Prólogo

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Abro os olhos contra minha vontade, muito puto.

O interfone do apartamento não para de tocar e dou uma olhada para o relógio na mesa de cabeceira.

Uma e quinze da manhã.

Jesus!

Por que que diabos a recepção está me ligando?

Meio sonolento, saio do quarto descalço e vou até o interfone na parede.

— Sim? — pergunto com a voz rouca de sono.

— Boa noite, Nickolas. Precisamos da sua ajuda para lidar com um... contratempo inusitado que apareceu aqui.

Passo a mão pelo cabelo, curioso.

— Contratempo?

— Sim. — a voz da recepcionista é calma, mas não deixo de notar uma certa frustração. — Tem uma jovem bêbada aqui que está o procurando. Ela diz que tem pendências para resolver. Está com um sapato na mão, e de acordo com ela... bem, vai matá-lo.


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