capítulo 16

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3 meses depois
18 de Setembro
Terça feira

Ai meu Deus.

Eu estou tão nervosa e ansiosa por saber que elas podem nascer a qualquer momento que nem consigo parar de comer estes pickles!

O Josh voltou ontem para a faculdade, mas como eu disse é só de noite agora.

A médica disse que a data prevista é dia 24 de Setembro, mas que podem nascer a qualquer momento mesmo assim.

Hoje os nossos amigos vêm cá menos a Sabina e o Adam porque o filho deles já nasceu e ele ainda não pode sair de casa, e eu praticamente já nem consigo andar com a barriga deste tamanho!

Adiante. O filho deles chama-se Gustavo, em homenagem ao pai da Saby que morreu num acidente de carro há um mês atrás.
Ela ficou muito mal e o Adam disse que podiam pôr o nome dele no bebê.
Eu achei tão fofo. Eu gosto de chamá-lo de Guga quando o Adam me liga para mostrá-lo. Ele está muito feliz e isso faz-me feliz.

Neste momento estou na cama a tentar arranjar uma posição boa.

- Voltei, amor - o meu namorado diz ao entrar no quarto com um buquê de flores

- Tu foste à rua só para me comprar flores? - pergunto já a sentir os meus olhos marejados

- Não foi só por isso. Também fui ver a minha mãe e depois resolvi comprar-te flores - dá de ombros e senta-se ao pé das minhas pernas

- Obrigada. Eu amo-te - pego o buquê de girassóis

- Eu também te amo. E como estão a B... - ponho a mão na sua boca

- Não digas em voz alta! Nós estamos a ser observados e eu não quero que saibam o nome delas - "olham pra câmera"

- Eu acho que a gravidez está a deixar-te maluquinha - diz e aproxima-se da barriga - Olá, princesas. Faltam poucos dias para vermos as vossas carinhas. O papá e a mamã estão muito ansiosos para esse dia - dá um beijo longo ali e depois dá um na minha boca

- Obrigada por estares sempre ao meu lado

- Não tens de me agradecer por isso. Eu disse-te que ia correr tudo bem, não disse? - rio fraco e assinto

- Disseste. Devia ter acreditado mais em ti logo no início

- Pois devias - olho para as flores

- O que achas de pores isto num jarro e pôr no quarto das gêmeas?

- Parece-me bem. Afinal, combina com os nomes delas - sorrio e ele levanta-se com o buquê nas mãos - já volto pro pé de ti

Ele sai do quarto e eu volto a tentar arranjar uma boa posição.

- As minhas costas doem tanto! - reclamo pra eles que miam - não posso dizer ao Josh, não quero que ele se preocupe mais do que já se preocupa, e também, o que ele pode fazer? Tirar a minha dor? Quem me dera que fosse possível

Quando finalmente arranjo uma posição, a porta do quarto é aberta de novo e como estava de olhos fechados, apenas sinto um beijo longo na minha bochecha.

- Eu queria tirar a tua dor, abelhinha - ele ouviu o que eu disse?! - mas daqui a pouco todas essas dores vão valer a pena e eu prometo compensar-te - ele dá outro beijo na minha bochecha e afasta-se

Como é que ele pensa em compensar-me? Não que ele precise, porque ele ajuda-me em praticamente tudo. Até a vestir as calças! Que por sinal, já não tenho nenhuma que me sirva, só vestidos, e mesmo assim alguns não dão.

(..)

São precisamente 20:30, o Josh está a preparar-se para ir para a faculdade. Ele não tem gostado nada de me deixar sozinha à noite principalmente agora que estou no último mês.

No Ensino médio || Josh BeauchampWhere stories live. Discover now