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No Sistema de Justiça Criminal, crimes sexuais são considerados especialmente hediondos. Na cidade de Nova York, os dedicados detetives que investigam esses crimes são membros de um esquadrão de elite conhecido como Unidade de Vítimas Especiais...
Não tava nos planos postar hoje, mas descobri que tenho uma nova leitora e isso encheu meu coração de mimo!!!
Perdão por qualquer erro de digitação e boa leitura!
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Recém-saída do banho, começo a fazer um retrocesso de como foi todo o meu dia.
Meu celular vibra em cima da pia. Yelena não ligou, provavelmente por pensar que eu já estivesse dormindo, mas ao menos avisou que já está em casa.
Ela passou todo o restante do dia comigo. Não imaginei que meu sábado de folga pudesse ser tão tumultuado do jeito que foi. Já está de noite, mas a adrenalina do dia ainda corre em meu sangue. Talvez tenha sido por isso que eu cheguei do hospital e decidi fazer uma faxina em casa em vez de descansar.
Gamora me acompanhou nos exames, enquanto Scott, Quill e Hope me abraçaram e se certificaram de que eu estava inteira.
O Capitão também foi até o hospital, só decidindo voltar à delegacia quando Yelena e Gamora afirmaram que ficariam ao meu lado até o médico me liberar para ir embora.
Estranhamente, Steve sequer foi ver como eu estava. Isso nunca me incomodou antes. Pelo contrário. Me incomodava exatamente isso, a paparicada, os mimos e a mania de querer me embalar no colo como se eu fosse uma mulher frágil e indefesa.
Sei bem dos riscos que essa profissão exige. E já sabia de tudo isso quando escolhi, por livre e espontânea vontade, ser policial. Não foi a primeira vez que fiquei na mira de uma arma nem numa situação com reféns, mas foi a primeira vez que senti medo. E não quando entrei na casa, mas sim quando saí. Quando saí e pensei que Steve pudesse se tornar o alvo no meu lugar.
Isso está me estressando mais do que toda a situação delicada em que me pus mais cedo. Não sei por que penso tanto nisso, não sei por que o cenário de ele trocando de lugar comigo ou levando um tiro não sai da minha cabeça.
Não deveria me doer tanto algo que sequer aconteceu, mas talvez seja justamente por isso, por quase ter acontecido.
Após responder à Yelena e tranquilizar minha mãe, mais uma vez, de que estou bem, ligo a TV do quarto. Começo a passear pelos canais até achar uma série médica. Passo a assistir, fascinada sobre se vão ou não descobrir qual é a doença da pobre mulher que chegou convulsionando ao hospital.
Quando dá o intervalo, aproveito para fazer pipoca e pegar uma cerveja antes de voltar a assistir. Sento na cama. Levo um punhado à boca ainda com os olhos vidrados na tela.
Me permito, por uns minutos, esquecer de todo o drama de mais cedo. Deixo minha mente descansar do estresse de antes e me concentro nesse momento de lazer. Não tenho o poder de mudar o mundo. Infelizmente, pedófilos continuarão existindo. Mas posso ao menos saber que irei dormir hoje na certeza de que há menos um nas ruas.
