Daphne Leroy, com sua história marcada pela tragédia, traz uma aura de mistério à Task Force 141. Seu encontro com o Tenente Ghost promete desafiar não apenas as normas militares, mas também abrir caminho para uma conexão inesperada, onde passados s...
"Meu amor, você escolheu a dor Por que você não me conhece Você apenas sabe meu nome" Renegade — Aaryan Shah
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Após o desembarque, senti um alívio imenso ao reencontrar meu cachorro e constatar que ele estava bem, finalmente senti que podia relaxar. Passei todo o tempo da viagem, afundada na leitura e releitura do relatório que me foi entregue, momentos antes do meu embarque. Era típico da Kate Laswell fazer algo assim, e dessa vez não foi diferente. Uma pessoa desconhecida me passou uma pasta amarela, contendo três folhas A4 com relatórios impressos, todos assinados por ela.
Parecia surreal, mas já era o esperado, ainda mais vindo de minha querida mãe.
Através do relatório, eu soube um pouco sobre tudo o que estava acontecendo até o momento: Hassan era um contrabandista, e também um terrorista. Atualmente estava com um alvo bem grande nas costas, mas tinha grana o suficiente para comprar soldados de elite, que mantinham sua pele a salvo. Mas não por muito tempo, já que a Task Force 1-4-1 estava na sua cola, e não iriam ter sossego, antes que o pegassem.
Não tive muito tempo para pensar em uma roupa, tomei um banho rápido e vesti o que estava à mão, no guarda-roupa: uma regata preta e um velho short verde musgo com bolsos enormes, junto dos meus confiáveis coturnos. Meus cabelos loiros, já passando da base dos seios, foram presos em um rabo de cavalo alto. Já estava passando da hora de corta-los, mas isso ficaria para depois.
Apesar de todo o trabalho que tive na noite anterior, para arrumar minha mala, o zíper estourou quando terminei de fechá-la. E eu já estava incrivelmente atrasada, então ao invés de me permitir surtar pela irritação, apenas coloquei um pouco de minhas roupas em uma mochila escura e antiga, porém confiável, a mesma que usava para trabalhar na SWAT. E em outra mochila, coloquei as coisas de meu cachorro.
Aquilo também poderia ter sido um sinal para eu não viajar, mas já que tinha chegado até aquele ponto, não podia simplesmente desistir, ainda mais por causa de um fecho quebrado; certo? Ou talvez…
A missão de pegar um táxi com um pastor alemão enorme ao meu lado, era quase impossível, porém depois de muito implorar e jurar que pagaria o dobro do valor da corrida para o motorista, enfim consegui entrar em um carro. A minha sorte, era que Morpheu sempre fora extremamente educado; as aulas de adestramento e todo o dinheiro que gastei com elas, não tinham sido em vão, afinal. Durante toda a viagem, manteve a cabeça sobre meu colo e permaneceu de olhos fechados.
Mal cheguei e já tive a nítida sensação de Déjà Vu, corri meu olhos pelos arredores tendo a visão de vários soldados, que carregavam caixas e outros suprimentos. Meu olhos pararam por um momento, em um grupo pequeno que conversava, mas foi impossível não prestar uma atenção especial, no homem alto que estava de costas para mim.
Os cabelos loiros e bem-cuidados, estavam com um corte militar e, por um momento, o ar escapou de meus pulmões, pois achei que era meu irmão. Mas no fundo me lembrava que era impossível, por conta dessa realidade cruel.
