Capítulo 22

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Oie! 😊

Gente desculpa a demora, mas a vida é corrida, alguma dias mais que os outros.

Tá curtinho, sei que esperavam mais. Só que no momento é isso que temos. Espero que gostem.

Desconsiderem os erros e boa leitura!
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Alexandre

— Nero, diz que tem tratamento, não me deixa sair daqui com minha filha em um caixão — A mãe de Rafaela suplicava por uma notícia positiva.

— Não posso enganar vocês, o quadro da Rafaela se agravou, o câncer comprometeu os rins, e a solução é um transplante.

— Com esse transplante, minha filha fica boa? Eu posso doar? Eu sou a mãe.

— Teremos que fazer o teste de compatibilidade, e ver se o corpo dela comporta um rim adulto.

A mãe de Rafaela e seu padrasto iriam fazer o teste de compatibilidade, mas era quase impossível que conseguissem, mesmo que tivessem a compatibilidade sanguínea, provavelmente o corpo de Rafaela não teria espaço para um rim grande.

O padrasto da menina, estava abalado. Criava Rafaela desde que nasceu, e para ele era realmente sua filha, assim como Maya e Lia eram minhas. O homem pediu licença e foi até o banheiro.

— Doutor, podemos conversar em um local mais discreto, sem que meu marido nos ouça?

— Claro — A guiei até a sala que me disponibilizaram.

— Nero, eu guardo um segredo, desde que Rafaela nasceu. Meu esposo não acompanhou meu parto, estava viajando, quando retornou uma semana depois, eu já estava em casa com a bebê.

Eu escutava atentamente para entender melhor do que ela falava.

— Eu estava grávida de gêmeas, mas infelizmente tive que entregar minha outra filha para o pai, que me ameaçavam tirar as duas. Diante dessa situação, optei por ter pelo menos uma delas ao meu lado.

— Mas a senhora sabe onde encontrá-los? — Eu estava chocado, parecia filme.

— Moram no Rio de Janeiro. O genitor, esconde a Clara de todos, paga uma pessoa para cuidar da menina, e me tortura sempre que pode, com fotos e vídeos.

Eu escutei toda a história da mãe de Rafaela, e fiquei imaginando, como alguém poderia ser tão cruel, ao ponto de separar dois bebês, e pior, fazer uma mãe escolher com quem vai ficar.

Após o relato, a mulher saiu da minha sala e eu fui descansar até a hora da próxima medição da Rafinha. Ainda estava atônito com tudo que ouvi. Realmente sem acreditar que alguém poderia ser tão insensível. 

Vidas CruzadasWhere stories live. Discover now