Capítulo 2

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Meu pai se casou cinco vezes nos últimos três anos.

Ele adora a conquista, os planejamentos e a excitação de começar uma nova vida com alguém.

Esse é o problema.

Ele está sempre procurando essas emoções e toda vez que encontra uma possível conquista, larga tudo para viver isso. É péssimo para a mulher que vai ter seu coração partido pelo idiota que ainda não aprendeu a ser homem.

Quando ele me pediu para ir visitar a atual noiva e a filha, já estava preparado para conhecer pessoas que ficariam em nossas vidas por pouquíssimo tempo. Mas dessa vez foi diferente por dois motivos.

O primeiro: Sara era deslumbrante, linda, educada, de boa família e rica. Tudo aquilo que meu pai sempre buscava em uma presa. Achei honestamente que dessa vez ele iria cair em si e valorizar a mulher que o destino colocou em seu caminho.

Segundo: a filha dela. Igualmente linda e deslumbrante com seus olhos azuis, cabelos loiros e pele de porcelana. Boca rosada naturalmente bochechas coradas por causa do sol. Corpo de bailarina, pequeno, delicado e de curvas sutis. Foi só olhar para ela que meus sentimentos se tornaram dúbios.

Roger, não case com essa mulher. Não permita que essa garota seja minha meia-irmã. Como vou fode-la se isso acontecer?

Roger, chegou seu momento. Case-se com essa mulher perfeita e finalmente seja a porra de um homem decente e faça elas felizes.

Bom, eles se casaram duas semanas depois, mas dei meu aviso a Megan.

Nós estávamos em um restaurante e enquanto nossos pais iam dançar, fui bem claro com ela.

Roger é um canalha. E blá, blá, blá.

Seu lindo rosto se contorceu.

— Não seja um idiota, Nickolas. Não estrague a felicidade desses dois.

Bom, o próprio Roger estragou tudo.

É por isso que Megan está no quarto de hóspedes, bêbada e magoada. Provavelmente não estava aguentando ver a mãe sofrer por um canalha como meu pai.

Passo a mão pelo cabelo e volto a me jogar na cama.

Eu poderia ter dito para a recepcionista se livrar dela. Teria sido fácil chamar um táxi e dar o endereço de Megan. Ou ter chamado a própria Sara para rebocar a filha para casa. Mas minha consciência não teria deixado. Se ela estava disposta a se embebedar nesse nível é porque estava precisando espairecer a mente.

Tudo bem, posso lidar com ela.

Na cozinha, preparo um sanduíche rápido e separo uma garrafa de suco também. Coloco junto algumas frutas na bandeja e levo para o quarto.

Megan está do mesmo jeito de quando a deixei, com a cara enfiada no travesseiro e o corpo esparramado no colchão. Deixo a bandeja em cima da mesa de cabeceira e solto uma longa e exasperada respiração.

Eu deveria acordá-la, enfiar a menina debaixo do chuveiro e tirar o álcool na marra. Mas ao invés disso, vou aos pés da cama e tiro o outro sapato que ainda está em seu pé. Dou mais uma olhada e vejo se consigo fazer mais alguma coisa por ela. Tirar suas roupas está completamente fora de cogitação, mas consigo remover os brincos e anéis.

Antes de ir, também viro seu rosto para o lado. Vai que ela morre asfixiada durante o sono.

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MINHA MEIA-IRMÃWhere stories live. Discover now