Capítulo 26 - Liam Moss

422 47 11
                                    

Me sinto despedaçado por dentro. Ver a Hanna tirar o anel e sair daquele jeito? Foi horrível.

Queria ir atrás dela, mas preciso esclarecer as coisas com minha mãe antes. A Hanna não jogaria a bebida no rosto dela por nada. Eu a conheço, porra! O que ela pensa de mim? Que não acreditaria nela?

Chamei minha mãe até o seu quarto para esclarecer as coisas.

— Viu? Te falei que ela não era pra você. Mulher baixa, sem classe... — lhe interrompo.

— DÁ PRA CALAR A PORRA DA BOCA? — grito lhe olhando. — Não quero que fale assim da minha mulher outra vez, entendeu? — digo.

— Querido, ela não presta... — lhe interrompo outra vez.

— Você acha que eu tenho doze anos? — dou uma risada. — Eu aturei esses comportamentos esse tempo todo porquê você é meu sangue. Mas, quer saber? Você vai morrer sozinha. — respiro fundo me acalmando. — Não quero ter nenhum contato, em todos os sentidos. — ela fica quieta.

Ando no quarto de um lado para o outro lhe olhando e falo:

— Ainda bem que meu pai morreu e não precisou ver a mãe... — faço sinal de aspas. — ... que você se tornou. Imprestável, manipuladora, mentirosa e todo o resto. Olha o que você fez comigo. Não conseguia me abrir pra ninguém, não deixava ninguém me tocar por tudo que você fez com meu corpo... até a Hanna chegar e mudar tudo isso, então não fale assim da mulher que eu amo. — paro de andar.

Fico em silêncio por alguns segundos colocando meus pensamentos em ordem.

— Liam... quando você se acalmar a gente conversa... — lhe corto.

— Não tem mais o que conversar. Não vou te dar mais dinheiro, não vou mais te visitar, não me ligue, finja que eu nunca existi. Tudo que lhe dei até agora? Pode ficar, apenas saiba que não lhe dou mais nada. — saio do quarto.

Desco as escadas e ando até a área externa. Pedi para Robert voltar e me buscar.

Entro no carro e ele dirige.

— Senhor? — ele chama minha atenção.

— A senhorita Tompson estava bastante... bastante chateada. Um conselho de um homem mais velho, se ela não quiser conversar, não force. — escuto em silêncio. — Existe aquilo de não deixar as coisas para amanhã, eu sei, porém, é o melhor a se fazer caso ela não queira falar com você hoje. — me olha de canto.

— Obrigado pelo conselho, Robert. — sorrio.

(...)

Chego em casa, tiro os sapatos e o paletó. Desabotou a blusa social e subo para meu quarto.

Ela não está aqui. Sinto um nervosismo e procuro ela pelos outros quartos. Até que encontro um com a porta fechada. Meço na maçaneta e vejo que está trancada.

Eu precisava conversar com agora, explicar o porquê não fui atrás. Ela deve estar se sentindo abandonada.

Não sei se arrombo a porta ou bato... a segunda opção parece melhor.

— Hanna. — bato na porta falando alto para que me ouça.

Nada. Silêncio, nem mesmo escuto sua respiração.

Ela iria embora? E se não quiser mais ficar comigo? Devolver o anel foi um ato impulsivo ou ela estava decidida.

Não consegui nem abrir a porra da boca para pedir que não fosse.

Deslizo na parede e me sento no chão em frente a sua porta. Vou ficar aqui até que se levante, uma hora vai ter fome.

.
.
.
.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
O Que Está Acontecendo Comigo? - Livro únicoWhere stories live. Discover now