Giovanna, empresária carioca bem sucedida no ramo da estética, responsável por trazer felicidade e autoestima para as pessoas, carrega consigo, um passado de perdas e tristezas.
Uma mulher de 38 anos, mãe de Maya e Lia, cujo nascimento, foi marcad...
Mais um capítulo para vocês. Esse em especial é para a cretina da Vitória. Só a parte final hahahahaha.
Não se iludam, nem tudo é flores. Nos próximos pode vir tempestades.
Desculpem os errinhos. Espero que gostem, boa leitura!
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Giovanna
Depois daquele dia que dormi na casa do Alexandre, não tínhamos mais nos visto, apenas trocamos mensagens. Ele me contava como estava corrido, os preparativos para receber Rafaela para finalmente fazer a cirurgia.
Operar essa menina ia além do Alexandre médico. Era o Alexandre, pai do Arthur, que sentia a responsabilidade de devolver os sonhos daquela família.
Tinha dias em que passávamos horas conversando, ele perguntava como estava o processo de expansão da minha clínica, me apoiava nos cursos que eu queria fazer, e era maravilhoso falar disso com alguém que realmente queria ouvir.
Eu e Alexandre tínhamos combinado de permanecer amigos, se em algum momento as coisas mudassem, sentaríamos para conversar. Estava ótimo assim.
Maya e Lia sentiam falta dele, pediam as frutinhas do jeito que só ele fazia, pedia para assistir desenhos com o tio Nero, fazer cabana na sala igual ele fazia, e contar as histórias de lobos e vovozinhas com a voz que só ele era capaz de fazer.
— Mamãe não é axim — Elas repetiam pela décima vez que a voz que eu fazia estava errada.
— Mamãe não sabe fazer igual do tio Nero. Vou pedir para ele me ensinar. Agora vamos mimi que amanhã tem aula.
Dormiram emburradas, tinha dias que elas me pediam para chamar o Alexandre para fazer os desenhos com as frutinhas. Mas eu não queria importunar ele com um capricho das minhas filhas.
— Conseguiu Giovanna?
— Consegui Luci, mas tá difícil. Elas querem a voz do Alexandre. Eu aguento com isso?
— Hoje de tarde Lídia ligou pra ele e ele fez essa bendita voz de lobo e elas dormiram.
— Lídia agora fica de conversa com Alexandre é?
— Diz ela que ele ligou para perguntar como as meninas estavam. Não vá dizer que falei, viu?
— Ele quer vir aqui, Luci, mas tô insegura, não quero confundir a cabecinha delas.
