3 - A Notícia

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     Acordei com o som dos pássaros e a fresta de luz que insistia em passar pela cortina. Com dificuldade do peso do corpo, estiquei minhas pernas para a beira da cama me forçando a levantar. Alonguei cada músculo do meu corpo esticando meus braços numa direção inclinada para ambos os lados. Depois os desci até os pés. Estiquei o pescoço para a direita e esquerda, depois para baixo e para cima. Peguei o celular e vi que já eram 8:00 horas. Uma mensagem da Sra. Archibald aparecia nas notificações.

Vamos sair às 10h. Aviso quando estivermos chegando’

     Desliguei a tela do celular e fui até o banheiro tomar um banho. Me despi rapidamente e entrei sob a água fria. Me enrolei na toalha indo até o quarto e colocando uma roupa confortável. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo mal feito e desci. Encontrei Nate já de pé no fogão fritando uns ovos para a gente.

— Bom dia! — ele disse mostrando um lindo sorriso simpático. — Espero que tenha dormido bem.

— Bom dia! Dormi bem até demais. — sorri de volta, ignorando a noite anterior. — Sua mãe avisou que sairiam às 10h. Acho melhor nos apressarmos com a casa.

— Sim. Esse aqui é o seu. — estendeu a panela despejando o ovo frito num prato à minha frente. — Eu já tomei, então vou adiantar o andar de cima.

— Tudo bem. Acabando de comer, eu limpo aqui embaixo.

     Terminei meu café e comecei a lavar a louça. Depois limpei o banheiro e passei um pano nos móveis e no piso de madeira com cera líquida. Marcando às 10h em ponto e estava tudo pronto. Nate desceu com um balde, pano de chão e uma vassoura dando a entender que havia acabado.

     Ele foi andando até o lado de fora dizendo que daria um jeitinho no quarto à parte que ficava ao lado da casa, com as coisas de pesca e as ferramentas de seu pai e os caiaques que usavam para pescar pelo lago. O segui me oferecendo para ajudar. O cômodo cheirava a mofo e madeira molhada. Era notório que não pisavam ali havia um bom tempo. Além de estar uma bagunça, tinha folhas secas de árvores para todo canto; meu nariz coçava com tanta poeira e Nate ria da minha situação.

— Se quiser, posso dar um jeito nisso sozinho, Lis. — ele disse educado me olhando de soslaio enquanto abria as janelas para melhorar a claridade do ambiente.

— Não, tudo bem. Eu estou bem. Só um pouco de… — meu nariz ardia sinalizando que um espirro estava para sair. Dito e feito.

— Saúde, princesa!

— Obrigada. — agradeci esfregando o nariz.

— Não vou fazer muito aqui. Só colocar as coisas no lugar.

     Em uns trinta minutos conseguimos colocar as coisas em seus devidos lugares e tiramos as folhas espalhadas do local. Nate deixou o quartinho aberto para circular o vento e sair o cheiro forte de mofo. Fui até a beira do cais admirando a luz fraca que vinha do sol entre as nuvens refletindo na água. Hora ou outra alguns peixes pulavam e as gaivotas sobrevoavam procurando seu café da manhã. Senti o ar fresco invadindo meus pulmões enquanto inspirava pelo nariz. Senti um par de mãos sobre meus ombros por trás arrepiando a região.

— Aqui é lindo. Não me lembrava da paz que esse lugar transmitia.

— Eu amo vir aqui. Lembro quando éramos bem pequenos. Nossos pais faziam eu e Cole prendermos as iscas nos anzóis para ajudá-los na pesca, e em troca poderíamos nadar no lago. — ele riu pelo nariz.

— E eu queria participar, mas minha mãe não deixava, porque era perigoso. — rimos juntos.

— Bom, acho que agora você está grandinha e já sabe nadar, né?! — Nate disse e sem perceber hesitar agarrou minha cintura me jogando com força na água.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 07 ⏰

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