25 Years Waiting For You

04

Pov Carol

Abro os olhos devagar tentando me acostumar com a claridade do quarto. Olho para trás e vejo que Natália já não estava mais na cama. Olho pro relógio e vejo que já era quase oito horas.

Levanto ainda com preguiça, faço toda minha higiene matinal e desço para cozinha, onde escuto Natália cantarolar baixinho.

- Bom dia, meu bem. - Abraço ela por trás e dou um beijo em seu ombro. - Por que acordou tão cedo em pleno domingo?

- Bom dia, amor. Sua mãe ligou cedinho e eu acabei despertando depois da ligação dela.

- E o que sua sogra queria que não podia esperar para ligar depois? - Carol desliga o fogão e vira ficando de frente pra mim.

- Ela quer que a gente vá almoçar na casa dela. - Faço um bico, enquanto minha noiva sorria de orelha a orelha.

- E você quer ir?

- Claro, amor. Domingo na casa da sogrinha é o sonho de toda garota. - Acabo rindo junto a ela. - Você não quer ir?

- Não é que eu não queira. É que eu preferia ficar em casa com você. - Natália enche meu rosto de beijos terminando em um selinho.

- A gente passa o dia com Ester, e depois vamos ficar o resto do dia juntinhas aqui, pode ser? - Faço sinal de concordância com a cabeça. - Agora vamos comer, preparei panquecas do jeitinho que você ama.

  Pov Natália

Já tinha se passado uns 10 minutos desde que chegamos ma casa de Ester. Ela estava terminando de preparar o almoço, não deixou eu e Carol ajudar.

- Como tá sendo os preparativos para mudança de vocês? - Minha sogra pergunta enquanto prova um pouco da comida na panela.

- Tudo tranquilo. Não estamos perdendo muito tempo com isso, para aproveitar bem as últimas semanas aqui. - Respondo bebendo um do vinho que Ester tinha servido.

  - Já escolhemos a casa mobiliada, então não tem mais muita coisa para resolver. - Carol fala finalmente fazendo parte da conversa.

- A comida tá pronta, garotas. Vou só tomar um banho rapidinho e desço, tá?! - Ester entra em sua suíte deixando eu e Carol sozinhas.

- Quer mais vinho? - Me aproximo dela ficando entre suas pernas. Ela estava sentada em uma das banquetas que ficava perto do balcão, o que fazia ficar da mesma altura que eu, mesmo estando sentada.

- Não, prefiro ficar sóbria na casa da minha mãe. - Sorrimos. - Acho que vou sentir saudades do Brasil.

- É, eu também vou. Mas pelo menos vamos juntinhas, casa nova, vida nova, sem vários amigos para atrapalhar nossos domingos de preguiça.  - Ela sorrir enquanto me abraça.

- Você ama ser antissocial, né?

- Tem suas vantagens.

  
O resto do dia foi tranquilo, o almoço estava uma delícia. Ester era uma ótima companhia, animada, sempre com assuntos novos e muitas histórias para contar.

  Fomos para sala depois do almoço, Eu e Carol sentamos no sofá, enquanto Ester ficou na poltrona ao nosso lado.

- Acho que Lara e Taís chegaram. - Ester fala assim que a campainha toca.

- Nem na casa da sogra eu tenho paz dessas meninas, gente, como pode isso? - Falo e Carol rir.

- O que a senhora velhota já tá resmungando, hein? - Taís fala assim que entra na sala. - Boa tarde, meninas. - Nos cumprimentamos.

- Adriana ficar sabendo dessa reunião aqui sem ela, vai se intrigar de todas. - Carol fala.

- Melhor nem falar o nome, parece que quando fala vocês aparecem. - Falo.

- Admite logo que você ama a gente, Natália. - Lara fala.

- Eu amo mesmo, amo muito. Mas vocês nem deixa a gente sentir saudades. - Brinco. - Como tá a vida de casada, Lara?

- Tá ótima. Não tem nada melhor que acordar todos os dias ao lado de quem você ama. - Sua cara entregava o amor que ela sentia por Mário.

- Isso é verdade, viu. Por mim não sairia mais da cama. - Carol fala dando um beijo em meu ombro.

- Tá querendo viver só de amor e água né, Carol? - Taís fala e na mesma hora Carol olha totalmente envergonhada.

  - Taís! Minha mãe tá aqui. - Suas bochechas estavam completamente vermelhas, o que deixava mais fofa.

  - Deixa se besteira, filha. Todo mundo aqui é adulta, e eu não sou nenhuma velha.

  - Vamos mudar de assunto, por favor. - Carol pede evitando olhar para a mãe.