CAPÍTULO VINTE E CINCO - Dementadores

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  Pesadelos já eram parte da minha rotina, uma presença sinistra que não me deixava em paz

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  Pesadelos já eram parte da minha rotina, uma presença sinistra que não me deixava em paz. Desde aquele dia na câmara secreta, eles se tornaram cada vez mais frequentes, mais vívidos.

No sonho, era como se eu estivesse revivendo aquele momento aterrorizante. Podia sentir novamente o frio cortante, o cheiro de mofo impregnado no ar. Meus músculos contraíam-se de puro terror, e meu coração martelava no peito como um tambor desenfreado.

Às vezes, os pesadelos se tornavam ainda mais perturbadores. Fragmentos de lembranças invadiam minha mente, lembranças que não eram minhas. Eram como flashes de uma vida passada, ou talvez de alguém que eu nunca conheci. Essas memórias estranhas apenas aumentavam minha angústia, alimentando minha insônia e tornando cada noite um suplício.

Eu me perguntava se algum dia encontraria paz novamente, se algum dia conseguiria dormir sem o peso dos pesadelos sobre meus ombros. Mas por enquanto, eu me encontrava em um estado de relativa tranquilidade, pelo menos na medida do possível dadas as circunstâncias. Às vezes, ainda me via assombrada por pesadelos, aqueles terríveis devaneios que teimavam em perturbar meu sono. No entanto, havia algo ainda mais insidioso: os pesadelos subjetivos. Esses eram os verdadeiros monstros, pois não se manifestavam em formas concretas ou situações claras, mas sim em uma sensação difusa de desconforto e inquietação. Eram como sombras indefinidas pairando sobre minha mente, tornando difícil distinguir entre a realidade e a imaginação. Esses eram os momentos mais difíceis, quando a linha entre sonho e vigília se tornava borrada, e eu me via lutando para encontrar algum tipo de ancoragem na realidade.

A voz familiar me tirou abruptamente do sono, deixando-me atordoada por um momento. Era Gina, cutucando-me com uma urgência palpável.

─── Gina? — murmurou, minha voz rouca pelo sono enquanto tentava me orientar na escuridão do quarto.

─── Você estava suando frio. — disse ela, sua expressão carregada de preocupação enquanto eu lutava para me levantar, sentindo a rigidez em meus músculos cansados.

Eu me sentia um pouco tensa, mas tentei manter a calma enquanto respondia:

─── Eu to bem - Murmurei.

Ela parecia genuinamente preocupada quando perguntou:

─── Mesmo?

─── Mesmo - Afirmei com um aceno de cabeça, tentando transmitir segurança.

Pelo que tinha entendido, o plano era comprar os restantes dos materiais no Beco Diagonal, depois visitar Harry no Caldeirão Furado e tomar café lá. Na manhã seguinte, seria 1 de setembro, o início do meu terceiro ano em Hogwarts. Quando o resto do grupo chegou ao Caldeirão, Rony e Hermione já estavam lá, pois haviam saído apressados. Gina parecia um pouco constrangida ao ver Harry; ela ficou muito corada e apenas murmurou um "olá", sem olhar para ele direito.

𝓐 𝓦𝓮𝓪𝓼𝓵𝓮𝔂 ( 𝗗𝗿𝗮𝗰𝗼 𝗠𝗮𝗹𝗳𝗼𝘆 ) || [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora