Caramba, eu havia virado um romântico barato.

E estava feliz por isso. Muito.

Lua White

Por que eu estava tão apreensiva?

Não seria a primeira vez que sairíamos juntos nem a última, mas meu nervosismo estava tomando conta de mim. Entrei no carro e lhe dei um beijo casto nos lábios antes de ele começar a dirigir. Estava belíssimo com sua calça jeans preta, camisa verde-escura de botões e cabelos meio bagunçados. E o seu cheiro... Jesus!

— Para onde vamos?

— Não se aguentaria se não perguntasse isso, não é? — Ele se divertiu com minha pergunta e não a respondeu. — Como foi o seu dia?

— Foi bem estressante, na verdade. Passei o dia entregando currículo com Judy e estou cansadíssima. — Eu estreitei os olhos para a informação e ela continuou. — E o seu?

— Eu estava fazendo alguns planos para nós...

— Para nós?

— Sim, sweetheart, para nós.

Mordi o lábio, apreciando a sensação maravilhosa. Depois que tudo se resolveu entre nós dois, senti que realmente estava vivendo. Passar aqueles dias longe dele me feriu mais do que eu gostava de admitir. Era meu desejo que ele visse que eu estava feliz por ele pensar em planos conjuntos.

Afinal, Bryan tinha o meu coração.

Ele era o motivo dos meus sorrisos de noite e da minha raiva super exagerada.

Bryan dirigiu por alguns minutos e entrou em uma garagem subterrânea, a qual tinha uma ladeira que me fez sentir um frio na barriga. Eu o vi se divertir com minha expressão e estacionar o carro, para logo vir abrir minha porta.

— Não me pergunte nada ainda, okay? — ele pediu quando me ofereceu sua mão, e eu concordei, risonha.

Passamos pelo estacionamento e entramos em um elevador. Olhei para o painel, e a caixa de metal só parou no último andar. Mordi meu lábio, resistindo à vontade de perguntar que lugar era aquele, mas era muito difícil. Naquele andar havia duas portas, uma de cada lado do corredor. Ele me indicou uma delas e passou o cartão, fazendo-a se abrir gloriosamente. O lugar era imenso e estava meio vazio, tinha apenas algumas caixas de papelão amontoadas e, no meio do cômodo, também tinha um pequeno espaço preparado para nós.

Eu me derreti completamente.

No meio do que seria uma sala, tinha um pano no chão e um pequeno banquete organizado. Taças, vinho e comida à beça.

— Uma vez, você disse para mim que nunca faria nada comigo. Nem sexo nem compromisso; nada. Mas eu sempre fui muito seguro de que você, uma hora, cairia nos meus encantos — Bryan sussurrou nas minhas costas e eu me segurei para não rir de como ele se referiu às suas investidas. — Na verdade, desde o primeiro momento, eu tinha dúvidas de que pudesse realmente conseguir. Tive que usar e abusar do seu medo para ter seus beijos, e você me enlouqueceu com isso, Lua.

— Você também me enlouqueceu desde o início.

Ele riu e continuou, colocando suas mãos grandes na minha cintura e me virando para si preguiçosamente, prolongando aquele momento.

— Você me deu tudo que eu nem sabia que estava pedindo, sweetheart. Não me julgou quando achei que faria isso e, principalmente, me ensinou a te amar de uma forma que nenhuma outra conseguiu. Eu quebraria o mundo por você, e quero tê-la ao meu lado quando isso acontecer.

— Você anda muito romântico, Rutherford. — Levei minha mão ao seu rosto e encarei aqueles olhos expressivos que eu amava. — Nada aconteceu por acaso. Eu poderia ter só te denunciado e tudo teria acabado. Porém, eu gostava daquele joguinho de gato e rato. Sempre adorei. Você me faz sorrir, faz eu me sentir mais linda e me forçou a te amar tanto, que chega a doer. Eu te amo, e nem sabia que isso seria possível.

Meu namorado agarrou minha nuca e me olhou no fundo dos olhos, capturando toda a verdade das minhas palavras. Agoniada, puxei-o pela camisa e juntei nossas bocas. A quentura subiu rapidamente e o beijo se tornou intenso.

Lambidas, mordidas e aqueles suspiros deliciosos entre eles.

Bryan era irresistível.

Ele era sortudo em me ter, era verdade.

No entanto, eu também era por tê-lo.

Após uma série de carícias, nós nos sentamos e brindamos a nós. Jogamos conversa fora e rimos, como os bobos que éramos.

— Quero lhe fazer um pedido — ele disse depois de um tempo.

— Casamento está muito cedo, não entra na neura do meu pai.

— Não vai fugir de um casamento comigo, sweetheart. Agora não tem mais volta. Vai se casar comigo e ter meus filhos. Todos os seis.

— Seis? Está louco? — Coloquei a mão na boca, horrorizada.

— Ora, eu quero meu próprio time de hóquei. — Nós gargalhamos e ele segurou em minha mão. — Eu queria muito que você viesse morar comigo aqui.

Arregalei os olhos e olhei ao redor.

— Vai morar aqui?

— Sim. Não pretendo morar mais na fraternidade depois de pronta. Não quero minha mulher no meio de vários caras. — Ele ficou emburrado ao imaginar isso, mas vendo minha cara de surpresa, explicou-se melhor. — Aidan comprou este apartamento próximo ao campus, já que também vai estudar lá. Mas, com o acontecido na fraternidade, decidiu comprar o prédio todo e convidou Logan, Connor e eu para morarmos nele. Cada um em seu apartamento, claro.

— Uau! Seu irmão é tão rico assim?

— Isso não é nada, Lua. — Puxou uma boa respiração. — O que acha de morar comigo? — indagou, sério.

Passei alguns segundos pensando e analisando tudo que eu teria que abrir mão para estar ali com ele. Valeria a pena? Abrindo um sorriso, peguei um morango, banhei-o no chocolate e o levei até sua boca.

— Eu adoraria.

Bryan quase pulou de alegria e mordeu o morango, satisfeito.

— Vou trazer nossas coisas para cá o mais rápido possível.

— Sabe que vai ter que convencer meu pai, não sabe?

— Pensaremos nisso mais tarde. — Repetindo o que fiz, ele trouxe um morango até minha boca e eu o mordi sedutoramente. — Agora só quero você. Assim como em todos os outros dias seguintes.

— Hum... Posso viver com isso.

— Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida, sweetheart. A melhor.

— Você também é o melhor, B do meu ódio.

Broken Rules - RETIRADA 24/06Where stories live. Discover now