Capítulo 16 - Hanna Tompson

510 49 9
                                    

Liam não me mandou mensagens desde que saiu da minha casa ontem. Não sei se aconteceu algo, ou é pelo simples fato dele ser frio e distante.

Hoje é sábado, estou indo na casa dos meus pais. O metrô foi rápido, então logo cheguei.

Bato a porta e espero. Alguns segundos depois, meu pai abre a porta.

— Oi, querida. — me abraça, retribuo.

— Oi, pai. — sorrio.

— Entra. Sua mãe está na sala. — abre espaço.

Sigo ele até a sala. Encontro minha mãe lendo um livro no sofá. Ela nos nota e sorri.

— Oi, filha. Não sabia que vinha tão cedo. — se levanta.

Me abraça, retribuo.

— Eu estava sem o que fazer. — sorrio.

Ela me olha por alguns segundos até que diz:

— Conta logo, o que te aflige. — me guia até o sofá.

— Bom, eu vou voltar a comida. — meu pai diz saindo da sala.

— Então...? — ela me olha esperando por respostas.

— Eu conheci alguém. — digo.

— Ah, finalmente, querida. — fala animada.

— Não se empolgue. É complicado. — suspiro.

— Explique. — ela tira o óculos.

— Primeiramente, ele é o meu chefe. — digo e espero sua reação.

Ela me olha em silêncio por alguns segundos, depois diz:

— Bom, você tem vinte e seis anos, Hanna, sabe o que faz da sua vida. Tenho certeza que se você se deixou abrir para ele, é porque viu algo de bom. — alisa minha mão.

— Eu sei, é só que eu tenho medo do que as pessoas no trabalho vão falar. Além do mais... eu não sei exatamente o que sinto. — desabafo.

— Que falem, meu bem. Eles não pagam suas contas. — pisca para mim. — E sobre seus sentimentos, com o tempo, você irá perceber, se for para ser, será. — alisa meu rosto. — Você passou por muitas coisas que te fizeram não confiar nas pessoas, porém, Hanna. Esqueça o passado. — sorri.

— Tem outra coisa... — explico para ela o problema do Liam com a mãe.

Depois de alguns minutos explicando, ela diz:

— Nossa, que situação horrível. Ninguém merece uma "mãe"... — faz sinal de aspas. — ... dessas.

— Exatamente. — paro de mexer no cabelo, que até então não tinha notado meus movimentos.

— Mais então, me conta mais sobre ele. Aliás, traga ele para jantar aqui um dia. — sorri.

— Irei fazer isso. — sorrio de volta.

Nos próximos minutos falo sobre Liam para minha mãe.

Eu sabia que ela me apoiaria mesmo se eu estivesse falando sobre alguém que ela odeia. Ela é assim, e eu amo isso.

(...)

Assim que chego em casa meu celular toca. Tiro ele da bolsa e olho o nome no visor, Liam.

Penso se atendo ou não. Por fim, decido atender.

— Oi, sumido. — tiro os sapatos.

Oi. — sua voz soa... deprimente?

O Que Está Acontecendo Comigo? - Livro únicoWhere stories live. Discover now