29. Ela me amarará novamente

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-Daniel está ciente disso Senhorita Lima?

-Buda, não acha que até mesmo Daniel poderia ser descartado?

-Você é uma mulher perigosa.

-E você um homem esperto. O que me diz?

-Aceito.

Convencer Buda foi a parte mais fácil, um homem ambicioso como ele não costuma recusar ganhos.

Sinto muito por Daniel, realmente sinto, mas ele jamais apoiaria meu plano, ele não teria coragem de conviver com o peso da culpa, pobre... pobre Daniel , devia ser menos
tonto. Entro em meu carro e sigo até a empresa, menos de 40 minutos chego a Dia's fast, meu dia está correndo maravilhosamente bem, vejo alane entrando em sua sala assim que saio do elevador, sigo para a mesma, nada
melhor como ver seu pior inimigo sofrer antes de começar um ardo dia de trabalho.

-Olá, pitel.

-Giovanna - Ela responde seca.

-Preciso falar com Alane.

-Não é uma boa hora.

-São assuntos referentes aos novos sócios, serei rápida.

-Ok, mas não diga que não avisei.- Sigo até a sala, abro a porta e aprecio uma de minhas visões favoritas, as costas de Alane, seu corpo escondido por uma calça social apertada, sua blusa saindo levemente pela barra da mesma, seus cabelos caídos em seus ombros.

Me aproximo, ela olha pela janela concentrada, minha mão pousa em seu ombro, ela gira de forma rápida, então levo meu corpo de encontro ao seu, minha boca cobre a sua com desejo, meus lábios passeiam por cima dos seus imóveis.

-Toque em mim. - imploro. Ela afasta meu corpo do seu, e me lança um olhar frio, seu rosto não expressa nenhuma emoção, ela se vira novamente para janela, seu olhos presos em um ponto qualquer.

-Alane?

-Saia Giovanna.

-Sinto sua falta. Me jogo sobre ela novamente. - Eu te amo. - ouço uma fraca risada escapar de seus lábios.

-Você não é capaz disso.

-Sou louca por você Alane, eu faria qualquer coisa para ser sua.

-Eu não quero você, não quero ninguém além de Fernanda.- Ela se livra do meu abraço.

-E se ela não existisse?

-Ela existe Giovanna, eu a amo e nada mudará isso. Agora saia!

Deixo a sala de Alane e vou até a minha, fecho a porta e reflito sobre a não existência de Fernanda.

- Quando você deixar de existir bande, ela me amará novamente.

***

Frio, está muito frio, o cheiro de mofo parece ainda mais forte essa manhã, vejo alguns raios de sol atravessarem as pequenas aberturas no teto, meu corpo está dolorido ao extremo, meus pulsos são os que mais sofrem no momento, posso senti-los inchados.

Viro bruscamente ao ouvir som de passos, vejo um homem entrar, ele usa máscara, é alto e muito forte, em suas mãos uma bandeja com comida, meu estômago reage na mesma hora, estou faminta.

-Seu café. - ela coloca a bandeja no chão e tira uma faca de dentro do casaco, confesso que me assustei, ele porém apenas cortas as cordas que antes prendiam meus pulsos.

-Quando sairei daqui?

-Não faça perguntas, apenas coma, voltarei mais tarde para recolher a bandeja.

O homem saiu da mesma forma que entrou, como algumas torradas e o suco não está muito bom, mas diante da minha fome isso não tem muita importância. Acho que nunca comi nada tão rápido na minha vida.

Resolvo andar um pouco pelo pequeno quarto, minhas pernas estalam por conta do movimento, giro meus pulsos, alongo, dou alguns pulinhos, céus como preciso de um banho, Alane por favor me tire logo daqui.

***

-NÃO! Buda, por favor não faça isso.- Digo encarando o homem a minha frente.

-Daniel, você precisa pensar nos ganhos meu rapaz.

-Eu não sou assassino, eu não irei compactuar com isso.

- Eu disse que ele não iria aceitar.- Vejo
Giovanna surgir.

-Você concordou com isso?

-Ora, eu dei a ideia.

-Você disse que não machucaria Fernanda.

-As coisas mudaram.

-Não, esse sempre foi seu plano, você mentiu para mim o tempo todo. Quando não aceitei você fez a cabeça de Buda.

-Buda é um homem inteligente, ele sabe que tenho muito a oferecer.

-Eu estou fora disso.

-Ey Daniel, você não está mesmo mais dentro de nada aqui.- Lima diz, seu olhar é frio.

-Pena meu rapaz, é uma pena.- Buda faz sinal para dois homens.

-Buda, por favor.

-Negócios são negócios.

****

Ando de um lado para o outro, o som dos saltos é abafado pelo tapete, olho para baixo lembrando dos momentos vividos ali. Falta pouco, logo estaremos juntas. Várias pessoas se encontram em minha sala, equipamentos são montados na tentativa de localizar algum rastro do sinal dos sequestradores. O som do celular deixa todos em alerta, respiro fundo antes de atender.

-Alô?

-Senhorita Dias como vai? - O mesmo homem de voz arrastada diz.

-Estarei melhor quando você entregar
Fernanda.

- Direto ao ponto, gosto disso. Nos encontraremos amanhã, no cás. Lembre-se, Dias nada de polícia. Deixe o dinheiro na lancha de nome "One", a localização da Senhorita bande estará dentro da lancha, não tente bancar a espertinha se o dinheiro não estiver lá considere sua querida Fernanda morta.

-O dinheiro estará lá.- Ele desliga.

-Droga, não conseguimos localiza-los.

-Amanhã eles entregarão Fernanda, é isso que importa.

-Alane, isso está fácil demais.

-Fácil?...Fácil? Acha que é fácil ficar aqui esperando por notícias de alguém que ama sem saber se esse alguém está bem ou não?

-Não estou me referindo a isso, acredite alane tem algo errado.

-Iremos com você.- Rogers diz.

-Não! Eles podem machucar ela.

-Se não formos eles podem machucar você e ela.

兴关米*

-Tudo certo para amanhã.- Buda diz.

-Tudo mesmo?

-Eu dei minha palavra. Certo?

-Sim.

-Amanhã eu serei 20 milhões mais rico e você minha querida irá ter sua vingança.

- Quando Fernanda parar de respirar eu terei mais do que uma simples vingança, eu terei
Alane Dias.

Aulas de sedução (ferlane)Where stories live. Discover now