— Falo verdades. Não me importa que seja uma rainha ou um rei. E vocês também não deveriam se importar.
— E o que deve importar? — Nymor perguntou.
— Devemos nos aproximar das garotas Targaryen com diplomacia. É a escolha mais sábia quando um inimigo tem um exército tão grandioso e leal quanto o dela. Chegarmos em território sem armas é a maior defesa que teremos contra seus homens. — Uma senhora como ela sabia o que dizia, já viveu muito.
O príncipe Maron calou-se e observou os outros rostos dentro da carruagem, sendo subjugado. Ele apertou os punhos e suas narinas inflamaram, seu joelho se movendo rapidamente em sua ansiedade perturbadora ao questionar-se algo que escapou de seus lábios.
— Deveríamos ter feito o que ela fez. — Ele disse ressentido olhando para baixo.
— O que você disse? — O seu pai perguntou.
— O que essa vadia fez ao conquistar os Sete Reinos! — Ele disse, surpreendendo seu pai. — Deveríamos ter conquistado tudo isso em seu lugar.
— Ela tem dragões. — Nymor respondeu, como se fosse óbvio.
— Somos insubmissos! — Ele rebateu.
— De fato, nós somos. — A princesa velha apreciou aquelas palavras, com os olhos quase embranquecidos pela idade avançada, envolvida ao sentimento de persistência que aquilo lhe causava.
— Nosso exército não é páreo para ela. — Nymor disse mesmo assim para a mãe.
O pensamento de Nymor fez a senhora se calar. Todos observaram seu silêncio sem compreender se houve uma concordância, um ressentimento por seu filho soar como um fracalhão ou os dois.
— Bom... Podemos dar um jeito de matá-los! Sem os dragões, eu mesmo cuidaria dessa puta. Aposto que quem dobraria os joelhos para mim seria ela. — Ele comentou com um sorriso malicioso, como seu pai.
Maron nem mesmo terminou a sua frase e ouviu uma risada baixa e rouca no interior da carruagem.
Ele virou o rosto em direção ao som e seu maxilar se apertou. Sua irmã, que estava silenciosa até então durante toda a viagem, não evitou rir do quão imaturo Maron poderia ser. Ela contemplou isso enquanto balançava a cabeça, olhando para o céu pela janela da carruagem, tentando avistar o dono do som que era ouvido.
— Do que está rindo?
— Do que mais eu estaria rindo? De você. — A princesa virou o rosto em sua direção. Os olhos verdes bem marcados e desafiadores pela tinta negra inquietou seu irmão.
— Você não deve rir de seu irmão. — Nymor olhou para a sua bela filha, tentando encontrar maneiras de repreendê-la, ainda que nunca encontrasse um jeito.
— Perdoe-me por isso, senhor Martell. — Ironizou a princesa que se esforçava para respeitar o seu pai. — Mas a idade apenas parece ter chegado para o príncipe Maron em seu corpo, o crescimento não acompanhou seus pensamentos.
— Como?
— Você não chegaria perto o suficiente de uma rainha como Camyla Targaryen sem perder suas mãos. — Lauren disse com mais seriedade e sem nenhum sorriso no rosto dessa vez. — E de acordo com o que dizem que você tem feito, deveria mesmo perdê-las!
O rapaz enfureceu-se pela ousadia.
— Cale a sua boca! Pelo menos eu sirvo para algo mais do que ler livros ou ser uma distração para os roinares! — Maron desbravou. Seu irmão estava constantemente dizendo que ela só servia para distrair os homens que lutavam e defendiam a Casa Martell. — Quem sabe agora não tenha mais valor em Porto Real, não é?
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The Rise of the Dragon
FanfictionAmbientado alguns anos após a conquista, Camyla Targaryen tem sua mente cheia por tramóias e dilemas políticos que definirão o rumo de seu reinado em Westeros. No meio do caminho, ela se vê envolvida pela beleza incomparável de uma princesa dornesa...
Lauren, The Beauty
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