𝑴𝒊𝒏𝒉𝒐, 𝑶 𝒏𝒂𝒎𝒐𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓🍭✨🧢

171 26 47
                                    

Capítulo não revisado

🍭✨🧢

De todas as coisas que Lee Minho já viveu, aquela com certeza era uma das mais amedrontadoras. Chegava tremer a todo segundo. 

Seu pai e sua mãe estavam ali, na entrada da sala de estar enquanto o olhava assustados, com Jisung em ao seu lado, os lábios inchados e avermelhados. Era óbvio que os mais velhos sabiam o que eles estavam fazendo. E aquilo era o que assustava Minho. 

Porque seus pais descobriram sua homosexualidade de uma das piores formas, não foi ele quem contou. Eles viram. 

— M-mãe…— Chamou baixinho, olhando para mulher que os encarava sem expressão alguma no rosto. 

— Jisung? — Senhor Lee chamou pelo garoto completamente corado e assustado ao lado do ruivo, o moreninho respirou fundo e levantou o rosto para encarar a quem lhe chamava — Suba para o quarto de Minho, creio que saiba onde fica — Com a voz calma, o homem mandou. 

Envergonhado, Jisung se afastou de Minho e, com grande dificuldade, olhou para o arroxeado  desejando que aquele olhar assustador saísse de seus olhinhos adoráveis. Queria ficar ali e dizer várias coisas para os pais do menino. 

Mas era medroso, então somente obedeceu o que lhe foi mandado, subindo para o quarto do arroxeado. Bem, era o que os demais ali já sala acreditaram. 

Jisung, curioso como era, parou no meio do caminho e se escondeu nas escadas para escutar o que os mais velhos diriam à Minho. Mesmo que doesse um pouquinho. 

— Mãe... P-pai — Sem coragem para olhar seus pais nos olhos, o de fios roxo os chamou com a cabeça baixa, desejando que aquilo não estivesse acontecendo. 

O silêncio reinou naquela sala por alguns segundos, os necessários para que os mais velhos sentassem no sofá ao lado do filho. 

— E-Eu posso explicar, eu p-posso. Juro que sim. — Sentindo as mãos tremerem em suas pernas, Minho finalmente levantou o rosto. 

Seus olhos vermelhos denunciavam a sua resistência para não chorar, assim como sua respiração quase descompassada e as mãos tremendo incansavelmente. 

A mulher suspirou, tocando o rosto do filho e sorrindo pequeno. 

— Não precisa explicar nada, meu amor. — Minho jurou que desmaiaria ali mesmo, a forma suave que a mão de sua mãe tocou-lhe no rosto, acalmou o medo que nascia em seu coração. Mesmo que só um tantinho — Eu e seu pai já sabemos de tudo. 

— O-O que? — Medroso, olhou para o homem ao seu lado, que lhe ofereceu um sorrisinho curto, reconfortante— Vocês... Sabem? S-sabem que eu...? 

— Que é gay? — O homem completou, fazendo Minho engolir a saliva com dificuldades. Sentindo o peito se apertar mais uma vez. — Sempre desconfiamos. 

Minho engasgou. 

—E-e... Vocês ainda... Ainda m-me... — Medroso, envergonhado e nervoso, Minho não consegui completar uma frase sequer. 

— Se ainda te amamos? — Respirando fundo, o arroxeado concordou com a cabeça. 

Aquele era seu maior medo, deixar de ser amado por aqueles que mais ama. Já viu e ouviu muitos casos de homossexuais que foram despejados e abandonados por suas famílias, pelas pessoas que mais amavam e admiravam. Minho, mesmo sabendo o quão bondosos e amorosos seus pais eram, ainda sim, sentia medo da rejeição. 

Então, com muita coragem, acenou com a cabeça. Analisando as expressões nos rostos daqueles que amava. 

E, ao contrário do que imaginava, não havia decepção alguma expressada ali. Apenas sorrisos compreensivos. 

𝑴𝒂𝒓𝒊𝒂 𝑪𝒉𝒊𝒒𝒖𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 - ᴍɪɴsᴜɴɢWhere stories live. Discover now