「✈️」 ⸻ Seo Miyeon finalmente entra na fase adulta independente, tendo que descobrir os desafios e como lidar com eles nessa nova fase. Porém descobre o quão estressante ela pode ser quando conhece seu arrogante vizinho do apartamento 452.
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Eu odeio finais de ciclos. Odeio tudo que envolva acabar algo que me acostumei a ter ou a passar. Acabar uma série, acabar um ciclo em uma cidade e ter que se mudar, acabar um quase relacionamento. Odeio me sentir pressionada a deixar ir embora algo ou alguém que gosto, ao mesmo tempo, quero me livrar da pressão de estar machucando alguém a deixando presa a mim.
— Tem certeza que se sente melhor?
— Eu já disse que sim
Insisto em perguntar como Minho se sente depois do grande soco que dei bem no centro de seu rosto. Relembrar daquele soco e o sangue caindo e se alastrando até sua boca me agoniza. Eu queria que Minho estivesse perto de mim, mas não dessa forma.
A toalha de rosto que usei– agora ensanguentada– está na mão de Minho e ainda limpa o pouco sangue que sai de seu nariz, já eu me levanto do sofá indo pegar um copo de água antes de Minho ir embora.
Enquanto pego a água, o desejo de não deixá-lo ir embora me toma. Novamente o ciclo de deixar alguém ir embora mesmo doendo em mim se repete, eu não lembrava que era assim tão dolorido. Mas para alguém que nunca mantém uma relação até agora, era só mais um que iria embora, como qualquer outro
Não... Ele é diferente, está doendo mais que o normal, meu coração está ardendo.
Estou olhando para a pia sem me concentrar e quando volto a concentração, a água já está transbordando do copo. Desligo rapidamente e levo o copo até Minho, que já colocou a toalha de lado e está mexendo no celular. Estendo o copo de água para frente dele, Lee solta o celular e me agradece, ele realmente parece melhor que antes– contando que seu nariz não se acaba em sangue.
Nós dois percebemos que meu trabalho estava terminado, ele se levanta, uma tensão está ali desde que entramos pela porta até agora, mas agora parece que ela se intensifica. Andamos juntos até a porta, nossos olhos se cruzam, isso arrepia minha pele. Não quero que perceba, então vou até a porta e abro para que ele saia.
— Até, Lee Minho.
Ele atravessa a porta, mas não sai totalmente. Ele para, se vira, e me olha novamente como se sentisse o que eu sinto, e soubesse tudo que se passa dentro de mim.
Ele hesita em sair, seu corpo treme no vai-e-vem de sair da frente do meu apartamento. Meu corpo entra em desespero, junto com meus olhos que imploram para que ele vá embora, parece que esse nervosismo vai me matar.
— Isso não está dando certo, Miyeon. Não está dando certo nos tratarmos assim, como amigos ou apenas vizinhos que se odeiam— Minho diz. Sinto o mesmo se abrindo comigo depois de dias, dias que se passaram como se fossem anos, milênios.
— Mas você decidiu assim. Eu não te entendo...
Eu sequer entendo o que eu sinto, mas ainda me esforço para entender seu lado, e continuo ouvindo o que ele fala: