seus olhos examinando as ruas vazias em busca de qualquer sinal de perigo. Mas tudo o que viu foi o vazio silencioso da noite, uma paisagem desolada que parecia não ter fim.

E então, de repente, ela viu. Uma sombra se movendo rapidamente entre os prédios, desaparecendo nas vielas escuras como um fantasma fugaz. Seu coração deu um salto no peito, o medo se enroscando em seu estômago como uma serpente venenosa.

Nabi apressou o passo, seus passos ecoando pelas ruas desertas enquanto ela tentava fugir da sensação opressiva que a assombrava. Ela virou uma esquina, correndo cegamente em direção à segurança relativa de sua casa, mas a sombra parecia segui-la, sempre a um passo atrás.

Finalmente, depois de uma corrida desesperada através de ruas vazias e becos escuros, Nabi chegou à sua casa. Ela trancou a porta atrás de si, tremendo de terror enquanto se afastava da janela. Ela se jogou no sofá, tentando controlar a respiração acelerada enquanto lutava contra o pânico que ameaçava consumi-la.

O que quer que a estivesse observando lá fora, ela sabia que não estava segura. A sensação de medo e paranoia a envolvia como uma névoa densa, obscurecendo seu raciocínio e nublando sua mente. Ela sentiu lágrimas brotando nos cantos de seus olhos, mas ela se recusou a ceder ao desespero.

Nabi pegou o telefone celular, mãos trêmulas digitando o número de emergência. Ela explicou a situação ao operador, sua voz tremendo de medo enquanto ela implorava por ajuda. Mas quando a polícia chegou, não havia sinal da sombra que a havia seguido pelas ruas escuras.

Eles a interrogaram, fazendo perguntas sobre o que ela havia visto e onde havia ido. Nabi respondeu o melhor que pôde, mas suas palavras eram vagas e confusas, sua mente turva pelo medo e pelo cansaço. Eles prometeram manter uma patrulha na área, mas Nabi sabia que isso não seria suficiente para afastar a sombra que a assombrava.

Quando os policiais finalmente saíram, Nabi trancou todas as portas e janelas, envolvendo-se em um cobertor enquanto se encolhia no sofá. Ela tentou em vão se acalmar, mas o medo a segurava firmemente em suas garras, recusando-se a soltá-la.

A noite passou lentamente, cada hora arrastando-se como uma eternidade de angústia e incerteza. Nabi mal ousava piscar, com medo de que a sombra voltasse para assombrá-la mais uma vez. Ela tentou ligar para amigos e familiares em busca de conforto, mas ninguém atendeu ao telefone.

E então, quando o primeiro raio de sol atravessou as cortinas cerradas, Nabi sentiu um suspiro de alívio escapar de seus lábios. A noite de terror finalmente havia acabado, e ela estava a salvo por enquanto.

Mas apesar da luz do dia, a sombra ainda pairava sobre ela, uma lembrança constante de que o perigo estava sempre à espreita nas sombras. Nabi sabia que não poderia mais voltar à sua vida normal, não depois do que havia acontecido naquela noite.

E assim, ela se levantou do sofá, determinada a descobrir a verdade por trás da sombra que a havia assombrado. Ela sabia que seria uma jornada perigosa, cheia de perigos desconhecidos e segredos sombrios, mas ela estava disposta a enfrentá-los para proteger a si mesma e aos que amava. — Seu cachorrinho.

Decidida, Nabi pegou uma lanterna e saiu de casa, determinada a investigar os arredores em busca de qualquer pista sobre o que poderia ter acontecido naquela noite assustadora. As ruas estavam calmas agora, banhadas pela luz suave da manhã que começava a surgir no horizonte.

Ela caminhou pelas ruas vazias, sua mente girando com pensamentos sombrios e conjecturas sobre quem ou o que poderia estar por trás da sombra que a havia seguido até em casa. Cada sombra, cada movimento nas vielas escuras a fazia estremecer, mas ela continuou avançando, determinada a encontrar respostas.

Depois de horas de busca infrutífera, Nabi finalmente retornou para casa, exausta e desanimada. Ela se jogou na cama, exausta demais para continuar sua investigação naquele momento. Mas a sensação de que estava sendo observada ainda a assombrava, mantendo-a acordada durante toda a noite.

Os dias se passaram lentamente, mas a sombra que a havia assombrado naquela noite fatídica parecia ter desaparecido. Nabi tentou retomar sua vida normal, voltando ao trabalho na cafeteria e tentando se manter ocupada para afastar os pensamentos sombrios que a atormentavam.

No entanto, a sensação de estar sendo observada não a deixava, sempre presente nos cantos de sua mente, sussurrando promessas de perigo e terror. Ela tentou ignorá-la, dizendo a si mesma que era apenas paranoia, mas uma parte dela sabia que não era verdade.

E então, uma noite, quando ela estava voltando para casa do trabalho, a sombra reapareceu. Ela a viu do outro lado da rua, observando-a com olhos frios e vazios. Nabi parou no meio-fio, seu coração batendo descontroladamente no peito enquanto ela tentava decidir o que fazer.

A sombra não se moveu, apenas a observou silenciosamente por um momento antes de desaparecer nas sombras. Nabi correu para casa, trancando todas as portas e janelas enquanto tentava controlar a respiração acelerada.

Ela sabia que não poderia mais ignorar a verdade. Alguém ou algo estava a seguindo, esperando por ela nas sombras, e ela não podia mais fugir. Era hora de enfrentar seus medos de frente, antes que fosse tarde demais.

Decidida, Nabi começou a investigar, vasculhando os arredores em busca de qualquer pista que pudesse levá-la ao culpado. Ela passou horas a fio pesquisando nos arquivos da polícia, entrevistando testemunhas e seguindo qualquer pista que pudesse encontrar.

Mas quanto mais ela investigava, mais confusa ficava. Não havia nenhuma pista concreta, nenhum suspeito óbvio que pudesse ser responsável pela sombra que a havia assombrado. Era como se estivesse perseguindo um fantasma, sempre um passo atrás de sua presa.

E então, uma noite, quando ela estava voltando para casa depois de mais uma longa jornada de investigação, a sombra reapareceu. Ela estava esperando por ela, escondida nas sombras de um beco escuro, seus olhos brilhando com uma luz sinistra.

Nabi congelou no lugar, seu coração batendo descontroladamente no peito enquanto ela encarava a sombra com olhos arregalados de terror. Ela sabia que não podia mais fugir, que era hora de enfrentar seu perseguidor de frente e descobrir a verdade por trás de seus planos sinistros.

Com um último suspiro, Nabi deu um passo à frente, determinada a confrontar a sombra que a havia assombrado por tanto tempo. Ela sabia que não seria fácil, que o perigo era real e iminente, mas estava disposta a arriscar tudo para proteger a si mesma e aos que amava.

E assim, ela mergulhou nas sombras, pronta para enfrentar o que quer que viesse em seu caminho, sabendo que sua coragem e determinação seriam suas únicas armas contra o mal que a esperava.

— Você é corajosa, querida. – A "sombra" quebra o silêncio entre os dois.

Nabi mais um vez paralisa onde estava, suas pernas tremiam, seu corpo suava, seus olhos lacrimejavam. Quem era aquele? E se fosse algum vilão temido? Os heróis salvariam ela, não é?

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Apr 19 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

𝙲𝚒𝚌𝚊𝚝𝚛𝚒𝚣𝚎𝚜 𝚍𝚘 𝚙𝚊𝚜𝚜𝚊𝚍𝚘 - cicatrizes do passado.Where stories live. Discover now