76 • O ACORDO

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Minha cabeça começou a girar, encarando aquele homem, porque o que não fez sentido nenhum num primeiro segundo, agora começava a se encaixar na minha cabeça e a raiva só aumentava

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Minha cabeça começou a girar, encarando aquele homem, porque o que não fez sentido nenhum num primeiro segundo, agora começava a se encaixar na minha cabeça e a raiva só aumentava.

— Explica essa merda agora!

Exigi apontando para o Divaio.

— O que houve, Selena?

Rodrigo perguntou e tinha certeza que todos estavam meio confusos naquele momento, mas eu não podia deixar aquilo passar.

— Calma.

O desgraçado pediu para mim.

— Eu sabia que quando visse ele iria fazer perguntas...

— Então começa a responder!

— Pra isso, vou ter que começar do início. Tem uma cadeira aí?

Perguntou demonstrando despreocupação total e suspirei, porque a minha vontade era de esganar ele por brincar com a minha raiva.

— Eu posso meter uma bala no seu joelho agora e aí você vai ficar muito bem sentado nesse chão! Que tal?

Russel propôs e ele apenas enlargueceu o meio sorriso no rosto.

— Tudo bem, vamos conversar em pé então.

— Desembucha de uma vez!

Exclamei já mais exaltada.

— Bom, cada um do nosso grupo tem uma função a cumprir e todos fazem muito bem os seus trabalhos. Mas o Nino, que você conheceu como Antonino, ele é muito bom em mais de uma área. Pra nós, ele cuida dos documentos, vistos, passaportes...

— Um falsificador.

Resumi sem paciência para a sua ladainha.

— Esse é um nome muito pesado.

Disse e revirei os olhos para aquele seu cinismo que me irritava.

— Para os de fora, ele fornece outros serviços. O nosso acordo era de que enquanto estivéssemos nesse trabalho nos Estados Unidos, ele não pegaria nenhum outro cliente por fora para não nos comprometer, mas o nosso amigo aqui não é tão bom em cumprir acordos!

Ele afirmou e fuzilou o tal Antonino que o encarou indiferente.

— Ele recebeu uma encomenda...

— Quer dizer os explosivos que encontraram com ele na estação.

Corrigi e ele assentiu.

— Foram quantas bombas, Nino?

Divaio perguntou, encarando o homem que devolveu o olhar.

— Quatro.

— Isso, quatro bombas modificadas, com poder explosivo maior, porque nisso ele é especialista. Claro que ele fez isso sem comunicar a ninguém e eu só soube quando já tinha dado merda!

SELENA FERRARIWhere stories live. Discover now