chapter 12

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                                            𝐏𝐄𝐃𝐑𝐈

— Vai! — Gavi empurrou meu ombro com urgência.

— O que eu devo fazer agora? — Eu não queria ser pego aqui, mas não era como se houvesse algum lugar para me esconder.

— Lá. — Ele apontou por cima do meu ombro. — Rápido!

Eu me movi na direção que ele indicou sem nem mesmo olhar até que eu estava em frente ao armário de madeira ao lado da sala. Um armário enorme, sim, mas de jeito nenhum eu caberia ali confortavelmente. Balançando a cabeça, eu me afastei, mas ele me parou com a mão no meu peito.

— Por favor! Estou em dívida.

Gavi está me devendo? Eu não poderia deixar isso passar, não importa o quão desconfortável eu estivesse.

— Tudo bem. — Eu me agachei, contorcendo meu corpo para caber dentro. — Você me deve muito por isso — eu sibilei enquanto ele fechava a porta na minha cara.

Depois disso, tudo que pude ouvir foram vozes abafadas. Eu não conseguia nem tentar me mover, e minha perna estava com cãibras. Por que diabos eu estava me escondendo? Porque eu estava em território inimigo, eu imaginei.

Mas se eu tivesse que me esconder aqui por muito mais tempo, não poderia ser responsabilizado pelas consequências de minhas ações.

Para sorte de nós dois, as vozes morreram e o armário se abriu antes que eu pudesse sair de lá.

— Félix — Gavi disse sem fôlego enquanto eu saía. — Tive de inventar uma história sobre como me sentir mal. Não tenho certeza se ele comprou.

Eu olhei para ele de cima a baixo, observando suas bochechas coradas e lábios inchados e a óbvia mancha úmida em seu short marinho.

Sorrindo, eu me inclinei contra a parede, cruzando os braços sobre o peito.

— Ele pode não ter comprado, mas aposto que sabia que você estava tramando algo aqui. Agora, você vai me emprestar algo para vestir? Não vou voltar para casa assim.

— Não.

—Você vai sim. E enquanto você me comprar algumas roupas, vou pensar em como você pode me retribuir por me fazer esconder agora.

Ele olhou para mim.

— Porra, você é irritante.

Dei de ombros. Provavelmente era verdade. Mas eu amei enrolá-lo. Ele ficava tão gostoso quando estava todo zangado - não, espere.

Eu não achei que ele fosse gostoso.

Eu não achei.

— Vamos, então — ele bufou, felizmente interrompendo meus pensamentos em espiral. — Tenho certeza de que tenho algumas roupas velhas que ia doar. Você pode ficar com elas.

— Vá se foder! — Eu mostrei o dedo para ele. — Você pode me dar seus melhores moletons, obrigado.

— Não.

Eu o segui por sua enorme casa, subindo as escadas e descendo um longo corredor, onde ele empurrou uma porta, revelando um enorme quarto decorado em tons de azul profundo.

— O covil do meu inimigo, finalmente. — Dando a ele um sorriso maligno, cruzei para sua grande cama e me joguei sobre ela. Macia, mas firme, foi a cama mais confortável em que já me deitei. — Porra, esta cama é incrível — eu gemi, me esticando sobre o edredom marinho.

Gavi fez um barulho engasgado com a garganta, me encarando com os olhos arregalados, e então, antes que eu percebesse, ele estava se jogando na cama, me prendendo com todo o peso de seu corpo.

savage rivals - ɢᴀᴅʀɪ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ Where stories live. Discover now