Os olhares se voltaram para s/n, cuja expressão refletia a tormenta interna provocada por sua escolha. A decisão não foi fácil, pautada em estratégia, mas também em sentimentos profundos e complexos. Era a dinâmica do jogo, sim, mas naquele momento, parecia algo muito mais pessoal.

Após o ao vivo, ainda atormentada pelas consequências de sua decisão, s/n encontrou-se frente a frente com Beatriz, que estava visivelmente abalada e precisava de respostas. A tensão entre elas era palpável, um silêncio carregado de emoção e expectativa preenchia o espaço. Beatriz, com uma expressão de quem já havia ensaiado esse confronto em sua mente inúmeras vezes, quebrou o silêncio.

"Eu só quero entender, s/n. Por que você fez isso? Foi realmente só pelo jogo?" Beatriz indagou, buscando nos olhos de s/n uma verdade que pudesse fazer sentido.

s/n respirou fundo, sabendo que qualquer resposta que desse carregava o peso de suas escolhas. "Não foi só pelo jogo, Beatriz. Foi pela Fernanda," s/n admitiu, as palavras saindo com uma mistura de alívio e tristeza. "Ela significa muito para mim aqui dentro, e naquele momento, eu senti que era a decisão que eu precisava tomar para proteger o que temos."

A sinceridade na voz de s/n não deixou espaço para dúvidas sobre seus sentimentos, mas isso pouco fez para aliviar a dor de Beatriz. "Então, nossa amizade... isso tudo não significou nada na hora de escolher?" Beatriz perguntou, uma pontada de desilusão marcando suas palavras.

"Ela significou, Beatriz, significou e significa muito," s/n respondeu, a complexidade de suas emoções transparecendo em cada palavra. "Mas naquele momento, eu estava tomada pelo medo de perder a Fernanda. Não foi fácil, e eu sei que pode não fazer sentido para você, mas eu tinha que fazer uma escolha."

A conversa se desenrolou em um diálogo tenso, onde cada palavra carregava o peso das decisões tomadas no calor do momento. Beatriz, lutando para compreender a lógica por trás da escolha de s/n, acabou por reconhecer a sinceridade e a dor em suas palavras.

"Eu talvez nunca entenda completamente, s/n. Mas eu vejo a sinceridade em seus olhos," Beatriz disse, resignada. "Só espero que você esteja certa sobre o que está fazendo e que, no fim, não se arrependa de ter colocado um relacionamento acima de uma amizade." E a mulher se afastou.

O choro de s/n não era apenas pela perda de uma amizade, mas também pela dor da ruptura irreparável entre ela e Beatriz. Cada lágrima representava não apenas a tristeza de ver uma conexão tão profunda se desintegrar diante de seus olhos, mas também o peso do arrependimento por suas escolhas no jogo.

Enquanto as lágrimas continuavam a escorrer, s/n sentia como se estivesse lamentando não apenas pela amizade perdida, mas também pela confiança quebrada, pelos laços desfeitos e pelas palavras não ditas. Ela se perguntava se haveria alguma maneira de consertar o que estava quebrado, se seria possível reconstruir o que havia sido perdido.

No entanto, mesmo enquanto mergulhava na profundidade de sua tristeza, s/n sabia que algumas feridas não podiam ser curadas com simples palavras ou gestos. A dor da perda era real, tangível, uma cicatriz que ela carregaria consigo pelo resto de sua jornada no jogo e além.

Fernanda observou s/n chorando, seu coração se apertando ao ver a mulher que amava tão vulnerável e angustiada. Sem hesitar, ela se aproximou suavemente, envolvendo s/n em um abraço reconfortante. Seus braços eram um refúgio seguro, oferecendo calor e consolo em meio à tempestade de emoções que assolava s/n.

"Estou aqui, meu amor", sussurrou Fernanda, sua voz suave e reconfortante. "Você não está sozinha. Eu estou aqui para você, sempre estarei."

S/n se agarrou a Fernanda, buscando conforto em seus braços amorosos. As palavras de Fernanda eram como um bálsamo para sua alma ferida, acalmando suas aflições e trazendo um senso de paz em meio ao caos emocional.

"Eu sinto tanto, Nanda", murmurou s/n entre soluços. "Eu não queria que as coisas acontecessem assim. Eu queria ter te escolhido, era o lógico, mas eu não suportaria a dor de te perder"

Fernanda acariciou gentilmente os cabelos de s/n, transmitindo amor e compreensão. "Eu sei, meu amor", respondeu ela, sua voz embargada pela emoção. "Eu sei que você fez o que achou melhor no momento. Eu estou aqui para você, não importa o que aconteça. Nós vamos superar isso juntas."

Em meio ao abraço reconfortante de Fernanda, s/n sentiu-se envolvida por uma sensação de segurança e amor incondicional. Apesar das adversidades que enfrentavam, ela sabia que tinha sorte de ter alguém como Fernanda ao seu lado, alguém que a apoiaria incondicionalmente, mesmo nos momentos mais difíceis. Juntas, elas enfrentariam os desafios que estavam por vir, fortalecidas pelo vínculo profundo e verdadeiro que compartilhavam.

Eai gente? Bia ou Yasmin?

Hidden Games  (Fernanda Bande/You)Where stories live. Discover now